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Fera Radical

telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Fera Radical
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Fera Radical é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela TV Globo de 28 de março a 18 de novembro de 1988, em 203 capítulos. Substituindo Bambolê,[2] foi substituída por Vida Nova, sendo a 35ª "novela das seis" exibida pela emissora.

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Escrita por Walther Negrão, com colaboração de Ricardo Linhares, Luís Carlos Fusco e Rose Calza,[2] teve direção de Gonzaga Blota (geral), Denise Saraceni e Fernando R. de Souza. A trama foi inspirada na peça A Visita da Velha Senhora, do suíço Friedrich Dürrenmatt, que também inspirou as novelas Cavalo de Aço, Os Inocentes e Chocolate com Pimenta. A trama de Fera Radical e Cavalo de Aço são idênticas, mas com o sexo dos protagonistas invertidos.[3][4]

Contou com as atuações de Malu Mader, José Mayer, Paulo Goulart, Yara Amaral, Laura Cardoso, Thales Pan Chacon, Carla Camurati e Elias Gleizer.

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Enredo

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Chamas, fogo e a casa que queima em meio a gritos, correria e desespero. Imagens gravadas para sempre por uma menina. Mesmo hoje – 15 anos mais tarde – Cláudia (Gabriela Bicalho/Malu Mader) ainda se assusta com as cenas presenciadas, que voltam sempre em repetidos pesadelos. Mesmo longe – Rio Novo ficou esquecida no passado – no conforto de Ipanema, Rio de Janeiro, a agora jovem Cláudia não perdoa seus algozes. O massacre de sua família, pai (Julio Braga), mãe (Ilse Rodrigues) e irmãos (Cláudio Alves e Karine Moura), precisa ser vingado, para cumprir a promessa feita a si própria. Obstinada, prepara-se para voltar à pequena cidade de Rio Novo, empregada em uma das fazendas possível e provavelmente envolvidas no seu triste passado. No meio a tantas dúvidas, apenas uma certeza: quer descobrir os verdadeiros culpados e se vingar de cada um deles. Mas o grande mistério está em descobrir quem são esses culpados.

A pequena cidade de Rio Novo cresceu apenas o suficiente para manter o frigorífico, que pertence às fazendas Olho D'Água e Gaibu, de Altino Flores (Paulo Goulart) e Donato Orsini (Elias Gleizer), respectivamente os poderosos da região. Tem uma população flutuante de jovens, filhos de fazendeiros, que estudam na Escola de Agronomia da cidade e moram na pensão de Lourdes (Cleyde Blota) e Robério (Older Cazarré). Mas são os jovens das duas famílias – Flores e Orsini – quem conduzem a história. De um lado, os irmãos Fernando (José Mayer) e Heitor (Thales Pan Chacon). Do outro, Marília (Carla Camurati), filha de Donato, que fica noiva de Heitor, selando a amizade entre seus pais. Distante dali, no Rio, moram Olívia (Denise Del Vecchio), filha mais velha de Altino, seu marido Jorge Mendes (Rodrigo Santiago), um mau-caráter, e os filhos Rafael (George Otto) e Ana Paula (Cláudia Abreu). Além de Cláudia e Marta (Laura Cardoso), que a acolheu e criou depois do massacre dos seus pais, dando-lhe todo carinho e conforto possíveis.

Ao articular a destruição de todos que a fizeram sofrer, Cláudia se defronta com a amizade leal de Altino, que se vê preso a uma cadeira de rodas desde a noite da chacina, e o ódio de Joana (Yara Amaral), mulher de Altino. Tal ódio aumenta quando ela descobre quem é Cláudia e que ela vive com Marta, antigo amor de Altino, cujo romance no passado gerou Olívia, criada por ela. Mas os planos de Cláudia podem vir por terra quando ela se envolve com os filhos de Altino, Fernando e Heitor, e se sente arrebatada pelo amor de Fernando.

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Elenco

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Participações Especiais

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Produção

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Em 1988, o desejo da Globo era manter no horário das 6 as tramas de época. Alcides Nogueira foi convocado para escrever uma novela nesta faixa chamada Amor perfeito. Com Maurício Sherman na direção, Amor Perfeito estava na seleção de elenco quando Boni, à época vice-presidente de operações da TV Globo e Daniel Filho, diretor da Central Globo de Produções determinaram o seu engavetamento por conta das trocas de comando e também dos custos elevados (estavam previstas reconstituições da Guerra do Paraguai, em 1865). Sherman foi substituído por Paulo Ubiratan e Walther Negrão foi recrutado às pressas para assumir o horário.[6]

Walther Negrão foi chamado às pressas para ocupar o horário após Bambolê. A sinopse da história foi desenvolvida a partir de um projeto engavetado chamado O centauro.[6] Já a protagonista teve inspiração na peça A Visita da Velha Senhora, do suíço Friedrich Dürrenmatt, que ele também usou para escrever Cavalo de Aço, novela exibida pela TV Globo em 1973.[7]

A história teve títulos provisórios de A Intrusa e A vingança. O nome escolhido Fera Radical é uma expressão comum entre surfistas e que significava vencedor.[6]

Ricardo Linhares mudou-se para São Paulo para trabalhar como colaborador de Walther Negrão em Fera Radical, em um período em que a máquina de escrever e o carbono eram os instrumentos de trabalho dos escritores. Nada de internet ou computador.[6]

Fera Radical foi o último trabalho da atriz Yara Amaral, que morreu pouco mais de um mês após o término da novela, no naufrágio do Bateau Mouche IV, no Rio de Janeiro, no réveillon de 1988/89.

A novela foi gravada nos antigos estúdios da Cinédia[8] em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.[9] Já as cenas na fictícia cidade de Rio Novo, foram gravadas na cidade de Vassouras, no interior fluminense. Já a pensão dos personagens Lurdes e Robério, se localizava no Retiro dos Artistas, no bairro da Pechincha, no Rio de Janeiro, enquanto que as cenas no sítio da protagonista Cláudia foram gravadas na Rural Rio em Paciência, igualmente na Zona Oeste da capital fluminense.[7]

Vários cantores fizeram participações especiais na novela: Cazuza e Leila Pinheiro apresentaram-se na Arqueria Sherwood, de Paxá e Vicky, e Nana Caymmi apresentou-se numa boate do Rio de Janeiro, enquanto Sérgio Reis gravou cenas no palanque da Rural Rio, de Paciência, onde ocorreu a festa-rodeio em que Fernando saiu como vencedor.[6]

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Exibição

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Foi reexibida pelo Vale a Pena Ver de Novo de 16 de dezembro de 1991 a 8 de maio de 1992, substituindo Cambalacho e sendo substituída por Vale Tudo, em 105 capítulos.[10]

Foi reexibida pelo Vídeo Show, no quadro Novelão, em duas oportunidades: de 28 de janeiro a 8 de fevereiro de 2013, e de 23 a 27 de fevereiro de 2015, esta última exibição com narração de Malu Mader.[6]

Foi reexibida na íntegra pelo Viva no período de 5 de junho de 2017 até 26 de janeiro de 2018, substituindo Torre de Babel, e sendo substituída por Sinhá Moça, às 14h30 e 01h15.[11] Cinco anos após a sua reprise, a novela ganhou uma reexibição pelo Viva 80 (versão fast do canal por assinatura), sendo exibida de 27 de novembro de 2023 a 6 de setembro de 2024 e foi substituída por Água Viva, se tornando uma das primeiras tramas a inaugurar o novo canal.[12]

Exibição internacional

Fera Radical foi exibida em mais de 30 países, como Alemanha, Angola, Argentina, Áustria, Canadá, Chile, Espanha, Grécia, Guatemala, Nicarágua, Rússia, Suíça, Estados Unidos, Porto Rico e Turquia.[6]

Outras Mídias

Em 17 de agosto de 2020, foi disponibilizada na íntegra no Globoplay, como parte do Projeto Resgate.[13] Em 5 de janeiro de 2026, será atualizada pela plataforma de streaming da Globo como parte do Projeto Originalidade, com a atualização para o formato de exibição original; com o formato de imagem restaurado em 4:3, além de aberturas, vinhetas de intervalo e encerramento originais.

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Trilha Sonora

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Nacional

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Capa: Carla Camurati

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Internacional

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Capa: José Mayer

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Referências

  1. Nilson Xavier. «Fera Radical - Teledramaturgia». Teledramaturgia. Consultado em 27 de dezembro de 2017
  2. «Destaques da TV - Fera Radical (Página 36)». Folha de S. Paulo. 28 de março de 1988
  3. Duh Secco (28 de março de 2021). «Despedida de grande atriz, pressa e vingança: os segredos de novela que estreava em 1988». TV História. Consultado em 26 de outubro de 2021
  4. Nilson Xavier (4 de junho de 2017). «10 curiosidades sobre "Fera Radical", que estreia nessa segunda no Viva». UOL. Consultado em 26 de outubro de 2021
  5. «Há 26 anos, Fera Radical estreava em Vale a Pena Ver de Novo; confira dados de audiência». TV História. 16 de dezembro de 2017. Consultado em 26 de outubro de 2021
  6. Nilson Xavier (22 de março de 2017). «Canal Viva vai reprisar a novela "Fera Radical", com Malu Mader». UOL. Consultado em 22 de março de 2017
  7. «'Fera Radical' chega ao Globoplay com história de tragédia e vingança». G1. 17 de agosto de 2020. Consultado em 21 de agosto de 2020
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