Discografia de Francisco Alves
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Esta lista reúne a discografia do cantor brasileiro Francisco Alves, considerado na sua época o "Rei da Voz".
A extensa produção de Alves teve pelo comerciante de discos e colecionador paulistano Walter Teixeira Alves a reunião de toda ela, muitas consideradas raridades; por instância de Roberto Gambardelli, também colecionador, em 1988 ele publicou a obra "Discografia de Francisco Alves" onde, além de explicar que o papel de uma discografia transcende o simples relacionar tedioso daquilo que o artista gravou, é principalmente "o instrumento básico para todo estudo sério da música popular. A discografia elimina as dúvidas, previne os erros, baliza o tempo e pondera os valores artísticos"; na obra Teixeira Alves traz, ainda, uma pequena biografia do artista e explica como se faziam as gravações nas décadas de 1920 e 1930.[1]
Na década de 1920 Alves gravou para uma série de discos pelo selo Odeonette que trazia num dos lados uma canção de um cantor e no verso a orquestração de alguma canção popular; nesta série Chico Alves gravou doze álbuns com 15 cm de diâmetro, em 78 rotações.[2] O compositor Almirante contava que, a partir de 1928, Alves lançou suplementos pela Parlophon paralelos aos discos pela Odeon; enquanto nesta usava o nome real, naquela usava o apelido de Chico Viola; isto gerou confusão mesmo em pessoas do ramo artístico, que debatiam qual dos dois cantores seria o melhor: uns diziam ser Francisco, outros o Chico — discutindo sobre a mesma voz e o mesmo cantor.[3]
Era considerado um filtro de boas canções; quando um compositor lhe oferecia algo de sua lavra para que gravasse e era por ele rejeitado, o autor escondia o fato para que seu trabalho não fosse desvalorizado; tinha fama de ter comprado as músicas que muitas vezes assinava como compositor, mas a realidade é que consagrou muitos autores anônimos; fez dueto com o também cantor Mário Reis, que terminou em 1933 de forma pouco amistosa, e chegou a controlar a produção de artistas como Noel Rosa.[4]
Em 1987 várias de suas gravações foram relançadas, antecipando o centenário de nascimento do cantor, no ano seguinte; pela BMG Ariola várias de suas músicas compunham uma caixa de clássicos da MPB; A Collector's do Rio de Janeiro relançou parte de sua obra em seis CDs; e o selo Revivendo da cidade de Curitiba outros três.[5]