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Franco da Rocha

município brasileiro do estado de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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 Nota: Para o médico psiquiatra brasileiro, veja Francisco Franco da Rocha.

Franco da Rocha é um município do estado de São Paulo, localizado na sub-região norte da Região Metropolitana de São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011[6] e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).[7] A população aferida pelo censo de 2022 do IBGE foi 144 849 habitantes,[3] resultado de uma densidade demográfica de 1 090,9 hab/km², contra 131 604 habitantes e densidade de 980,95 hab/km² pelo censo de 2010.[2]

Factos rápidos Município do Brasil, Localização ...
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História

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Perspectiva

Franco da Rocha tem sua primeira documentação histórica datada em 1627, época em que a coroa portuguesa oferecia sesmarias aos interessados em cultivar a área. Na época, o benefício para que cuidasse dos Campos do Juqueri foi concedido a Amador Bueno. Outras personalidades, como os bandeirantes Anhangüera e Antônio de Barros e a cabocla Susana Dias também obtiveram posses na região.[8]

Século XIX

Até o século XIX, a região, que até então pertencia a Santana de Parnaíba, servia de caminho para aqueles que se dirigiam à Minas Gerais. Nesta época, tratava-se de um lugarejo que servia como ponto de alimentação para os tropeiros, que denominariam a região como Parada do Feijão.[carece de fontes?]

Na década de 1850, uma área de 45 km² dos Campos do Juqueri, denominada Fazenda Bethlém, foi comprada pelo barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza, passando a servir de acampamento aos operários que construiriam o túnel que atravessaria a Serra do Botujuru. Após a conclusão das obras, em 1866, a São Paulo Railway, conhecida popularmente como "Inglesa," havia comprado os 45 km² de Irineu Evangelista, incluindo a fazenda Bethlém e Cachoeira.[carece de fontes?]

A estação do Juqueri foi fundada em 1 de fevereiro de 1888, no mesmo ano chegaria o siciliano Filoteo Beneduce, que tinha a intenção de descobrir ouro em grande escala no lugar, conhecido à época como Pedreira, atualmente a Quarta Colônia. Como no local não existia a quantidade esperada, Beneduce resolveu se dedicar à extração de pedras, que eram enviadas para a cidade de São Paulo pela Estrada de Ferro recém-inaugurada, representando assim, a primeira atividade industrial na região.[carece de fontes?]

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Museu Osório César, parte integrante do patrimônio tombado do Juqueri.

O desenvolvimento da região prosseguiu em 1895, com a construção de uma colônia de alienados, projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo. Sua construção visava suprir a demanda de pacientes mentais, já que os principais locais, como o Hospital de Alienados, em São Paulo, e a Chácara Ladeira do Tabatinguera, em Sorocaba, que atendiam doentes mentais de todo o estado de São Paulo, já não tinham mais condições de receber pacientes.[carece de fontes?]

O projeto, inicialmente denominado Colônia Agrícola do Juqueri, foi inaugurado em uma área de 150 hectares, com capacidade inicial de 800 leitos, ocupando um terreno à margem da linha férrea, próximo à estação Juqueri. Com o passar dos anos as terras da Quarta Colônia, as fazendas Cresciúma e Velha foram incorporadas ao patrimônio do Hospital. Na Quarta Colônia, aliás, foi instalada a usina elétrica do hospital — hoje Cachoeira Quarta Colônia — que durante anos forneceu energia também para a estação Juqueri e a todo o povoado. Com o falecimento de Frederico Alvarenga, em 1896, o doutor Francisco Franco da Rocha, a serviço do governo do estado, foi designado para administrar o hospital.[carece de fontes?]

Início do século XX

No ano de 1908, devido à distância até a Paróquia de Sant'Ana, foi iniciada a construção de uma capela em louvor à Imaculada Conceição no povoado.[carece de fontes?]

A primeira escola primária da região ficava em um local muito castigado pelas enchentes e em 1909, a escolinha Rural Masculina passou a funcionar onde hoje é a rua Azevedo Soares, ficando sob a tutela do professor Ernesto Alves de Oliveira. [carece de fontes?]

Em 1934, o povoado deixa de fazer parte de Parnahyba e passa a integrar o município de Juquery, sendo elevado a categoria de distrito em 21 de setembro, com a denominação de Franco da Rocha.[carece de fontes?]

Emancipação e formação municipal

Em 30 de novembro de 1944, Franco da Rocha foi elevado à categoria de município pelo decreto-lei nº 14334, sendo constituído pelo distrito de Caieiras e pelo distrito-sede de Franco da Rocha.[9]

Na década de 1950, foi criada a comissão Pró-Melhoria de Caieiras, para colaborar com os sub-prefeitos na execução de obras públicas do distrito de Caieiras. Tal comissão também tinha finalidade de colaborar na emancipação do distrito, para isto, foi elaborado um abaixo assinado endereçado à Assembléia Legislativa solicitando a realização de um plebiscito e a criação de um município denominado Santo Antônio de Caieiras, o que resultou na exoneração do sub-prefeito, cargo ocupado à época por Gino Dártora. Apesar das represálias, o plebiscito foi realizado e 968 pessoas votaram – 40 contra, 1 abstenção, 1 nulo e 926 a favor, resultando na emancipação de Caieiras em 14 de dezembro de 1958.[10][11][12]

Cinco anos após a primeira perda territorial de Franco da Rocha, o distrito de Francisco Morato também realizaria um plebiscito, vindo a conquistar sua emancipação em 21 de março de 1965.[13]

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Geografia

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Perspectiva
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Vista da área urbana de Franco da Rocha em região bem próxima a área central.
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Cachoeira Quarta Colônia, localizada no Parque Pretória em Franco da Rocha.
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Reservatório Paulo de Paiva Castro, entre Mairiporã e Franco da Rocha.

O clima é temperado e inverno seco. O solo é ácido, erodido em sua maior parte, exceto região de aluviações no Rio-Abaixo e Mato Dentro.

Hidrografia

  • Rio Juqueri
  • Reservatório Juqueri
  • Ribeirão Eusébio
  • Ribeirão Borda da Mata
  • Ribeirão Itaim
  • Tanque Velho
  • Cristais
  • Santa Inês
  • Córrego da 3º Colônia
Enchentes

Pela sua hidrografia característica, o município sofreu vários alagamentos.

Em 11 de janeiro de 2011 uma enchente alagou quase toda a área central do município, causada pelo aumento da vazão da Represa Paulo de Paiva Castro, que normalmente é de 1 m³/s e chegou a 80 m³/s. Moradores ficaram isolados, prédios públicos, residências e estabelecimentos comerciais foram tomados pela água, que somente dois dias depois começou a baixar. Não houve informações sobre mortos. Duas das três entradas para a cidade - de Mairiporã e Caieiras - ficaram inacessíveis.[14][15][16]

Em 11 de março de 2016, depois de uma forte chuva que se precipitou sobre a Região Metropolitana de São Paulo, o centro de Franco da Rocha ficou alagado. A maior parte da água veio da Represa Paiva Castro, que estava com pouco mais de 30% da capacidade no dia 10 de março, e foi para 100% as 2h da madrugada.[17] As 6h da manhã, as comportas da represa fora abertas, para evitar seu rompimento. A circulação dos trens foi interrompida entre Perus e Jundiaí às 23h40. Dias depois a operação foi retomada parcialmente.[18]

Desde a noite de 28 de janeiro de 2022, fortes chuvas atingiram a Região Metropolitana de São Paulo durante cinco dias, causando dezenas de mortes. Segundo números oficiais divulgados em 4 de fevereiro, dezoito mortos foram contabilizados em Franco da Rocha.[19] Vários pontos da cidade alagaram, principalmente o centro e áreas próximas, com o desabamento de várias casas, devido a deslizamentos de terra. O tráfego de trens foi interrompido devido ao alagamento dos trilhos entre Francisco Morato e Perus. O tráfego de veículos entre o município e Jundiaí também foi prejudicado devido aos deslizamentos de terra e queda de árvores na SP-332, principal rodovia que liga as cidades.[20]

Municípios limítrofes

Seus limites são Jundiaí, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista (minimamente) a noroeste, Francisco Morato a norte, Atibaia (minimamente) a nordeste, Mairiporã a leste, Caieiras a sul, e Cajamar a oeste.

Rodovias

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Viaduto Pref. Donald Savazoni (conhecido como pontilhão) que serve de conexão viária entre os dois lados da cidade separados pela linha férrea e liga a SP-023 com a SP-332.

Ferrovias

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Demografia

População

Mais informação Crescimento populacional, Ano ...

Religião

O cristianismo se faz presente na cidade da seguinte forma:[27]

A Igreja Católica é representada na cidade pela Diocese de Bragança Paulista.[28] Entre as igrejas protestantes históricas, pentecostais e neopentecostais, encontram-se na cidade:[29][30]

Política e administração

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Câmara Municipal.

A administração municipal dá-se pelo poder executivo e pelo legislativo. Os atuais líderes políticos de Franco da Rocha são:

Prefeita: Lorena Oliveira (Solidariedade)
Presidente da câmara: Thiago Seixas (Republicanos)

Cidade-irmãs

Infraestrutura

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Perspectiva
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Escola Superior de Bombeiros, a maior da América Latina.

Educação

Existe pelo menos uma escola técnica em Franco da Rocha: Escola Técnica Estadual Doutor Emílio Hernadez Aguilar.

Comunicações

O sistema de telefones automáticos foi inaugurado na cidade em 1974 pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que também implantou o sistema de discagem direta à distância (DDD) em 1975 com o código de área (011).[35][36] Anteriormente a cidade era atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB).[37]

Transportes

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Movimentação no centro da cidade.

Franco da Rocha é servida por trens da CPTM com as estações Franco da Rocha e Baltazar Fidélis, ambas na Linha 7–Rubi do Trem Metropolitano de São Paulo.[38][39]

Ademais, a cidade possui 2 Terminais de Ônibus (Oeste e Leste) nas quais, partem linhas Intermunicipais e parte das 26 linhas municipais operadas pela Viação Cidade de Caieiras com o nome fantasia “Viação Nossa Cidade”. Vale ressaltar que, no transporte intermunicipal gerenciado pela EMTU, operam três empresas, sendo elas: Viação Cidade de Caieiras e Auto-Ônibus Moratense (Consórcio Anhanguera); ETM – Empresa de Transportes Mairiporã (Consórcio Internorte). O município conta ainda com 3 linhas Suburbanas com destino a Jundiaí e Campo Limpo Paulista operadas pela Rápido Luxo Campinas.[carece de fontes?]

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Ver também

Referências

  1. «Franco da Rocha». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2021
  2. «População de Franco da Rocha (SP) é de 144.849 pessoas, aponta o Censo do IBGE». G1. 28 de junho de 2023. Consultado em 11 de janeiro de 2025
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de julho de 2013
  4. «Produto Interno Bruto dos Municípios 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 5 de março de 2019
  5. «Lei Complementar nº 1.139, de 16 de junho de 2011». Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Consultado em 1 de fevereiro de 2017
  6. «Região Metropolitana de São Paulo». Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo. Consultado em 1 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 27 de janeiro de 2017
  7. CARVALHO, Marcos Rogério Ribeiro de (2012). Nos caminhos da serra: Arqueologia, História, Patrimônio e Memória. A Ocupação humana na Serra da Cantareira entre os séculos XVII e XX. [S.l.: s.n.] pp. 86–87
  8. TI, Diretoria de Gestão em. «Prefeitura Municipal de Franco da Rocha». www.francodarocha.sp.gov.br. Consultado em 24 de fevereiro de 2018
  9. «Jornal A Semana - Caieiras - 14 de Dezembro de 1958 nascia Santo Antonio de Caieiras». www.caieiraspress.com.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2025
  10. Redação (13 de julho de 2023). «#TBT: Emancipação de Caieiras». Caieiras Notícias. Consultado em 20 de fevereiro de 2025
  11. «Jornal A Semana - Caieiras - História». www.caieiraspress.com.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2025
  12. «Resolução - ALESP nº 471, de 08 de novembro de 1963». www.al.sp.gov.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2025
  13. Priscila Trindade (12 de janeiro de 2011). «Chuva isola Franco da Rocha, na Grande São Paulo». São Paulo: O Estadão
  14. Gomes, Rodrigo (15 de março de 2016). «MP apura responsabilidade da Sabesp por danos de enchentes em Franco da Rocha». RBA - Rede Brasil Atual
  15. «Franco da Rocha tem deslizamento e enchente após fortes chuvas». R7.com. 30 de janeiro de 2022. Consultado em 30 de janeiro de 2022
  16. «Franco da Rocha -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 10 de agosto de 2020
  17. O termo "cristão" (em grego Χριστιανός, transl Christianós) foi usado pela primeira vez para se referir aos discípulos de Jesus Cristo na cidade de Antioquia (Atos cap. 11, vers. 26), por volta de 44 d.C., significando "seguidores de Cristo". O primeiro registro do uso do termo "cristianismo" (em grego Χριστιανισμός, Christianismós) foi feito por Inácio de Antioquia, por volta do ano 100. Tyndale Bible Dictionary, pp. 266, 828
  18. «Sul 1 Region of Brazil [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 18 de maio de 2025
  19. Cross, F. L.; Livingstone, E. A., eds. (1 de janeiro de 2009). «The Oxford Dictionary of the Christian Church». Oxford University Press (em inglês). ISBN 978-0-19-280290-3. Consultado em 18 de maio de 2025
  20. «Tabela 2094: População residente por cor ou raça e religião». sidra.ibge.gov.br. Consultado em 18 de maio de 2025
  21. «Campos Eclesiásticos». CONFRADESP. 10 de dezembro de 2018. Consultado em 18 de maio de 2025
  22. «Arquivos: Locais». Assembleia de Deus Belém – Sede. Consultado em 18 de maio de 2025
  23. «Localidade - Congregação Cristã no Brasil». congregacaocristanobrasil.org.br. Consultado em 18 de maio de 2025
  24. «Área de operação da Telesp em São Paulo». www.telesp.com.br. Página oficial da Telecomunicações de São Paulo (arquivada). 14 de janeiro de 1998. Consultado em 26 de fevereiro de 2025
  25. «Telesp - Código DDD e Prefixos». www.telesp.com.br. Página oficial da Telecomunicações de São Paulo (arquivada). 14 de janeiro de 1998. Consultado em 26 de fevereiro de 2025
  26. «O Estado de S. Paulo - 07/01/1973». Acervo. Consultado em 26 de fevereiro de 2025
  27. Brasil, Buser. «Estação de Franco da Rocha - Franco da Rocha - SP». Buser, o aplicativo do ônibus. Uma nova forma de viajar e economizar até 60%!. Consultado em 27 de agosto de 2025
  28. «Baltazar Fidélis». Mapcarta. Consultado em 27 de agosto de 2025
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Ligações externas

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