Líbano
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Líbano (em árabe: لبنان; romaniz.: Lubnān, pronúncia em árabe libanês: [lɪbˈneːn]; em francês: Liban, pronunciado: [libɑ̃]; em aramaico: ܠܒܢܢ), oficialmente República do Líbano[nota 1] (em árabe: اَلْجُمْهُورِيَّة اَللُّبْنَانِيَّة Al-Jumhūrīyah Al-Loubnānīyah, pronunciado: [elˈʒʊmhuːɾɪjje l.ˈlɪbneːnɪjje]) é um país localizado na extremidade leste do mar Mediterrâneo, na Ásia Ocidental, numa região que faz ligação entre esse continente e a Europa. Faz fronteira com a Síria ao norte e a leste e com Israel ao sul e a oeste.[3] No cruzamento da bacia do Mediterrâneo, o Líbano é uma das regiões de antigas civilizações, como fenícios, assírios, persas, gregos, romanos, bizantinos e turcos otomanos, sendo que sua rica história formou a identidade cultural única em diversidade étnica e religiosa do país.[8]
República do Líbano الجمهورية اللبنانية Al-Jumhūrīyyah al-Lubnānīyyah | |
Hino nacional: النشيد الوطني اللبناني (Koullouna Lilouataan Lil Oula Lil Alam - "Todos pela Pátria, a Glória, a Bandeira") | |
Gentílico: libanês(a) | |
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Capital | Beirute |
Cidade mais populosa | Beirute |
Língua oficial | Árabe[1] |
Governo | República parlamentarista unitária[2] |
• Presidente | Najib Mikati (interino) |
• Primeiro-ministro | Najib Mikati |
• Presidente do Parlamento | Nabih Berri |
Independência | da França |
• Declarada | 26 de novembro de 1941 |
• Reconhecida | 22 de novembro de 1943 |
Área | |
• Total | 10 400 km² (161.º) |
• Água (%) | 1,6 |
Fronteira | Síria (N e E) e Israel (S)[3] |
População | |
• Estimativa para 2018 | 6 859 408[4] hab. (109.º) |
• Densidade | 560 hab./km² (21.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2019 |
• Total | US$ 91 bilhões*[5] (66.º) |
• Per capita | US$ 15 049[5] (67.º) |
PIB (nominal) | Estimativa de 2019 |
• Total | US$ 58 bilhões*[5] (82.º) |
• Per capita | US$ 9 655[5] (67.º) |
IDH (2019) | 0,744 (92.º) – alto[6] |
Moeda | Libra libanesa (LBP ) |
Fuso horário | (UTC+2) |
• Verão (DST) | (UTC+3) |
Cód. ISO | LBN |
Cód. Internet | .lb |
Cód. telef. | +961 |
Website governamental | http://www.dawlati.gov.lb/ |
1 O idioma oficial é o árabe, e o francês é utilizado na justiça, em casos especiais, conforme ao artigo 11.º da constituição. Ao lado do francês o inglês é amplamente difundido entre a população. Também há comunidades menores de falantes de castelhano, italiano, alemão e português (no vale do Beqaa), entre outros.[7] |
Os primeiros indícios de civilização no Líbano remontam há mais de 7 000 anos de história registrada.[9] O Líbano foi o local de origem dos fenícios, uma cultura marítima que floresceu durante quase 2 500 anos (3 000−539 a.C.). Após o colapso do Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial, as cinco províncias que compõem o Líbano moderno ficaram sob mandato da França. O Líbano estabeleceu um sistema político único em 1942, conhecido como confessionalismo, um mecanismo de partilha de poder com base em comunidades religiosas.[10] Foi criado quando os franceses expandiram as fronteiras do monte Líbano, que era maioritariamente habitado por católicos maronitas e drusos, para incluir mais muçulmanos. O país ganhou a independência em 1943, e as tropas francesas se retiraram em 1946.
Antes da Guerra Civil Libanesa (1975-1990), o país vivia um período de relativa calma e prosperidade, impulsionada pelo turismo, agricultura e serviços bancários.[11] Por causa de seu poder financeiro e diversidade, o Líbano era conhecido em seu auge como o "Suíça do Oriente".[12] O país atraiu um grande número de turistas,[13] tal que a capital Beirute era referida como "Paris do Oriente Médio". No final da guerra, houve grandes esforços para reanimar a economia e reconstruir a infraestrutura do país.[14]
Até julho de 2006, o Líbano desfrutou de uma estabilidade considerável, a reconstrução de Beirute estava praticamente concluída[15] e um número crescente de turistas se hospedavam nos resorts do país.[13] Em seguida, a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah causou a morte de civis e significativos danos na infraestrutura civil do Líbano. O conflito durou de 12 de julho daquele ano até um cessar-fogo patrocinado pela ONU em 14 de agosto.[16]
No dia 4 de agosto de 2020, Beirute foi fortemente abalada por duas fortes explosões que provocaram mais de 100 mortos e milhares de feridos. Na origem das explosões estiveram 2 750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas num depósito do porto de Beirute.[17]