Ética (Espinoza)
tratado filosófico sobre Ética escrito por Baruch Espinosa / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Ética ou Ética demonstrada à maneira dos geômetras (em latim: Ethica, ordine geometrico demonstrata), geralmente referida apenas como Ética de Espinoza, é considerada a principal obra do filósofo holandês de origem portuguesa Baruch Espinoza. Foi publicada postumamente, em 1677, ano da morte do autor.[1]:27
Ethica ordine geometrico demonstrata | |
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Ética (PT) Ética demonstrada à maneira dos geômetras (BR) | |
Índice de edição antiga com a divisão em cinco Partes | |
Autor(es) | Baruch Espinoza |
Idioma | latim |
Assunto | Filosofia |
Lançamento | 1677 |
Edição portuguesa | |
Tradução | Joaquim Carvalho, Joaquim Ferreira Gomes, António Simões |
Editora | Relógio d´Água |
Lançamento | 1992 |
ISBN | 9727081665 |
Edição brasileira | |
Editora | Martin Claret |
Lançamento | 2002 |
ISBN | 8572325158 |
A Ética está organizada segundo um método axiomático-dedutivo inspirado na geometria euclidiana visando garantir a certeza dos resultados, embora à custa de uma leitura não especialmente fácil. A obra sendo vincadamente sistemática propõe-se tratar todos os campos de investigação da filosofia dividindo-se em cinco partes (sobre Deus, a mente, as paixões, a escravização do homem em relação a estas e a possibilidade da sua libertação delas) que correspondem a um percurso que partindo das questões mais fundamentais da metafísica, e passando pela teoria do conhecimento, chega por fim à ética com o objectivo preciso de formular uma teoria da felicidade humana.[2]:7:8
Desde a sua publicação inicial, a Ética de Espinoza tem influenciado o pensamento e a obra de inúmeros grandes filósofos posteriores até ao presente. Inicialmente, porém, Espinoza sofreu acusações de ser ateu e outros criticismos, principalmente por suas indagações sobre a natureza de Deus. Entretanto, a Ética e as ideias de Espinoza em geral tiveram um papel importante na filosofia europeia subsequente, inspirando Hegel, Johann Fichte, Friedrich von Schelling, os empiristas John Locke e David Hume, e pensadores do século XIX e XX como Ernst Mach, William James, Bertrand Russell, entre vários outros.[2]:164:166