Franco da Rocha
município brasileiro do estado de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Franco da Rocha é um município do estado de São Paulo, localizado na Região Metropolitana de São Paulo na microrregião de Franco da Rocha. Pertence a sub-região norte da grande São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011[5] e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).[6] A população estimada pelo IBGE para 1.º de julho de 2021 era de 158 438 habitantes e a área é de 132,775 km², o que resulta numa densidade demográfica de 1 193,3 hab/km². No censo de 2010, a população aferida pelo IBGE era de 131 604 habitantes, resultando em uma densidade de 980,95 hab/km².[2]
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | franco-rochense | ||
Localização | |||
Localização de Franco da Rocha em São Paulo | |||
Localização de Franco da Rocha no Brasil | |||
Mapa de Franco da Rocha | |||
Coordenadas | 23° 19′ 19″ S, 46° 43′ 37″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Região metropolitana | São Paulo | ||
Municípios limítrofes | 7 Norte: Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato e Atibaia Leste: Mairiporã Sul: Caieiras Oeste: Cajamar | ||
Distância até a capital | 27 km[1] | ||
História | |||
Fundação | 21 de setembro de 1934 (89 anos) | ||
Emancipação | 30 de novembro de 1944 (79 anos) -de Juqueri | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Nivaldo da Silva Santos (PRD, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 132,775 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2021[2]) | 158 438 hab. | ||
Densidade | 1 193,3 hab./km² | ||
Clima | Subtropical | ||
Altitude | 740 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 07800-001 — 07899-999 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010 [3]) | 0,731 — alto | ||
PIB (IBGE/2016[4]) | R$ 2 460 082,33 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2016[4]) | R$ 16 661,58 | ||
Sítio | http://www.francodarocha.sp.gov.br (Prefeitura) http://www.camarafrancodarocha.sp.gov.br (Câmara) |
A cidade de Franco da Rocha tem sua primeira documentação histórica datada em 1627, época em que o rei de Portugal oferecia sesmarias (que eram doações de terras com a obrigação de cultivo dentro de três anos, sob a pena de revogação) aos interessados em cultivar a área. Na época, o benefício foi concedido ao senhor Amador Bueno da Ribeira, para que cuidasse dos Campos do Juquery.
Franco até o século XIX, era uma região que servia de caminho para os bandeirantes ou todos aqueles que se dirigiam ao Estado de Minas Gerais. Nessa época, tratava-se de um lugarejo, que era conhecido pelos tropeiros, como Parada do Feijão, onde a topa que transportavam gados e mercadorias faziam suas refeições.
Onde hoje se encontra o município, nada mais eram que grandes fazendas. No ano de 1807, surgem as primeiras escrituras, como do sítio Borda da Mata, que em 1866 foi vendido para a Estrada de Ferro São Paulo Railway, juntamente a fazenda Belém e Cachoeira, onde anos depois a cidade começaria a mudar de ares, com a inauguração da estação de trens.
A estação do Juquery foi fundada em 1º de fevereiro de 1888. E nesse mesmo ano, chegou na cidade o italiano Filoteo Beneducci que tinha a intenção de descobrir ouro em grande escala no lugar, conhecido na época como Pedreira, atualmente a Quarta Colônia. Como no local não existia a quantidade esperada pelo imigrante que resolveu se dedicar à extração de pedras enviadas para a cidade de São Paulo pela Estrada de Ferro recém-inaugurada. Essa extração é tida como a primeira atividade industrial de Franco da Rocha.
O desenvolvimento da cidade prosseguiu com um fato marcante, que mudaria para sempre a vida no município com a instalação do Hospital Psiquiátrico no Juquery. Sua construção, em uma área de 150 hectares começa em 1885, com o projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, denominada Colônia Agrícola do Juquery, para suprir a demanda de pacientes mentais, já que os locais que atendiam os doentes mentais de todo Estado de São Paulo – Hospital de Alienados, na capital e em Sorocaba e a Chácara Ladeira do Tabatinguera não tinham mais condições de receber pacientes e o número aumentava a cada dia. Inaugurado com capacidade inicial de 800 leitos, o Hospital ocupava um terreno à margem da linha férrea, próximo à estação Juquery. Com o passar dos anos as terras da Quarta Colônia, as fazendas Cresciúma e Velha foram incorporadas ao patrimônio do Hospital. Na Quarta Colônia, aliás, foi instalada a usina elétrica do hospital - hoje Cachoeira Quarta Colônia - que durante anos forneceu energia também para a estação Juquery e todo o povoado.
Com o falecimento do sr. Frederico Alvarenga, em 1896, o Doutor Francisco Franco da Rocha, a serviço do Governo do Estado, foi designado para administrar o maior Hospital Psiquiátrico da Brasil e da América Latina.
A religiosidade também esteve sempre presente na cidade. No ano de 1908, foi iniciada a construção da Igreja Matriz, em louvor a Nossa Senhora da Conceição, que se tornou a Padroeira do Município.
A primeira escola primária de Franco da Rocha ficava em um local muito castigado pelas enchentes e em 1909, a escolinha Rural Masculina passou a funcionar onde hoje é a Rua Azevedo Soares e ficou sob a tutela do professor Ernesto Alves de Oliveira. Entre outras escolas tradicionais em Franco da Rocha estão o Grupo Escolar de Franco da Rocha, atual E.E. Professor Domingos Cambiaghi, homenagem ao diretor de mesmo nome. O Grupo Escolar Azevedo Soares foi inaugurado em 1950 e o Ginásio Estadual Benedito Fagundes, O BEFAMA, foi criado no dia 15 de maio de 1952.
Franco da Rocha foi elevado a distrito do município de Mairiporã, em 21 de setembro de 1934, e em 30 de novembro de 1944, Franco da Rocha tornou-se uma cidade autônoma.[7]
Por ocasião da inauguração do Hospital Psiquiátrico, idealizado pelo médico Psiquiatra Francisco Franco da Rocha o município e a estação homônimos, na época chamados de Juquery foram batizados com o nome do médico em homenagem a dedicação que o mesmo teve pelo hospital, e que ajudou a transformar o sanatório numa colônia agrícola, onde os alienados eram na sua maioria curados pelo contato com a natureza, e a fauna local, literalmente soltos. É sabido que o fundador do município não foi o médico psiquiatra, mas sim o italiano Fileteo Beneducci, pois o mesmo já tinha uma pedreira na atual Quarta Colônia, que gerou vários empregos no local e até teve um Tramway para transporte das pedras, e posteriormente convertido em bonde puxado á burro para acessar o Complexo Hospitalar do Juquery (CHJ).
Esta lista não cita fontes confiáveis. (Janeiro de 2022) |
Nº | Nome | início do mandato | fim do mandato | Observações |
1 | Benedito Fagundes Marques | 1 de janeiro de 1945 | 22 de novembro de 1945 | primeiro mandato |
2 | Cevero Oliveira Morais | 23 de novembro de 1945 | 15 de dezembro de 1945 | primeiro mandato |
— | Cevero Oliveira Morais | 24 de março de 1947 | 15 de abril de 1947 | segundo mandato |
3 | João Victor Júnior | 1 de janeiro de 1948 | 31 de dezembro de 1951 | primeiro prefeito eleito |
4 | Bernardino Pereira Mauro | 1 de janeiro de 1952 | 31 de dezembro de 1955 | único mandato |
5 | José Alves Ferreira Filho | 1 de janeiro de 1956 | 31 de dezembro de 1959 | primeiro mandato |
6 | Pedro Lélis de Sousa | 1 de janeiro de 1960 | 31 de dezembro de 1963 | único mandato |
7 | José Alves Ferreira Filho | 1 de janeiro de 1964 | 26 de março de 1965 | segundo mandato |
8 | Emílio Hernandez Aguilar | 26 de março de 1965 | 31 de janeiro de 1969 | primeiro mandato |
9 | Donald Savazoni | 1 de fevereiro de 1969 | 31 de janeiro de 1973 | primeiro mandato |
10 | Ângelo Celeguim | 1 de fevereiro de 1973 | 31 de janeiro de 1977 | único mandato |
11 | Donald Savazoni | 1 de fevereiro de 1977 | 25 de abril de 1980 | segundo mandato |
12 | Oscar de Almeida Nunes | 26 de abril de 1980 | 31 de janeiro de 1983 | primeiro mandato |
13 | Emílio Hernandez Aguilar | 1 de fevereiro de 1983 | 31 de dezembro de 1988 | segundo mandato |
14 | Oscar de Almeida Nunes | 1 de janeiro de 1989 | 31 de dezembro de 1992 | segundo mandato |
15 | Mário Maurici de Lima Morais (PT) | 1 de janeiro de 1993 | 31 de dezembro de 1996 | único mandato |
16 | José Benedito Hernandez (PTB) | 1 de janeiro de 1997 | 29 de fevereiro de 2000 | único mandato |
17 | Roberto Seixas (PTB) | 29 de fevereiro de 2000 | 31 de dezembro de 2000 | vice-prefeito nomeado a prefeito |
— | Roberto Seixas (PTB) | 1 de janeiro de 2001 | 31 de dezembro de 2004 | reeleito com: 20.295 votos |
18 | Marcio Cecchettini (PSDB) | 1 de janeiro de 2005 | 31 de dezembro de 2008 | eleito com: 22.398 votos |
— | Marcio Cecchettini (PSDB) | 1 de janeiro de 2009 | 31 de dezembro de 2012 | reeleito com: 42.448 votos |
19 | Kiko Celeguim (PT) | 1 de janeiro de 2013 | 31 de dezembro de 2016 | eleito com: 33.598 votos |
— | Kiko Celeguim (PT) | 1 de janeiro de 2017 | 31 de dezembro de 2020 | reeleito com: 46.652 votos, maior votação da história da cidade |
20 | Nivaldo da Silva Santos (PTB) | 1 de janeiro de 2021 | eleito com: 34.604 votos |
O clima é temperado e inverno seco. O solo é ácido, erodido em sua maior parte, exceto região de aluviações no Rio-Abaixo e Mato Dentro.
Pela sua hidrografia característica, o município sofreu vários alagamentos.
Em 11 de janeiro de 2011 uma enchente alagou quase toda a área central do município, causada pelo aumento da vazão da Represa Paulo de Paiva Castro, que normalmente é de 1 m³/s e chegou a 80 m³/s. Moradores ficaram isolados, prédios públicos, residências e estabelecimentos comerciais foram tomados pela água, que somente dois dias depois começou a baixar. Não houve informações sobre mortos. Duas das três entradas para a cidade - de Mairiporã e Caieiras - ficaram inacessíveis.[8][9][10]
Em 11 de março de 2016, depois de uma forte chuva que se precipitou sobre a Região Metropolitana de São Paulo, o centro de Franco da Rocha ficou alagado. A maior parte da água veio da Represa Paiva Castro, que estava com pouco mais de 30% da capacidade no dia 10 de março, e foi para 100% as 2h da manhã.[11] As 6h da manhã, as comportas da represa fora abertas, para evitar seu rompimento. A circulação dos trens foi interrompida entre Perus e Jundiaí às 23h40. Dias depois a operação foi retomada parcialmente.[12]
Desde a noite de 28 de janeiro de 2022, fortes chuvas atingiram a Região Metropolitana de São Paulo durante cinco dias, causando dezenas de mortes. Segundo números oficiais divulgados em 4 de fevereiro, dezoito mortos foram contabilizados em Franco da Rocha.[13] Vários pontos da cidade alagaram, principalmente o centro e áreas próximas, com o desabamento de várias casas, devido a deslizamentos de terra. O tráfego de trens foi interrompido devido ao alagamento dos trilhos entre Francisco Morato e Perus. O tráfego de veículos entre o município e Jundiaí também foi prejudicado devido aos deslizamentos de terra e queda de árvores na SP-332, principal rodovia que liga as cidades.[14]
Existe pelo menos uma escola técnica em Franco da Rocha: Escola Técnica Estadual Doutor Emílio Hernadez Aguilar.
A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[15], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[16], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[17] para suas operações de telefonia fixa.
Franco da Rocha é servida por trens da CPTM com as estações Franco da Rocha e Baltazar Fidélis, ambas na Linha 7–Rubi do Trem Metropolitano de São Paulo.
Ademais, a cidade possui 2 Terminais de Ônibus (Oeste e Leste) nas quais, partem linhas Intermunicipais e parte das 26 linhas municipais operadas pela Viação Cidade de Caieiras com o nome fantasia “Viação Nossa Cidade”. Vale ressaltar que, no transporte intermunicipal gerenciado pela EMTU, operam três empresas, sendo elas: Viação Cidade de Caieiras e Auto-Ônibus Moratense (Consórcio Anhanguera); ETM – Empresa de Transportes Mairiporã (Consórcio Internorte). O município conta ainda com 3 linhas Suburbanas com destino a Jundiaí e Campo Limpo Paulista operadas pela Rápido Luxo Campinas.
Seus limites são Jundiaí, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista (minimamente) a noroeste, Francisco Morato a norte, Atibaia (minimamente) a nordeste, Mairiporã a leste, Caieiras a sul, e Cajamar a oeste.
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