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economista israelense-brasileiro; ex-presidente do Banco Central do Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Ilan Goldfajn GCRB (Haifa, 12 de março de 1966)[3][4] é um economista israelense-brasileiro. Foi presidente do Banco Central do Brasil de 2016 a 2019 e diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental no Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 2022, foi eleito presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).[5]
Ilan Goldfajn | |
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Ilan Goldfajn em 2016. | |
7.º Presidente do BID | |
Período | 19 de dezembro de 2022 a atualidade |
Antecessor(a) | Reina Irene Mejía |
Sucessor(a) | - |
26.º Presidente do Banco Central do Brasil | |
Período | 9 de junho de 2016 a 27 de fevereiro de 2019 |
Presidente | Michel Temer (2016-2019) Jair Bolsonaro (2019) |
Antecessor(a) | Alexandre Tombini |
Sucessor(a) | Roberto Campos Neto |
Dados pessoais | |
Nascimento | 12 de março de 1966 (58 anos) Haifa, Israel |
Nacionalidade | Brasileiro Israelense |
Alma mater | UFRJ |
Prêmio(s) |
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Profissão | Economista |
Assinatura |
De origem judaica,[6] Ilan nasceu em Haifa, Israel. Aos 13 anos de idade,[7] mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.[8] Estudou na Escola Americana, na Gávea, e no Colégio Israelita Brasileiro A. Liessin.[9] Aos 18 anos, Ilan Goldfajn voltou a Israel e teve uma experiência em um kibutz,[7] onde permaneceu por um ano.
Casou-se em 1991 com a psicóloga Denise Salomão Goldfajn. No mesmo ano, os dois se mudaram para os Estados Unidos para cursar seus doutorados. O casal viveu por quase uma década no país, onde tiveram dois de seus três filhos, antes de retornar ao Brasil, no final dos anos 1990.
Em 1988, graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1991, obteve mestrado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na qual viria a lecionar entre 1999 e 2009. Em 1995, conquistou o título de doutor em Economia pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Entre as instituições em que trabalhou, estão a Brandeis University, a PUC e, a convite do seu orientador, o professor Stanley Fischer, o Fundo Monetário Internacional,[11] entre 1996 e 1999.
Atuou na academia, em organismos internacionais e no setor financeiro, tanto em organismos públicos, como o FMI e o Banco Central Brasileiro, quanto em instituições privadas, como os bancos Itaú e Credit Suisse. É um dos fundadores e ex-presidente do think tank Centro de Debate de Políticas Públicas, e um dos idealizadores, em 2021, de um manifesto a favor da democracia. Também integrava conselhos acadêmicos, era associado do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças (IEPE/CdG)[12] e foi embaixador da Fundação Amazônia Sustentável (FAS),[13] funções das quais se encontra licenciado para exercer a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Em 17 de maio de 2016, foi indicado ao cargo de presidente do Banco Central pelo então ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Seu nome foi submetido a aprovação no Senado Federal,[11] contando com 53 votos favoráveis e 13 contrários.[14] Foi empossado no cargo em 9 de junho.[15]
Goldfajn assumiu a presidência do Banco Central no contexto da crise econômica iniciada em 2014, tendo como missão o seu combate e o controle da inflação por meio do ajuste da taxa básica de juros da economia, entre outros meios.[16]
Segundo o IBGE, ao final de 2015, a inflação acumulada era de 10,67%, caindo para 2,95% em 2017 e mantendo-se abaixo da meta de 4,5% em 2018. No mesmo período, a meta da taxa Selic passou de 14,25% para 6,5%.
O economista promoveu a agenda de reformas estruturais “BC+” e fomentou as mudanças que abriram portas para novos players no setor de serviços financeiros. Estimulou a inovação, a digitalização e deu início ao desenvolvimento de um sistema nacional de pagamento rápido, reforçando a eficiência e a inclusão no setor financeiro do Brasil.[17]
Em 2017, foi eleito pela revista britânica The Banker como o melhor banqueiro central do mundo.[18] No ano seguinte, a revista Global Finance o nomeou o melhor banqueiro central.
Goldfajn deixou o cargo em fevereiro de 2019, sendo sucedido por Roberto Campos Neto.
Goldfajn atuou como diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental no Fundo Monetário Internacional (FMI) de setembro de 2021 a novembro de 2022, onde ajudou os países a implementar programas apoiados pelo FMI para enfrentar uma série de desafios. Ele também contribuiu para moldar o diálogo de políticas da região sobre mudanças climáticas, o que levou ao primeiro Mecanismo de Resiliência e Sustentabilidade do FMI.[19]
Em 20 de novembro de 2022, Goldfajn tornou-se o primeiro brasileiro eleito para presidir o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) após 63 anos.[20] Indicado pelo então ministro da economia Paulo Guedes.[20] A eleição para o mandato de cinco anos, com posse em 19 de dezembro de 2022, foi vencida no primeiro turno (de cinco possíveis) por 80,1% dos votos e com apoio de 17 dos 25 países membros, consolidando uma base de apoio política considerada importante.[20]
Goldfajn derrotou os candidatos Nicolás Eyzaguirre Guzmán (Chile); Gerardo Esquivel Hernández (México), Gerard Johnson, ex-funcionário do BID nomeado por Trinidad e Tobago, e Cecilia Todesca Bocco (Argentina), que desistiu do pleito para apoiar a candidatura brasileira.[20]
Por ser percebido como um candidato sem alinhamento político-partidário, Goldfajn angariou apoio em diversos setores da sociedade, tanto no setor privado quanto público, inclusive de membros da coalizão do novo governo eleito,[carece de fontes] com exceção da própria presidente do partido do então novo presidente eleito, Gleisi Hoffmann e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega que tentaram conseguir um adiamento do pleito.[21] A tentativa de adiamento foi ignorada pela instituição, que manteve a data da eleição e levou Goldfajn a ser o candidato (brasileiro) vitorioso.[21] O então vice-presidente Geraldo Alckmin, em nome de Lula, parabenizou Ilan Goldfajn e falou em disposição de estreitar laços com o BID,[22] apesar do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não veta e nem apoia disse à CNN, Celso Amorim, ex-ministro de Relações Exteriores e integrante da transição.[23]
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(ajuda)
Precedido por Alexandre Tombini |
Presidente do Banco Central do Brasil 2016 – 2019 |
Sucedido por Roberto Campos Neto |
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