Brasão de Armas da Áustria-Hungria
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O brasão de armas do Império Austríaco foi criado no ano 1815, finalizado o Congresso de Viena.
Foi adotado pelo primeiro imperador da Áustria, Francisco I, que também foi o último imperador Sacro-Romano com o nome de Francisco II. O Sacro Império foi abolido na reordenação napoleônica de território em 1806[1] e para manter seu título imperial Francisco II elevou a Áustria da categoria de Arquiducado à de Império, mudando seu ordinal.
Este brasão tem seu antecedente nas armas que tinham utilizado os imperadores do Sacro Império Romano, entre eles o próprio Francisco II.
O águia como símbolo do imperador, começou a ser utilizada no começo do século II por Frederico Barba Ruiva. Num primeiro momento o águia contava unicamente com uma cabeça, a partir de 1433, por influência bizantina, começou a figurar um águia bicéfala na heráldica dos imperadores. Durante o século XV também se começou a situar os brasões dinásticos (com frequência simplificados) de cada imperador sobre o peito do águia.[2][3] Convém recordar que no Sacro Império a dignidade imperial não era hereditária, seu titular era eleito no seio do Colégio dos Príncipes Eleitores, ainda que desde meados do século XV todos os imperadores (com a única exceção de Carlos VII) pertenceram à Casa de Habsburgo.
Francisco I decidiu utilizar um brasão de armas como Imperador Austríaco finalizada a reordenação européia, fruto do famoso congresso celebrado na cidade de Viena a raiz da derrota de Napoleón Bonaparte
Neste brasão figurava um águia bicéfala, representada de sable e explayada, negra e com as asas estendidas. Sobre o peito do águia figuram as armas do Arquiducado de Áustria (situadas no centro), o antigo brasão da dinastia (Condado de Habsburgo) - um leão rampante de gules num campo de ouro - e do Ducado de Lorena - uma banda heráldica carregada com três águias de prata – já que a imperatriz Maria Teresa tinha-se casado com Francisco de Lorena O escudo situado sobre o peito da águia encontrava-se rodeado do colar da Ordem do Tosão de Ouro, em versões posteriores incorporar-se-iam também outras ordens dinásticas destacando a banda da Ordem Militar de Maria Teresa e os colares das ordens de São Estevão e de Leopoldo.
As duas cabeças da águia coroadas com as habituais coroas reais heráldicas, fechadas com oito diademas (cinco à vista). O águia sustentava em sua garra direita uma espada e o cetro da Áustria e com a esquerda a orbe do mundo.
No timbre heráldico figurava a Coroa Imperial Austríaca, criada para Rodolfo II, que segue o esquema habitual das representações heráldicas de uma Coroa Imperial.
Este escudo foi muito semelhante a uma versão simplificada das armas que tinha utilizado Francisco I (II) como imperador do Sacro-Romano.
Nestas armas figurava o brasão da Áustria sobre o peito da águia bicéfala num campo de ouro e que por sua vez figurava sobre o peito da águia bicéfala (repetida) e rodeado pelos colares das principais ordens dinásticas.[4] Como curiosidade pode se assinalar que o escudo interior se encontrava timbrado com a representação heráldica habitual, desde o século XVI, da coroa imperial e no timbre exterior aparecia representada a coroa do Sacro Império, que não era reproduzida com frequência nas armarias dos imperadores Sacro-Romanos.