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O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) é uma organização não governamental brasileira, considerada uma das maiores do país[2]. Foi fundada oficialmente em 1992 pelo biólogo Cláudio Pádua e pela educadora ambiental Suzana Pádua e alguns pesquisadores, envolvidos nos estudos para a preservação do primata mico-leão-preto[3], um dos mais raros e ameaçados do mundo.
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Junho de 2015) |
Tipo | Organização não-governamental |
Fundação | 1992 (32 anos) |
Estado legal | Ativo |
Sede | Nazaré Paulista, Brasil |
Fundadores | Cláudio Pádua e Suzana Pádua |
Empregados | 10 Doutores e 20 Mestres [1] |
Sítio oficial | http://www.ipe.org.br/ |
Promove ações para proteção do ambiente, diversas causas, auxilia comunidades a criarem práticas ecológicas e contribui na educação pela ESCAS - Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade que foi criada em 2005 e forma pesquisadores e líderes especialistas em assuntos ambientais[4], arquitetando um laço socioambiental, sendo essa a missão do Instituto.
O projeto que deu início ao Instituto de Pesquisas Ecológicas começou em 1978, quando Cláudio Pádua e sua esposa Suzana Pádua mudaram-se para o Pontal do Paranapanema, no Oeste do Estado de São Paulo, para que Claudio pudesse realizar suas pesquisas com o mico-leão-preto.[5]
Este projeto inicial tinha como objetivo proteger a espécie do mico-leão-preto estudando as populações consideradas isoladas deste animal, por conta do desmatamento ocorrido na região oeste do Estado de São Paulo. Com a junção do Instituto e moradores locais, a educação ambiental disseminada tornou-se um dos pilares para o IPÊ.[6]
A fundação oficial do Instituto se deu em 1992. Segundo Suzana Pádua, presidente do Instituto, o mundo naquela época estava necessitando de organizações que cuidassem da parte socioambiental, tanto do Brasil quanto no mundo.[7]
O Instituto atua para descobrir meios de conservar tanto de espécies quanto de áreas que estão sofrendo principalmente pela ação humana, desenvolve educação ambiental para conservação da biodiversidade que atualmente está desaparecendo em uma velocidade muito rápida,[8] faz pesquisa de espécies ameaçadas de extinção, restaura habitats[7] e também realiza intervenções para que pessoas sejam alertadas de problemas ambientais.[9]
Com isso, em suas áreas de atuação dentro do Brasil (Nazaré Paulista, Pontal do Paranapanema, Baixo Rio Negro, Ariri e Pantanal), vários projetos são criados e promovem benefícios ambientais, sociais, educacionais e até financeiros sempre buscando garantir a existência da biodiversidade.[7]
Em 2002, calcula-se que o Instituto realiza mais de 30 projetos por ano no Brasil[5] - um dos países mais ricos em biodiversidade no mundo e com biomas únicos.[10]
Os projetos desenvolvidos neste Instituto são divididos pelas regiões de atuação do IPÊ.
Este projeto é patrocinado pela Petrobrás, realizado no Sistema Cantareira e seu principal objetivo consiste em preservar os recursos hídricos e a biodiversidade[11], a partir de unidades demonstrativas localizadas em pequenas propriedades rurais[12], onde os donos adotam melhores práticas sustentáveis do uso do solo e também recompor florestas, a partir de palestras e apoio do Instituto.
Este projeto conta com financiamento coletivo e várias atividades, como palestras, preparação e plantio de mudas, coleta de dados, trilhas ecológicas, eventos e reuniões, as quais são frequentadas e realizadas por alunos de escolas públicas de Nazaré Paulista. O objetivo é que eles desenvolvam consciência sobre a importância da conservação do Meio Ambiente[13] e também contribuam com a restauração da mata ciliar para melhor conservar a mata e a água.[14]
Várias mulheres de Nazaré Paulista se reuniram, e com o apoio do IPÊ, confeccionam peças e acessórios bordados que remetem à biodiversidade brasileira.[15] Atualmente é uma cooperativa, ajudando na sobrevivência de várias famílias que antes deste projeto sobrevivam com a queima de eucalipto e a produção de carvão vegetal.[16]
Com o objetivo de alcançar educação ambiental para os moradores desta região, principalmente com estudantes, foram desenvolvidas atividades que se completam, como palestras, construção de viveiros, distribuição de mudas de árvores e oficinas.[17]
Nesta região do Pontal do Paranapanema, a divisão entre os Estados de São Paulo e Paraná, possuía áreas florestais devastadas, com apenas 2% de sua formação original. Com o projeto, foi possível realizar plantação de café e mudas originárias da Mata Atlântica, auxiliando os agricultores (foram incentivados a plantarem aproximadamente um hectare de árvores nativas),[18] a fauna e a flora locais,[19] tentativa de restaurar a biodiversidade.[20] Este projeto obteve apoio da Natura e do PDA Mata Atlântica.[19]
Com início em 2002,[21] o projeto foi desenvolvido com o objetivo de conectar duas unidades de conservação do Pontal, a Estação Ecológica Mico Leão Preto e o Parque Estadual do Morro do Diabo,[22] melhorando a relação socioambiental, com a plantação de milhões de árvores, formando um corredor ecológico, para tentar restaurar a biodiversidade local e que os proprietários sigam as exigências ambientais. Tem apoio de empresas nacionais e internacionais, além da Petrobrás e do BNDS.[23]
Esta atividade fundamentou-se em remanejar e conservar as populações e o habitat do Mico-Leão-Preto (Leontopithecus chrysopygus) que estava extinto [24] até 1970,[25] e também aborda ações de educação ambiental para a população local, para que possam auxiliar na conservação desta espécie.[26]
Com risco de extinção do Mico-Leão-da-Cara-Preta (Leontopithecus caissara), apenas com 400 indivíduos na Natureza, as pesquisas sobre esta espécie aumentaram e o IPÊ com parcerias com as reservas e Institutos locais, começou com um programa de conservação. Houve um fórum, chamado Econegociação, onde aconteceram discussões de metas e objetivos para a região.[27] Todos estes anseios vão sendo cobertos com educação ambiental e desenvolvimento sustentável e também houve estudos sobre a população local.[28]
Projeto pesquisa, com início em 2010, atua em prol da preservação da espécie Tatu Canastra (Priodontes maximus),[29] e ganhou o prêmio Internacional Whitley Fund for Nature, por demonstrar tamanha importância na biodiversidade.[30]
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a anta (Tapirus terrestris) está ameaçada de extinção.[31] Em uma ação dupla, o IPÊ, tenta reverter a imagem negativa que esse animal possuí e também coletar mais informações sobre a anta para preservá-la,[32] em um projeto chamado INCAB (Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira),[33] realizado no Pantanal e no Cerrado.
Iniciado em 2012, com o objetivo de desenvolver cadeias produtivas sustentáveis para os moradores da região, gerando maior renda, melhorando a qualidade de vida e diminuindo os impactos dos recursos naturais.[34] Foi realizada a criação de um blog para informar todos sobre a região.[35]
O projeto tenta demonstrar a importância da preservação do mamífero peixe boi (Trichehcus inunguis), ameaçado de extinção.[36] Iniciado em 2003, reúne um conjunto de ações para que os moradores auxiliem na coleta de informações, ocorre também a identificação do habitat e possíveis ameaças à espécie.[37]
Há a realização de palestras e também procura a ajuda de moradores, para que estes possam se envolver nos projetos.[38] Ocorrem em diversas áreas que necessitam de atenção, fortalecendo o monitoramento e o envolvimento da população, em prol da biodiversidade.[39]
Em parceria com o ICMBio, foi realizada uma pesquisa com os gestores das Unidades de Conservação para trocarem ideias inovadoras, apesar da dificuldade encontrada frequentemente na realização de projetos.[40] Foi lançada uma plataforma online e uma revista para registro destas ações junto com suas consequências e dificuldades.[41]
Suzana Pádua [81] e um dos pesquisadores, Laury Cullen Jr.,[82] foram reconhecidos pela Ashoka como empreendedores sociais.
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