Ação Integralista Brasileira
movimento político brasileiro de extrema-direita / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Ação Integralista Brasileira (AIB) foi um movimento político brasileiro ultranacionalista, corporativista, conservador e tradicionalista católico de extrema-direita.[1][2][3][6] Inspirado no fascismo italiano,[2][7] no integralismo lusitano e baseado na Doutrina Social da Igreja Católica,[8] foi fundado em 7 de outubro de 1932 pelo escritor e jornalista brasileiro Plínio Salgado.[9][10] Os integralistas também ficaram conhecidos como camisas-verdes[1][2] ou, por seus detratores, em referência à cor dos uniformes que utilizavam, como galinhas-verdes.[11][12]
Ação Integralista Brasileira | |
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Presidente | Plínio Salgado |
Fundação | 7 de outubro de 1932 |
Dissolução | 10 de novembro de 1937 |
Sede | Rio de Janeiro |
Ideologia | Nacionalismo brasileiro[1][2] Conservadorismo nacional Catolicismo político[2] Corporativismo[1][3] Integralismo brasileiro[2][4] Fascismo clerical[1][2] Anticomunismo[1][2] Municipalismo[5] |
Espectro político | Extrema-direita[2][6] |
Sucessor | Partido de Representação Popular (PRP) |
Membros | Entre 600 mil a 1 milhão de filiados[2] |
País | Brasil |
Cores | Azul Verde mar Preto Branco |
Hino | Avante!
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Slogan | Deus, pátria e família.[1][2] |
Símbolo eleitoral | |
Σ (sigma) | |
Bandeira do partido | |
Política do Brasil |
Salgado desenvolveu o que viria a ser a AIB, com a Sociedade de Estudos Paulista (SEP), um grupo de estudo sobre os problemas gerais da nação. Os estudos da SEP resultariam na criação da AIB, em 1932. O movimento integralista tinha adotado algumas características dos movimentos europeus de massa da época, especificamente do fascismo italiano, mas distanciando-se do nazismo porque o próprio Salgado não apoiava o racismo.[1][2] No entanto, apesar do slogan "união de todas as raças e todos os povos", alguns de seus integrantes, como Gustavo Barroso, tinham opiniões antissemitas.[13]
A AIB, a partir de sua fundação, firmou-se como uma extensão do movimento constitucionalista.[6] Tão logo o partido iniciou suas atividades, influenciado pelo fascismo italiano,[7][14] começaram a acontecer conflitos com grupos rivais, como a Aliança Nacional Libertadora (ANL), de forma análoga aos conflitos entre partidos fascistas e socialistas em diversos países à época.
Como símbolo, a AIB utilizava uma bandeira com um disco branco sobre um fundo azul, com um sigma maiúsculo (Σ) em seu centro. A AIB, assim como todos os outros partidos políticos, foi extinta após a instauração do Estado Novo, efetivado em 10 de novembro de 1937 pelo então presidente Getúlio Vargas.[1] Em 1945, seus membros se reorganizaram no Partido de Representação Popular, que seria dissolvido com o Ato Institucional n.º 2, de 1965.[15]