Eleições estaduais em Pernambuco em 1970
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As eleições estaduais em Pernambuco em 1970 ocorreram em duas fases conforme o Ato Institucional Número Três e assim a eleição indireta do governador Eraldo Gueiros e do vice-governador Barreto Guimarães foi em 3 de outubro e a escolha dos senadores Paulo Guerra e Wilson Campos, 15 deputados federais e 39 estaduais aconteceu em 15 de novembro a partir de um receituário aplicado aos 22 estados e aos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima. Em todo o país a ARENA conquistou a maioria dos cargos em disputa.[1][2][3][4][nota 1]
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Eleições estaduais em Pernambuco em 1970 | ||||
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3 de outubro de 1970 (Eleição indireta) 15 de novembro de 1970 (Eleição direta) | ||||
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Candidato | Eraldo Gueiros
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Partido | ARENA
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Natural de | Canhotinho, PE
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Vice | Barreto Guimarães | |||
Votos | 44 | |||
Porcentagem | 100% | |||
Titular Eleito | ||||
Advogado nascido em Canhotinho e formado em 1935 pela Universidade Federal de Pernambuco, Eraldo Gueiros foi escrevente e após sua graduação foi designado promotor substituto e auditor perante a Justiça Militar. Consultor jurídico do general Aurélio de Souza Ferreira quando este implementou em Pernambuco as medidas do estado de exceção decretado após a Intentona Comunista,[nota 2] atuou como conselheiro jurídico para o então território federal de Fernando de Noronha e a seguir exerceu a advocacia tanto em sua cidade natal quanto para a Pernambuco Tramway, empresa canadense responsável pela energia elétrica do Recife. Mediante a vitória do Regime Militar de 1964 o presidente Castelo Branco o fez procurador-geral da Justiça Militar e durante o governo Costa e Silva ascendeu ao Superior Tribunal Militar onde permaneceu até ser escolhido como governador de Pernambuco via ARENA pelo presidente Emílio Médici em 1970.[5][6]
Natural do Recife, o professor Barreto Guimarães graduou-se em Humanidades no Ginásio Pernambucano dedicando-se ao ensino da matemática.[7] Fundador do Serviço de Assistência Social de Olinda, alcançou relevo político e foi eleito deputado estadual pelo PST em 1954. No pleito seguinte falhou ao renovar o mandato via PSD, mas foi eleito prefeito de Olinda em 1959. Candidato avulso a vice-prefeito do Recife em 1963,[nota 3] foi o último colocado no pleito.[8] Por escolha de Paulo Guerra foi secretário de Governo e depois secretário de Educação, cargo mantido nos primeiros meses do governo Nilo Coelho. Mais tarde ocuparia a direção-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial e assessorou o prefeito recifense, Geraldo Magalhães Melo. Filiado à ARENA, foi escolhido vice-governador de Pernambuco em 1970.