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crítico, historiador de arte, professor universitário (1952-2016) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Paulo Fernando Sequeira Varela Gomes (Lisboa, 28 de outubro de 1952 — Podentes, Penela, 30 de abril de 2016) foi um crítico, escritor, historiador de arquitetura e professor universitário português.[2][1][3]
Paulo Varela Gomes | |
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Nome completo | Paulo Fernando Sequeira Varela Gomes |
Nascimento | 28 de outubro de 1952 Lisboa |
Morte | 30 de abril de 2016 (63 anos) Podentes, Penela |
Nacionalidade | português |
Cônjuge | Patrícia Vieira |
Ocupação | Crítico, escritor e professor |
Prémios | Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (2015) [1] |
Magnum opus | Hotel |
Paulo Varela Gomes nasceu em Lisboa a 28 de Outubro de 1952 e faleceu em Podentes, Penela, a 30 de Abril de 2016.
Filho de João Maria Paulo Varela Gomes e Maria Eugénia de Bilnstein Sequeira Sequeira Varela Gomes.[4] Foi casado com Maria Teresa Carvalho de Aguiar Calado de quem teve dois filhos (1977, 1979) e posteriormente com Patrícia Vieira.
Licenciou-se em História pela Universidade de Lisboa em 1978. Mestre em História de Arte pela Universidade Nova de Lisboa (1988), com uma tese sobre o pintor Vieira Portuense, orientada pelo professor José-Augusto França. Recebeu uma bolsa do Paul Mellon Center for Studies in British Art em 1986 para preparação da sua tese de mestrado e foi Visiting Fellow com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian na Universidade de Bristol em 1987.[5]
Doutorou-se em Arquitectura, área de Teoria e História, pela Universidade de Coimbra em 1999, com uma tese de dissertação intitulada Igrejas de planta centralizada em Portugal no século XVII. Arquitectura, religião e política, orientada por Rafael Moreira, e posteriormente publicada pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, FAUP, (2001).
Deu aulas no ensino secundário na segunda metade da década de 1970 e na década de 1980. Foi professor no DARQ - Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (1991-2012)[6] e professor visitante da Universidade de Ouro Preto, Brasil (1991), da Universidade de Goa, Índia (1997-98), da Universidade Pablo de Olavide, Sevilha, Espanha (2003), da Universidade de Malta, Malta (sete vezes entre 1990 e 2006) e do Departamento Autónomo da Universidade do Minho (2000-2001 e 2005-2006).[5]
Foi investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.[7] Co-coordenador com Walter Rossa do projecto de investigação Bombaim antes dos Ingleses, financiado pela FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia, entre Setembro de 2004 e Dezembro de 2007. A sua ultima aula intitulada "Do Sublime em Arquitectura" foi proferida em Dezembro de 2012, encontra-se disponível online no canal youtube da Revista NU, a revista dos alunos do DARQ.
O seu talento como comunicador ficou bem patente na série documental "O Mundo de Cá", emitida pela RTP durante os anos 90, do qual foi co-autor com Camilo Azevedo e apresentador, que se debruçava sobre a presença portuguesa no Oriente na época da Expansão.[8] Posteriormente foi ainda autor, também com Camilo de Azevedo da série documental em cinco episódios "Malta Portuguesa" emitida pela RTP.[9]
Participou em debates e programas televisivos sobre diversas temáticas, como por exemplo Lisboa em Causa, Prós e Contras, RTP (2007), Câmara Clara (emissão de 2006-06-02), e 50 anos da invasão de Goa, Damão e Diu, Câmara Clara, Episódio 40, RTP (2011) e o impacto das suas intervenções confirmavam essa sua capacidade com um discurso acutilante e provocatório, que demonstrava também nas suas crónicas.[10]
Ao longo da sua vida foi colaborador activo em diversos jornais e revistas, entre eles: no Blitz, no JL, no expresso e no jornal Público, onde escreveu uma crónica intitulada "Cartas de Cá", das quais selecionou um conjunto que foi posteriormente publicada no volume "Ouro e Cinza" (Tinta da China, 2014). Foi fundador e editor[11] da "Murphy"- Revista de História e Teoria de Arquitectura e do Urbanismo, publicada pela Imprensa da Universidade de Coimbra. Foram editados 3 volumes da revista.[12]
Delegado da Fundação Oriente na Índia, delegação de Goa entre 1996 e 1998, e novamente entre 2007 e 2009.[13][14]
Nos seus tempos de estudante foi militante da UEC – União dos Estudantes Comunistas e do PCP. [15] Em 1994, foi um dos fundadores do movimento Política XXI juntamente com Miguel Portas, Daniel Oliveira e Ivan Nunes. Como membro da Política XXI em 1998 foi um fundadores do Bloco de Esquerda, mas viria a sair do partido alguns anos depois. Com a sua saída do Bloco de Esquerda abandonou a política ativa mas nunca a intervenção no debate político e social.
Faleceu em 2016 vítima de cancro na otofaringe, que sofria desde 2012.[16] Em 2015 publicou um texto na Revista Granta, intitulado "Morrer é mais difícil do que parece" em que deu um testemunho impressionante do que era ser diagnosticado com cancro. Foi condecorado, a título póstumo, com medalha de mérito cultural, no ano de 2017 em Goa, pelo Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa, que se encontrava em visita oficial à Índia.[17]
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