Alvalade (Lisboa)
freguesia do município de Lisboa, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Alvalade é uma freguesia portuguesa do município de Lisboa, pertencente à Zona Centro da capital,[2] com 5,34 km² de área[3] e 33 309 habitantes (censo de 2021)[4]. A sua densidade populacional é 6 237,6 hab./km².
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Freguesia | ||||
Igreja de São João de Brito, Alvalade | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização no município de Lisboa | ||||
Localização de Alvalade em Portugal | ||||
Coordenadas | 38° 44′ 49″ N, 9° 08′ 10″ O | |||
Região | Área Metropolitana de Lisboa | |||
Sub-região | Área Metropolitana de Lisboa | |||
Distrito | Lisboa | |||
Município | Lisboa | |||
Código | 110654 | |||
História | ||||
Fundação | 7 de fevereiro de 1959 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Presidente | Tomás Gonçalves (PPD/PSD.CDS-PP.A.MPT.PPM) Mandato 2021-2025[1] | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 5,34 km² | |||
População total (2021) | 33 309 hab. | |||
Densidade | 6 237,6 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | Santa Joana Princesa, São João de Brito e Santos Reis | |||
Sítio | http://www.jf-alvalade.pt/ |
A designação de Alvalade parece ter origem na designação árabe "Al Balade", que significa lugar habitado e murado.
Aqui se travou, cerca de 1321, a batalha de Alvalade entre D. Dinis e seu filho, o futuro D. Afonso IV.
A paróquia homónima de Alvalade tem por orago Santa Joana Princesa, mas, após o alargamento de 2012, a freguesia inclui ainda no seu território as paróquias de São João de Brito (orago da antiga freguesia do mesmo nome) e dos Santos Reis (orago do Campo Grande).
Foi uma das 12 freguesias criadas pela reorganização administrativa da cidade de Lisboa de 7 de fevereiro de 1959, por desanexação da freguesia de Campo Grande.[5]
Na sequência da reorganização administrativa de 2012,[6] que entrou em vigor após as eleições autárquicas de 2013, a freguesia reuniu no seu território as antigas freguesias de Alvalade, do Campo Grande e de São João de Brito, para além de pequenas parcelas de território anteriormente pertencentes às freguesias de Marvila, São Domingos de Benfica e São João de Deus (esta última extinta).
A população registada nos censos foi:[4]
Antes da reorganização administrativa de 2013
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Distribuição da População por Grupos Etários[8] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 856 | 1039 | 4432 | 3393 |
2011 | 1023 | 753 | 4299 | 2794 |
Após a reorganização administrativa de 2013
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Distribuição da População por Grupos Etários[8] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2021 | 4639 | 3329 | 17104 | 8237 |
À data da junção das freguesias, a população registada no censo anterior (2011) foi:
Freguesia atual | Freguesias antigas | ||||
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Freguesia | População (2011) |
Área (km²) |
Freguesia | População (2011)[9] |
Área (km²)[10] |
Alvalade | 31 813 | 5,34 | Alvalade | 8869 | 0,60 |
Campo Grande[nota 1] | 10 514 | 2,45 | |||
São João de Brito[nota 2] | 11 727 | 2,23 |
O Bairro tem por base o “Plano de Urbanização da Zona a Sul da Avenida Alferes Malheiro”, que atualmente se designa de Avenida do Brasil, cuja autoria foi do arquiteto Faria da Costa, este sugeria um desenho urbano baseado nas tipologias de quarteirão fechado, circunscritos por ruas contínuas, assentes num sistema pouco hierarquizado. Previa ainda duas grandes avenidas que partiam de um único ponto, o cruzamento da Avenida de Roma com o caminho-de-ferro, e que eram o prolongar da Avenida de Roma até à Avenida Alferes Malheiro (atual Avenida do Brasil) junto do Hospital Júlio de Matos. Este plano aconteceu devido à carência de oferta de habitação da cidade, devido ao crescimento populacional, principalmente nas habitações de renda económica. O plano foi efetuado através de vários planos e de vários arquitetos, sendo que cada um ficou com uma célula da mesma por concretizar, o que fez com que houvesse uma grande variedade de construções dos mais diversos arquitetos. A possibilidade de se aceitar a variedade fez com que Alvalade se tornasse um sítio experimental para a arquitetura, com as mais diversas propostas habitacionais, sem que se perdesse o controlo harmonioso de todo um conjunto. Este método, de que um plano urbanístico pode ir evoluindo durante a sua implementação ainda é, hoje em dia, um método por explorar. Quando se passou para o plano de detalhe houve pequenas alterações no plano geral, no entanto as principais ideias foram mantidas.[11]
Este plano de urbanização teve a introdução de “unidade de vizinhança” em 1944, que veio a determinar a estrutura apresentada hoje pelo Bairro de Alvalade. Determinaram-se assim oito células, abrangendo três freguesias distintas da cidade de Lisboa. As freguesias conglobadas pelo plano são: Campo Grande (células 1 e 2), São João de Brito (células 3, 4, 5 e 6) e Alvalade (células 7 e 8). Nos limites correspondem importantes vias da cidade de Lisboa: Avenida do Brasil (a norte), Avenida Gago Coutinho (a nascente), linha férrea (a sul), Rua de Entre-campos e Campo Grande (a poente).[12]
Existem oito projetos tipo deste bairro, que foram designados de A a H. O tipo A corresponde ao piso térreo vazado sobre pilotis e o tipo B ao piso térreo destinado ao uso comercial, são os únicos utilizados na zona central do bairro. Os do tipo E, F e G são considerados variantes para situações de gaveto. Por ultimo, o tipo H, é referente a uma pequena construção comercial que se encontra no interior dos logradouros. Em 1951 inicia-se a Planta de Divisão dos Lotes, sendo iniciado em 1952 a construção. Esta área caracterizava-se pela ocupação rural da periferia de Lisboa, onde era predominante as áreas de cultivo e quintas, havendo também pequenos aglomerados de casas acompanhados por pequenas estradas. A urbanização concretizou-se sobre esses aglomerados, tendo sempre em conta as pré-existências incorporando-os no novo tecido urbano, sendo divididos em três níveis de pré-existências incorporados, primeiro as principais estradas de acesso a Lisboa, segundo os pequenos aglomerados junto a essas estradas e, por fim, as construções isoladas de maior valor arquitetónico, como é exemplo a Igreja Paroquial dos Santos Reis Magos do Campo Grande, o Chafariz de Entre-campos, a Quinta dos Lagares d’el Rei e o Palácio dos Coruchéus. Deste modo, verifica-se uma atitude de carácter culturalista, integrando os elementos existentes do passado, mesmo sendo alguns sem carácter arquitetónico significativo, assumindo o que existia como algo importante para a nova construção.[13]
Por fim, a década de 1960 já corresponderam a uma última edificação do Bairro de Alvalade, apenas efetuando os estudos de pormenor que faltariam concretizar, tentando acentuar a construção de forma mais orgânica evitando as opções mais racionalistas, como é exemplo a Urbanização de Lagares d’El Rei, na célula 8.[14]
Sede / Serviços Centrais (Alvalade) - Largo Machado de Assis, S/N
Polo de Atendimento Azinhaga dos Barros / Pavilhão Municipal da Freguesia de Alvalade (Campo Grande) - Rua Mem de Sá, S/N
Polo de Atendimento Avenida Rio de Janeiro / Biblioteca Manoel Chaves Caminha (São João de Brito) - Avenida Rio de Janeiro, 30-A
Na freguesia de Alvalade estão localizadas algumas das maiores e mais prestigiadas Universidades do país, tanto públicas como privadas, de onde se destacam de entre as públicas a Cidade Universitária da Universidade de Lisboa, a maior universidade do país, e o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), e de entre as privadas a Universidade Católica Portuguesa e a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. A reitoria e algumas faculdades da Universidade de Lisboa, aquelas que pertenciam à outrora Universidade Clássica de Lisboa, uma das precursoras da atual universidade, (Direito, Letras, Psicologia, Ciências, Medicina, Medicina Dentária e Farmácia) estão localizadas na freguesia de Alvalade, na denominada Cidade Universitária. Além das faculdades, outras infraestruturas da universidade como o Estádio Universitário de Lisboa, algumas cantinas e residências também se localizam na mesma freguesia.
Cuja parcela de terreno foi cedida para a construção da recente Igreja de Santa Joana Princesa, desenho do arquiteto Diogo Lino Pimentel.
A freguesia de Alvalade contém 194 arruamentos.[15] São eles:
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