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As Joias da Coroa do Império do Brasil foram os adereços e regalias oficiais de uso do Imperador do Brasil durante o período imperial brasileiro. Eram utilizadas nas cerimônias de Aclamação, Sagração e Coroação dos imperadores do Brasil, e também nas sessões solenes de abertura e fechamento da Assembleia Geral (atual Congresso Nacional).
Fazem parte das regalias: a Coroa de Pedro I, a Coroa de Pedro II, o Cetro Imperial, a Mão da Justiça, os Trajes Majestáticos, a Espada do Ipiranga, o Orbe, a Pena da Abolição e as Ordens Honoríficas do Império, todos conservados em território brasileiro.
Utilizadas pela Família imperial brasileira até 1889, as Joias da Coroa é um dos trabalhos de joalheria mais importantes da América Latina. Parte das joias se encontram expostas no Museu Nacional no Rio de Janeiro e outras no Museu Imperial de Petrópolis desde 1943.[1] Já a Espada do Ipiranga se encontra exposta no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.[2] Algumas outras jóias também se encontram em Brasília.
Atualmente as Jóias (e também os museus) são pertencentes a União, que é sucessora (como pessoa jurídica) da Coroa do Império do Brasil (entendida como uma pessoa jurídica).[3]
Feita em 1822 para a coroação do primeiro imperador do Brasil, D. Pedro I, pelo ourives Manuel Inácio de Loiola, a coroa de D. Pedro I é quase o inverso da coroa real de Portugal.[4] A estrutura de ouro maciço foi adornada com 639 diamantes e decorada com vários elementos vegetais e brasões imperiais gravados. O seu topo é decorado com uma esfera armilar encimada por uma cruz patada. Esvaziado de suas joias na época da criação da coroa de D. Pedro II em 1841, seu último uso remonta à repatriação dos restos mortais do imperador D. Pedro I em 1972.
Após a proclamação da República, ela ficou desaparecida, até ser encontrada por um funcionário da Casa da Moeda, em 1943. Atualmente, está em exposição como parte acervo do Museu Imperial, em Petrópolis.
A Coroa de Pedro II foi confeccionada em 1841 pelo joalheiro Carlos Martin, a coroa de D. Pedro II é composta em ouro 18 quilates com os diamantes da antiga Coroa Imperial e com as pérolas de um colar da Imperatriz Leopoldina. Ao todo são 639 diamantes e 77 pérolas de oito milímetros cada uma, em uma estrutura que pesa um quilo e novecentos gramas, com diâmetro de 205 milímetros e altura de 31 centímetros.
A Coroa é composta por oito semiarcos que se encontram ao topo em um orbe, o “globus cruciger”, encimado por uma Cruz de Cristo; ela é forrada internamente por veludo verde escuro, mesma cor do Manto Imperial.[5]
A Coroa Imperial, símbolo do poder e legitimidade do monarca, assim como do próprio Estado, é a uma das joias mais importantes já feita nas Américas. Era utilizada apenas durante a cerimônia de Coroação e na Abertura e Fechamento dos trabalhos na Assembleia Geral, na cerimônia chamada de “Fala do Trono”.
A Coroa foi apresentada pela primeira vez ao público em 8 de julho de 1841, apenas dez dias antes da cerimônia de Coroação e desde a proclamação da república até a inauguração do Museu Imperial em Petrópolis, em 1943, foi mantida guardada nos cofres do Tesouro Nacional, junto com as outras Joias da Coroa.[6]
Confeccionado pelo ourives fluminense Manuel Inácio de Loiola, o mesmo que confeccionou a primeira Coroa Imperial para a cerimônia de Coroação de D. Pedro I em 1822. O Cetro Imperial era entregue ao soberano por último durante a cerimônia, após a entrega da Mão da Justiça. A peça foi confeccionada inteiramente em ouro com decoração de grinalda de folhas, frutos de carvalho e um molho de folhagens. A haste é em latão, chapeada a ouro. Medindo dois metros e meio, sobre o topo, há uma serpe,um dragão alado de duas patas representando as armas Casa de Bragança, com asas espalmadas, a cauda revirada para cima, boca aberta, língua móvel e farpada e olhos com brilhantes incrustados que foram afixados na época da coroação de d. Pedro II.
Utilizado juntamente com a Coroa Imperial e o Cetro Imperial durante cerimônias da Coroação e das solenes da abertura e fechamento da Assembleia Geral, quando Imperador proferia a “Fala do Trono”, o Manto Imperial foi confeccionado para a Coroação de Dom Pedro I em 1822.
Atualmente o Manto Imperial com as vestes de D. Pedro II, que haviam pertencido ao seu avô, o Imperador Francisco I da Áustria, encontra-se no Museu Imperial em Petrópolis.
A Murça era feita de penas, primeiramente de galo-da-serra, sendo refeita durante o Segundo Reinado por penas de papo de Tucano, ambas amarelas. A confecção da primeira murça é atribuída a um comerciante que a encomendou aos índios Tirió e com ela presenteou o Imperador.
Chapéu de veludo branco com bordados dourados. Aba frontal elevada, copa redonda com rosácea formada por bolotas e folhas de carvalho intercaladas num círculo formado por ramos e folhas de carvalho na parte central superior; faixa circundando a junção entre a copa e a aba com bordados a ouro formando ramos de carvalho.
Uma tradição medieval da monarquia francesa retomada no século XIX por Napoleão Bonaparte, a Mão da Justiça foi também incorporada ao rito do Império do Brasil, tornando-se uma das insígnias da monarquia brasileira durante a coroação do Soberano.
A escultura original em gesso, que traz o sinete com as Armas do Império no dedo anular, foi moldada pelo escultor Marc Ferrez, no dia 7 de março de 1841, a partir da mão direita do próprio Imperador menino, Dom Pedro II.
Segundo o ritual brasileiro da Coroação, depois de ungido e coberto pelo manto imperial, o imperador voltaria ao Trono de onde ouviria uma celebração religiosa, na época uma missa da Igreja Católica, já que o cristianismo católico era a religião oficial do país (que somente se tornou um país laico em 1891). Atualmente em posses de autoridades do poder judiciário,[7] prefeitos,[8] governadores,[9] e na de pelo menos um presidente da república,[10] estes preferiram a realização de cultos ecumênicos. Após a celebração religiosa o imperador receberia do celebrante (nas coroações de Pedro I e Pedro II um Bispo da Igreja Católica) a Espada do Ipiranga, o Cetro Imperial, a Coroa, o Orbe e a Mão da Justiça.
Por ocasião da maioridade de Pedro II, foram feitas algumas esculturas em bronze-dourado.
A Caneta Abolicionista é a caneta com a qual a Princesa Imperial Isabel assinou a Lei Áurea em 1888, acabando com a legalidade da escravidão no Brasil. Financiado pela população quando se sabia que o projeto seria aprovado pela Assembleia Geral, é inteiramente feito de ouro 18 quilates e decorado com 27 diamantes e 25 rubis.[11]
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