Grande Prêmio de San Marino de 1994
3ª Etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 1994 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Grande Prêmio de San Marino de 1994 (formalmente 14º Gran Premio di San Marino) foi uma corrida de Fórmula 1 realizada em Ímola em 1º de maio.[1] Terceira etapa do campeonato, foi marcado pelo acidente que deixou o piloto brasileiro Rubens Barrichello seriamente ferido na sexta-feira[2] e pela morte do austríaco Roland Ratzenberger no dia seguinte.[3][4] A mesma corrida viu a morte do tricampeão mundial Ayrton Senna no domingo em um grave acidente no curso da prova.[5]
Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1 de 1994 | |||
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Décimo quarto GP de San Marino realizado em Imola | |||
Detalhes da corrida | |||
Categoria | Fórmula 1 | ||
Data | 1º de maio de 1994 | ||
Nome oficial | 14° Gran Premio di San Marino[nota 1] | ||
Local | Autódromo Enzo e Dino Ferrari, Ímola, Emília-Romanha, Itália | ||
Percurso | 5.040 km | ||
Total | 58 voltas / 292.320 km | ||
Condições do tempo | Ensolarado | ||
Pole | |||
Piloto |
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Tempo | 1:21.548 | ||
Volta mais rápida | |||
Piloto |
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Tempo | 1:24.335 (na volta 10) | ||
Pódio | |||
Primeiro |
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Segundo |
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Terceiro |
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Michael Schumacher ganhou a corrida reiniciada. Na entrevista coletiva depois da prova, declarou que "não podia sentir-se satisfeito, não podia sentir-se feliz" com a vitória depois dos eventos ocorridos durante o fim de semana. Nicola Larini marcou os primeiros pontos de sua carreira quando alcançou o pódio terminando na segunda posição. Mika Häkkinen terminou em terceiro.[5] O fim de semana é lembrado por ter sido um dos momentos mais trágicos do automobilismo e do esporte em geral.[6] A partir deste grande prêmio, a Fórmula 1 sofreu muitas modificações com o intuito de aumentar a segurança tanto dos pilotos quanto dos espectadores. Desde então foram feitas numerosas mudanças no regulamento para reduzir a velocidade de um Fórmula 1 e novos circuitos, como o Circuito Internacional do Barém, incorporaram grandes áreas de escape para reduzir a velocidade dos carros antes que eles colidissem com um muro.
Ayrton Senna teve um funeral com honras de chefe de estado na cidade de São Paulo. Entre o cortejo do caixão com o corpo do piloto desde o Aeroporto de Guarulhos até à Assembleia Legislativa, o velório, que durou aproximadamente 24 horas, e o cortejo final desde a Assembleia até o Cemitério do Morumbi, aproximadamente dois milhões de pessoas estiveram presentes.[7]
Procuradores italianos acusaram seis pessoas de homicídio com relação à morte de Senna, tendo sido o então diretor-técnico da equipe Williams, Patrick Head, considerado culpado pelo defeito da barra de direção que causou o acidente. O dirigente britânico, contudo, foi isentado de pena devido à prescrição, afinal o caso levou quase treze anos para ser concluído, após vários recursos que modificaram o veredicto inicial de absolvição.[8][9][10]