Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto

Bloco de Esquerda

partido político de esquerda em Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Bloco de Esquerda
Remove ads

O Bloco de Esquerda (B.E.) é um partido político de esquerda socialista, em Portugal, de cariz ecologista e anticapitalista. Fundado em 1999, tem centrado a sua atividade na promoção de serviços públicos de qualidade, dos direitos laborais e no combate às desigualdades, assim como nas causas feminista, LGBTIA+, antirracista e ambiental.[8][9]

Factos rápidos Sigla, Coordenadora da Comissão Política ...
Remove ads

Valores

Resumir
Perspectiva
Thumb
Arruada do Bloco de Esquerda, na Rua Santa Catarina, no Porto, durante a campanha das eleições legislativas em 2019.

Socialismo

O Bloco define-se como um partido anticapitalista que propõe um projeto socialista sendo crítico das experiências da ex-URSS, Coreia do Norte, China, etc.[10] Na esteira de uma esquerda radical e heterodoxa, defende o socialismo como um projeto de democracia radical para as maiorias populares, assente no controlo democrático da produção e na distribuição da riqueza em função das necessidades da população, e reconhecendo os direitos fundamentais de opinião, como de organização partidária e sindical.[9]

Centralidade da classe trabalhadora

A contradição entre trabalho e capital é central na visão de mundo que o Bloco de Esquerda sustenta, pelo que o partido defende a organização laboral dos setores mais precarizados na sua ação política, propondo-se a promover o direito da sindicalização e a renovação da experiência de auto-organização da classe trabalhadora.[10]

Anti-imperialismo

No seu percurso político, o Bloco de Esquerda tomou posições públicas pela independência de Timor, contra a guerra no Iraque e no Afeganistão[11], em solidariedade com a Palestina[12], em oposição à invasão russa da Ucrânia[13], além da proposta consistente de saída de Portugal da NATO.[14] O partido tem defendido o direito à autodeterminação dos povos, do Sahara Ocidental ao reconhecimento do estado da Palestina. Na resolução aprovada na sua XIII Convenção, o Bloco de Esquerda refere que o «imperialismo dos EUA continua sendo o mais perigoso», ao mesmo tempo que denuncia a «natureza imperialista da Rússia» e da República Popular da China.[15][16]

Feminismo

As propostas referentes aos direitos das mulheres foram recorrentes no percurso do Bloco, desde a definição da violência doméstica como crime público, a defesa da despenalização do aborto e a correspondente proposta de referendo, à paridade de género e à igualdade salarial.[11] Segundo o Dicionário de História Partidária – Bloco de Esquerda, «O desejo de tranformação feminista é parte do código genético do Bloco, um partido que desde o seu início afirmou a radicalidade da exigência pela igualdade e do respeito pela diferença, recusando uniformismos, estereótipos, a violências preconceitos e hierarquias.»

Antirracismo

Desde a sua fundação que o Bloco de Esquerda procura introduzir no debate público e no seu programa políticas de promoção de igualdade e de combate ao racismo.[17] Exemplo disso foi o seu Programa Eleitoral para as eleições legislativas de Março de 2024, em que se indica «Persistem na sociedade e nas instituições preocupantes manifestações de um racismo estrutural enraizado que priva as pessoas afrodescendentes, ciganas e de outras comunidades racializadas dos seus direitos fundamentais» que o partido se propõe a continuar a combater.[18] Simultâneamente, a representatividade de pessoas migrantes e afrodescendentes tem sido uma preocupação assumida pelo partido.[19][20]

Direitos LGBTQI+

Já na fundação, em 1999, o Bloco assinalava como uma das suas causas centrais a luta contra a «discriminação por preferência sexual»[21] e muitas das pessoas que participaram na fundação e no crescimento do partido eram rostos do movimento LGBT.[22] A inscrição da não discriminação de pessoas do mesmo sexo, o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo e do direito a adoção, as medidas contra a discriminação das pessoas trans, entre outras leis aprovadas ao longo do século XXI foram propostas ou tiveram o apoio ativo do Bloco de Esquerda.[23]

Ecossocialismo

A defesa de uma perspetiva de transformação social e ecológica de bases socialistas consolidou-se como parte do programa e percurso do Bloco de Esquerda.[24][25] O partido prioriza as causas ambientais, relacionando-as com as sociais e a perspetiva de uma superação do atual modelo económico e social.[9]

Remove ads

História

Resumir
Perspectiva
Thumb
Francisco Louçã, Miguel Portas e Luís Fazenda durante a campanha para as eleições europeias de 2004.

Origens

O partido foi fundado em 1999 e resulta da unificação de partidos já existentes: a União Democrática Popular (marxista), o Partido Socialista Revolucionário (trotskista mandelista) e a Política XXI (socialista democrática), junto com militantes independentes com origens em diversos setores da esquerda portuguesa.

Entretanto, os partidos constituintes entraram num processo de auto-extinção. A Política XXI tornou-se uma associação de Acórdão 199/2008", do Tribunal Constitucional, publicado em Diário da República, 2ª Série – Nº 82 – 28 de Abril de 2008reflexão política que se exprime numa das revistas da área do Bloco, a Manifesto.[26] A dissolução oficial da Política XXI enquanto partido é concluída a 2 de Abril de 2008.[27] O PSR também se extinguiu,[28] transformando-se igualmente numa associação que se exprime numa revista, a Combate.[29] A UDP passou de partido a associação política, no início de 2005.[30] Edita igualmente uma revista, A Comuna.[31]

O Bloco de Esquerda tem como manifesto fundador o documento «Começar de Novo»[21] que aponta à «superação dos sectarismos» para fundar um «partido-movimento» centrado tanto nas lutas sociais e do mundo do trabalho, «contra o capital financeiro»,[32] como em causas como a defesa dos imigrantes indocumentados ou o combate às várias discriminações baseadas no sexo, origem étnica, orientação sexual e de género.[22]

Desde o início, o Bloco dá continuidade ao espaço da esquerda combativa vindo da Revolução de Abril e dos novos movimentos sociais que despontaram no fim do século XX.[32] O movimento pela «alterglobalização»[10] e a causa da paz, primeiro contra a guerra na Jugoslávia e, depois, no Afeganistão e Iraque, as mobilizações cidadãs de apoio a Timor-Leste e a luta estudantil contra as propinas foram parte do caldo de cultura de onde surgiu o Bloco de Esquerda.[10] Em particular, o primeiro referendo pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez de 1998, em que a esquerda não obteve o resultado que pretendia, marcou o espaço político que veio a ser ocupado pelo partido, que foi parte do movimento social que levou à vitória no segundo referendo e à consagração na lei desse direito das mulheres.[33]

O Bloco de Esquerda também se propôs a funcionar segundo um regime interno democrático, garantindo o direito a tendência, a diversidade de opiniões e aplicando a paridade de género nos organismos internos ou a rotatividade dos representantes eleitos.[34][35][9]

Primeiros Passos

As primeiras eleições em que o Bloco de Esquerda participou foi nas Europeias de 1999, tendo como cabeça de lista Miguel Portas. Obteve 61 920 votos (1,79% dos votos), não conseguindo eleger nenhum deputado. Em outubro do mesmo ano, concorre às eleições legislativas portuguesas de 1999, obtendo 131 840 votos, 2,46% e 2 deputados eleitos pelo círculo de Lisboa.[36]

Thumb
Francisco Louçã e Luís Fazenda, os primeiros deputados eleitos pelo Bloco de Esquerda nas eleições legislativas de 1999

Na sessão de tomada de posse da Assembleia da República, a 25 de outubro de 1999, os dois deputados do Bloco de Esquerda destacaram-se por terem permanecido de pé, recusando os lugares que lhes foram atribuídos nas filas secundárias.[37] Nessa legislatura, no ano 2000, a lei que consagra a Violência Doméstica como crime público, uma das primeiras propostas legislativas do Bloco de Esquerda, é aprovada e publicada em Diário da República.[38]

Em 2001, Fernando Rosas, dirigente e fundador do Bloco de Esquerda, é o primeiro candidato à Presidência da República apoiado pelo partido.[39] Obtém 128 927 votos, correspondentes a 2,98%.[40]

Nas eleições autárquicas portuguesas de 2001, consegue a conquista de uma Câmara, a de Salvaterra de Magos e 6 vereadores.[41][42]

Nas eleições legislativas portuguesas de 2002, obteve 149 543 votos, 2,75% e 3 deputados, dois por Lisboa e um pelo Porto.[43]

Na iminência da invasão do Iraque por uma coligação dirigida pelos EUA, o Bloco de Esquerda empenha-se na organização das grandes manifestações contra a guerra, a maior delas a 15 de fevereiro de 2003.[44] A 1 de março, Francisco Louçã representa o Bloco de Esquerda num comício na Aula Magna, em Lisboa, que junta vários setores políticos contra a Guerra, incluindo oradores como Mário Soares, Odete Santos, Maria de Lourdes Pintassilgo ou Diogo Freitas do Amaral.[45]

O Bloco elegeu o seu primeiro deputado europeu, Miguel Portas, nas eleições de 2004, obtendo 167 313 votos e 4,91% do total.[46][47]

A 17 de outubro de 2004, o Bloco de Esquerda elegeu Paulo Martins como deputado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, conseguindo 3,66% do total e 5035 votos, na sua primeira candidatura a este órgão.[48]

Thumb
Francisco Louçã e Fernando Rosas durante a campanha para as eleições autárquicas de 2005

Nas eleições legislativas de 20 de fevereiro de 2005, teve oito deputados eleitos. Nas autárquicas do mesmo ano, foi eleita a candidata independente apoiada pelo Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. Na sua IV Convenção Nacional, o Bloco de Esquerda oficializou Francisco Louçã como porta-voz da Comissão Política.[32]

Já em 2005, foi aprovado pela convenção um conjunto de estatutos, que incluem um código de conduta e prevêem um quadro disciplinar, que anteriormente não existia.

Em janeiro de 2006, nas eleições presidenciais, Francisco Louçã obtém 5,3%, um total de 288 756 votos.[49]

Um partido consolidado

Em fevereiro de 2007, dá-se o segundo referendo pela despenalização da IVG. No ano anterior, os deputados do Bloco de Esquerda haviam votado favoravelmente à realização deste referendo.[50] O Sim à despenalização ganha por uma importante margem, 59,25% contra 40,75% do Não. O Bloco de Esquerda integrou ativamente as várias plataformas unitárias que fizeram campanha pelo Sim.[51]

Em 2007, na V convenção, foram apresentadas três moções de orientação política e uma quarta moção crítica apenas em relação ao funcionamento interno do Bloco. Na eleição, por voto secreto, da mesa nacional, a lista encabeçada por Francisco Louçã e que incluía as sensibilidades do PSR, da UDP e da PXXI obtém 77,5% dos eleitos, a lista B, encabeçada por Teodósio Alcobia, 5%, a lista C, encabeçada por João Delgado e integrando sindicalistas e membros da Ruptura/FER, 15%, e a lista D, encabeçada por Paulo Silva, 2,5%. Nesta convenção foi reafirmada uma orientação de oposição ao Governo de José Sócrates, do PS, ao mesmo tempo que foi destacada uma reafirmação programática ecologista.[52] Nesse momento, o partido aprofundou um perfil político e programático que combinava a afirmação de uma proposta socialista e anticapitalista com a resposta ambiental e ecológica de transformação social.[9]

Ainda no mesmo ano, em eleições intercalares, o Bloco elege um vereador à Câmara Municipal de Lisboa, o independente José Sá Fernandes, que encabeçou um movimento cidadão alargado em que o Bloco de Esquerda era a única força partidária.[53]

Em fevereiro de 2009, dá-se a VI Convenção em que é aprovada a política de construção de uma «Esquerda Grande», apresentada como uma «esquerda grande a partir de baixo» contra um «Governo Sócrates clamorosamente falhado».[10]

Nas eleições europeias de 2009, Miguel Portas, Marisa Matias e Rui Tavares foram eleitos para o Parlamento Europeu pelo bloco. Tavares viria a romper com o bloco em 2011, juntando-se ao Grupo Europeu dos Verdes.[54]

Nas eleições legislativas de 27 de setembro de 2009, o Bloco de Esquerda viu o seu número de deputados eleitos crescer para 16, conseguindo assim a maior votação até então e tornando-se na 4.ª força política do país.[55][56]

Em 2011, em plena campanha eleitoral das eleições legislativas de 2011, Francisco Louçã afirmou que o Bloco teve a sua maior vitória política desde a sua fundação, ao conseguir um consenso sobre a renegociação da dívida contraída durante a crise da dívida pública da Zona Euro.[57]

O resultado das eleições legislativas de 2011 contrariou o, até então, linear aumento de expressão, dado que o partido reduziu para metade a sua representação na Assembleia da República.[58][59]

A 24 de abril de 2012 morre Miguel Portas, vítima de cancro no pulmão. Miguel Portas foi fundador da Política XXI, e do Bloco de Esquerda. No momento do seu falecimento, foram prestadas homenagens vindas de um amplo espectro político para lá do Bloco de Esquerda.[60]

Novas Lideranças

Em novembro de 2012, na VIII Convenção do partido, foram eleitos João Semedo e Catarina Martins para a liderança do Bloco de Esquerda, sucedendo a Francisco Louçã.[61]

Thumb
Catarina Martins, coordenadora de 2014 até 2023.

Entre 2012 e 2014, clivagens entre os movimentos e tendências que compunham o partido dão origem a novos projectos políticos. Concretizou-se a desvinculação da Ruptura/FER,[62] e do Fórum Manifesto[63] dando origem a um partido, o Movimento Alternativa Socialista, e a uma "candidatura cidadã"[64] a Tempo de Avançar, que se associou ao partido Livre. O Bloco, após uma queda eleitoral, recuperaria o seu espaço político.[65]

Em março de 2013, Daniel Oliveira, fundador do partido por via da Política XXI, anunciou a sua demissão do Bloco de Esquerda, indicando como motivos o "sectarismo interno, que enfraqueceu o partido e o seu debate democrático" e o "sectarismo externo, que tem impedido o Bloco de ser, como sempre quis ser, um fator de convergência e reconfiguração da esquerda portuguesa".[66]

Thumb
Catarina Martins, Francisco Louçã e Fernando Rosas durante uma homenagem a João Semedo

Daniel Oliveira também apontou como motivação para o seu abandono a criação de uma corrente partidária interna dominante por João Semedo, José Manuel Pureza e Francisco Louçã, denominada Socialismo, que "cristaliza as divergências da última Convenção, exclui dos principais debates e decisões pelo menos um quarto dos militantes e cria um cordão sanitário entre 'poder' e 'oposição', afirmando uma lógica de fidelidades que só pode ser prejudicial ao Bloco".[66]

A 12 de Julho de 2014, os militantes da corrente Fórum Manifesto anunciam a sua desvinculação do Bloco de Esquerda.[67] A corrente Fórum Manifesto apontou como causa da sua desvinculação o resultado da liderança do partido, tendo anunciado "as derrotas que o BE teve nos últimos anos e que o conduziram à magra expressão eleitoral obtida nas últimas eleições europeias, não são um reflexo de fatores externos. São fruto da acumulação de erros não corrigidos, inscritos numa orientação política que divorciou crescentemente o Bloco do seu potencial eleitorado".[67]

Durante o mesmo período, ocorreram em Portugal grandes mobilizações, convocadas por movimentos sociais como a plataforma «Que se Lixe a Troika», além de greves gerais e setoriais. Nesse contexto, o Bloco apostou na mobilização social dando voz à exigência da demissão do governo PSD-CDS encabeçado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.[68]

Thumb
Cartaz do Bloco de Esquerda na manifestação «Que se Lixe a Troika! Queremos as nossas vidas» de 2 de março de 2013.

Na IX Convenção, em novembro de 2014, houve cinco moções que se apresentaram a votação. Na resolução aprovada é desenvolvida a política antes enunciada como «Esquerda Grande», sendo aprovada uma orientação que preconizava uma política de unidade das várias esquerdas de forma a construir uma alternativa ao chamado Bloco Central (PS e PSD). Adicionalmente, eram enumeradas as bases programáticas na qual se podia basear essa convergência, que incluíam o abandono da política dita de austeridade, a reestruturação das dívidas pública e externa, a nacionalização do sistema bancário e a saída de Portugal da NATO.[10]

A 30 de novembro de 2014, na sequência da IX Convenção do Bloco, é alterado o modelo de liderança e passa a vigorar uma nova Comissão Permanente composta por seis membros, com Catarina Martins como porta-voz.[32]

«Da Geringonça à oposição»

Nas eleições legislativas de 4 de outubro de 2015, o Bloco de Esquerda viu o seu número de deputados eleitos crescer para 19. Consegue assim a maior votação da sua história e torna-se a terceira força política do país, sendo o partido que mais cresceu.[69] Após negociações, o Bloco de Esquerda formaliza um acordo histórico para influenciar um governo do Partido Socialista, apoio parlamentar dado também pelo PEV e PCP. O governo liderado por António Costa toma posse a 25 de novembro de 2015. Foi a legislatura da chamada «Geringonça». O XXI Governo Constitucional, apoiado por toda a esquerda parlamentar, que viabilizou os quatro Orçamentos do Estado entre 2015 e 2019, viria a aumentar sucessivamente o salário mínimo, aumentar pensões e devolver subsídios de férias, repor feriados nacionais e ainda descongelar carreiras, ao mesmo tempo que assegurou o rigor das contas públicas.[70][71]

A 26 de junho de 2016, após a X Convenção do Bloco, Catarina Martins passou a ser a coordenadora do partido.[72]

Thumb
Marisa Matias em comício com Pablo Iglesias, no âmbito das eleições presidenciais de 2016.

Em 2016, Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda, é candidata à Presidência da República, alcançando 10% dos votos e sendo a mulher mais votada de sempre, até então, em eleições presidenciais.[73]

Nas eleições autárquicas de 2017, o Bloco de Esquerda aumentou a sua representação autárquica, aumentando o número de vereadores eleitos de 8 para 12, de deputados municipais de 100 para 125 e passou de 138 para 213 o número de eleitos em assembleias freguesias.[74]

Na sequência das eleições autárquicas de 2017, Ricardo Robles assume o cargo de vereador da Câmara Municipal de Lisboa. Em 2018, Ricardo Robles demite-se da vereação na sequência da polémica em torno dos seus investimentos imobiliários em Lisboa em edifícios destinados a alojamento local.[75]

No mesmo período, começam a ganhar espaço movimentos sociais como as «Greves Feministas» e as «Greves climáticas estudantis», assim como lutas laborais na educação, na saúde ou entre os trabalhadores do estado com vínculo precário.[76] A XI Convenção, realizada em novembro de 2018, assinalava a importância das lutas sociais em setores como a educação e a saúde, os movimentos sociais ambientalistas e também greves em empresas estratégicas como a Autoeuropa ou a PT/Altice.[77] Na moção aprovada, afirmava-se a pretensão de envolver a militância bloquista nesses processos de contestação social.

Nas eleições europeias de 2019, o Bloco de Esquerda consolidou a posiçao de terceiro partido do país ao conseguir eleger José Gusmão como segundo eurodeputado, juntamente com a primeira candidata Marisa Matias.[78] Nas eleições legislativas de 2019, o partido manteve-se como a terceira força eleitoral, com os mesmos 19 deputados na Assembleia da República.[79]

Na sequência destes resultados, tendo o Partido Socialista obtido uma maioria relativa na Assembleia da República, Catarina Martins desafia o primeiro-ministro António Costa a assinar um acordo escrito assente em alterações à lei laboral e no reforço do Serviço Nacional de Saúde de forma a garantir o apoio ao Governo por parte do Bloco.[80] Tendo sido recusada a proposta, o Bloco de Esquerda viabilizou o Orçamento de Estado para 2020, mas votou contra os dois orçamentos seguintes por não ter sido alcançado um acordo que protegesse o SNS e alterasse as leis laborais do tempo da troika. Em novembro de 2021, com o voto contra dos eleitos da CDU a somar-se aos do Bloco, o Orçamento foi chumbado. Perante esse voto de rejeição e a demissão do Governo, o Presidente da República decidiu antecipar as eleições para janeiro de 2022.[81]

Nas eleições presidenciais de 2021, Marisa Matias volta a candidatar-se com o apoio do Bloco, ficando desta feita pelos 164 741 votos, 3,95% do total.[82]

Nas eleições legislativas de 2022, o Bloco obteve 4,4% dos votos e desceu de 19 para 5 deputados à Assembleia da República, passando ao estatuto de sexta força política.[83][84] A 30 de abril de 2022, realiza-se a III Conferência do partido uma orientação resumida como «da geringonça à oposição, sem arrependimentos».[85] Em fevereiro de 2023, tem lugar o 1º Fórum LGBTQI+ sob o mote «Orgulho contra o conservadorismo»,[86] dando corpo à presença de ativistas do Bloco nas marchas pelo orgulho em todo o país. Em julho do mesmo ano, organiza-se o acampamento «Liberdade», retomando esta iniciativa de jovens do Bloco interrompida nos anos anteriores devido à pandemia e aos incêndios florestais.[87]

Em maio de 2023, sob o mote «Levar o país a sério», realiza-se a XIII Convenção, centrada na oposição à maioria absoluta do PS e em que Mariana Mortágua é apontada como nova coordenadora.[88] A resolução aprovada vai no mesmo sentido, afirmando que o Bloco de Esquerda se centraria na oposição ao Governo de António Costa, acentuando a luta contra a desigualdade e o desígnio ecossocialista.[89]

Já em setembro do mesmo ano, nas eleições legislativas regionais da Madeira, o Bloco regressa ao parlamento regional, após não ter eleito nenhum representante em 2019, subindo a sua votação e percentagem para 3036 e 2,24%, respectivamente.[90]

Já no início de 2024, houve eleições antecipadas para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores, realizadas a 4 de fevereiro. O Bloco de Esquerda manteve-se como quarta força no arquipélago, com 2,54% da votação e passando de dois para apenas um deputado.[91]

Novo ciclo

Em novembro do mesmo ano, quando o primeiro-ministro António Costa se demite na sequência das buscas policiais no Palácio de S.Bento, no âmbito da Operação Influencer, o Bloco é o primeiro partido de esquerda a exigir a realização de eleições antecipadas.[92]

Após, a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições para 10 março e na sequência da eleição de um novo secretário-geral do PS, Mariana Mortágua declara a disponibilidade do partido para fazer parte de uma solução maioritária pós-eleitoral que mantenha a direita em minoria na Assembleia da República.[93] O Bloco apresenta a habitação, os salários, os serviços públicos, os cuidados e o clima como aspectos programáticos centrais para a constituição dessa maioria.[93]

A 10 de março, ocorrem as eleições e o Bloco aumenta a sua votação e mantém o mesmo número de deputados de 2022.[94]

Do programa do Bloco de Esquerda, apresentado e levado a votos nas eleições de março de 2024,[95] fazem parte as seguintes medidas:

  • Habitação: imposição de tetos para as rendas; limitação dos juros bancários; proibir a venda de casas a estrangeiros não residentes;[96]
  • Trabalho e salários: Aumento do salário mínimo e médio; introdução de leques salariais que diminuam a desigualdade entre salários; fim da caducidade da contratação coletiva; reconhecimento dos direitos laborais do trabalho em plataformas; fim do outsourcing abusivo;[97][98]
  • Serviços públicos: autonomia dos Centros de Saúde e Hospitais para contratar profissionais; criação de uma rede nacional de creches públicas; devolução do tempo de serviço dos professores; contratação de 20 mil pessoas para a função pública para responder às necessidades;[99][100][101]
  • Justiça Fiscal: proibição de transferências para offshores; fim dos benefícios fiscais injustificados; simplificação das regras fiscais sobre o trabalho e o consumo de bens essenciais.[102]

O partido elegeu cinco deputados nestas eleições, pelos

Nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio de 2025, o Bloco de Esquerda apenas conseguiu eleger Mariana Mortágua (pelo distrito de Lisboa), naquilo que a mesma designou como uma "grande derrota" para o partido e que foi o pior resultado do Bloco de Esquerda em mais de duas décadas[103].

Remove ads

Deputados

Thumb
Arruada do Bloco de Esquerda em Setúbal durante a campanha para as eleições legislativas de 2019

Assembleia da República[104]

XVII Legislatura (2025 – presente)

Mais informação Círculo, Deputado ...

XVI Legislatura (2024 – 2025)

Mais informação Círculo, Deputado ...

XV Legislatura (2022 – 2024)

Mais informação Círculo, Deputado ...

XIV Legislatura (2019 – 2022)

XIII Legislatura (2015 – 2019)

XII Legislatura (2011 – 2015)

Mais informação Círculo, Deputado ...

XI Legislatura (2009 – 2011)

X Legislatura (2005 – 2009)

IX Legislatura (2002 – 2005)

VIII Legislatura (1999 – 2002)

Parlamento Europeu

X Legislatura (2024-Presente)

IX Legislatura (2019–2024)

VIII Legislatura (2014–2019)

VII Legislatura (2009–2014)

VI Legislatura (2004–2009)

Remove ads

Resultados eleitorais

Resumir
Perspectiva
Thumb
Arruada do Bloco de Esquerda em Lisboa com Catarina Martins e Mariana Mortágua durante a campanha para as eleições legislativas de 2022

Eleições legislativas

Mais informação Data, Líder ...
Resultados por círculo eleitoral

Açores

Mais informação Data, CI. ...

Aveiro

Mais informação Data, CI. ...

Beja

Mais informação Data, CI. ...

Braga

Mais informação Data, CI. ...

Bragança

Mais informação Data, CI. ...

Castelo Branco

Mais informação Data, CI. ...

Coimbra

Mais informação Data, CI. ...

Évora

Mais informação Data, CI. ...

Faro

Mais informação Data, CI. ...

Guarda

Mais informação Data, CI. ...

Leiria

Mais informação Data, CI. ...

Lisboa

Mais informação Data, CI. ...

Madeira

Mais informação Data, CI. ...

Portalegre

Mais informação Data, CI. ...

Porto

Mais informação Data, CI. ...

Santarém

Mais informação Data, CI. ...

Setúbal

Mais informação Data, CI. ...

Viana do Castelo

Mais informação Data, CI. ...

Vila Real

Mais informação Data, CI. ...

Viseu

Mais informação Data, CI. ...

Europa

Mais informação Data, CI. ...

Fora da Europa

Mais informação Data, CI. ...


Eleições europeias

Mais informação Data, Cabeça de Lista ...
Thumb
Comício da campanha de Marisa Matias durante as eleições presidenciais de 2021

Eleições presidenciais

Mais informação Data, Candidato apoiado ...

Eleições autárquicas

Câmaras Municipais

Mais informação Data, CI. ...
Câmaras Municipais com representação do Bloco de Esquerda
Mais informação Municípios ...

Eleições regionais

Região Autónoma dos Açores

Mais informação Data, Líder ...

Região Autónoma da Madeira

Mais informação Data, Líder ...
Remove ads

Coordenadoria

Resumir
Perspectiva

O coordenador nacional do Bloco de Esquerda é a figura política mais importante do Bloco de Esquerda. O cargo é atualmente ocupado por Mariana Mortágua desde 2023.

Funções

O/a coordenador/a nacional do Bloco de Esquerda é, ex-officio, membro da Comissão Política e do Secretariado Nacional.[156]

De acordo com a Lei das precedências do Protocolo do Estado Português, o/a Coordenador/a Nacional do Bloco de Esquerda, tal como os líderes de outros partidos com assento parlamentar, é o 16º ordem de precedência no Protocolo de Estado Português.[157]

Coordenadores nacionais

Mais informação #, Coordenador/a (Nascimento-Morte) ...

Lista de ex-coordenadores nacionais vivos

Mais informação Nome, Mandato(s) ...
Remove ads

Presidentes do Grupo Parlamentar

Mais informação Legislatura, Data da eleição ...
Remove ads

Referências

  1. Nordsieck, Wolfram (2015). «Portugal». Parties and Elections in Europe. Consultado em 15 de agosto de 2018
  2. Tasker, Andrew (11 de fevereiro de 2015). «Where is Portugal's Radical Left?». Global Politics. Consultado em 11 de março de 2024
  3. «Bloco de Esquerda comemora décimo aniversário». Público (jornal). 28 de fevereiro de 2009. Consultado em 21 de maio de 2010
  4. «Acórdão Nº 196/99». TC - Tribunal Constitucional de Portugal. 24 de Março de 1999. Consultado em 11 de Outubro de 2009
  5. Abrantes, Rubén Martins (11 de março de 2022). «O admirável milénio novo – o nascimento da nova esquerda em Portugal [Dissertação de Mestrado]». Repositório Universidade Nova. Consultado em 14 de abril de 2024
  6. Lopes, João Teixeira; Soeiro, José (2015). Dicionário de História Partidária – Bloco de Esquerda. [S.l.]: Figueirinhas
  7. Sapage, Sónia; Lopes, Maria João; Barreiros, Miguel Cabrale Maria Paula (28 de fevereiro de 2019). «Os dias e as fotografias que marcaram as lutas do Bloco». PÚBLICO. Consultado em 14 de abril de 2024
  8. Begonha, Ana Bacelar (27 de outubro de 2023). «Bloco pede "acção concreta e desafio o Governo a reconhecer Estado da Palestina». Público. Consultado em 12 de março de 2024
  9. «Consenso quase total no apoio a Kiev marca debate no Parlamento». TSF Rádio Notícias. Consultado em 14 de abril de 2024
  10. «BE pede ao Governo defesa da autodeterminação no Saara Ocidental tal como fez na Ucrânia». Expresso. 1 de setembro de 2022. Consultado em 14 de abril de 2024
  11. Lisi, Marco; do Espírito Santo, Paula (2017). «Militantes e Ativismo nos Partidos Políticos. Portugal em Perspetiva Comparada». Imprensa de Ciências Sociais. Consultado em 14 de abril de 2024
  12. «Programa eleitoral Legislativas 2024». Programa Eleitoral do Bloco de Esquerda 2024-2028. Consultado em 14 de abril de 2024
  13. Henriques, Joana Gorjão (14 de setembro de 2022). «Bloco de Esquerda quer saber quando é que Governo concretiza Observatório do Racismo». PÚBLICO. Consultado em 14 de abril de 2024
  14. VVAA (1999). «Começar de Novo» (PDF). Bloco de Esquerda
  15. Pereira, Ana Cristina; Miranda, Teresa; Santos, Miguel Mansoe Alexandre. «Pioneiros LGBT+. Da clandestinidade à igualdade». PÚBLICO. Consultado em 14 de abril de 2024
  16. «Bloco promove iniciativa de formação para activistas climáticos em Coimbra - Campeão das Províncias». Campeão das Províncias - Website Campeão das Províncias. 10 de abril de 2023. Consultado em 14 de abril de 2024
  17. «Bloco sobe a parada nas causas ambientais». Jornal Expresso. Consultado em 14 de abril de 2024
  18. «Fórum Manisfesto». 1 de junho de 2023. Consultado em 21 de abril de 2024
  19. «Política XXI | Comissão Nacional de Eleições». www.cne.pt. Consultado em 21 de abril de 2024
  20. «Edições Combate». | Edições Combate |. Consultado em 21 de abril de 2024
  21. «Acórdão 655/2005». www.tribunalconstitucional.pt. Consultado em 21 de abril de 2024
  22. «A Comuna». www.acomuna.net. Consultado em 21 de abril de 2024
  23. Silva, Elsa Costa e; Lameiras, Mariana (2019). Breve história do Bloco de Esquerda. [S.l.]: Público, Comunicação Social S.A.
  24. Alves, Magda, Barradas, Carlos, Duarte Madalena, Santos, Ana Cristina (janeiro de 2009). «A despenalização do aborto em Portugal discursos, dinâmicas e acção colectiva: os referendos de 1998 e 2007.» (PDF). CES
  25. «Catarina Martins garante que não falta diversidade de opiniões no BE». SIC Notícias. 10 de novembro de 2018. Consultado em 21 de abril de 2024
  26. Begonha, Ana Bacelar (4 de junho de 2023). «Depois da convenção, BE mantém paridade». PÚBLICO. Consultado em 21 de abril de 2024
  27. «20 momentos marcantes nos 20 anos do Bloco». SIC Notícias. 28 de fevereiro de 2019. Consultado em 14 de abril de 2024
  28. Tavares, Manuela (26 de janeiro de 2000). «Crime público, dizem elas». PÚBLICO. Consultado em 14 de abril de 2024
  29. «Resultados das Eleições Presidenciais 2001». Consultado em 14 de abril de 2024
  30. «Presidente de Salvaterra de Magos recandidata-se pelo Bloco de Esquerda». PÚBLICO. 15 de abril de 2005. Consultado em 12 de março de 2024
  31. «Manifestação pela Paz I». Consultado em 14 de abril de 2024
  32. «Aula Magna recebe hoje comício contra a guerra». PÚBLICO. 1 de março de 2003. Consultado em 14 de abril de 2024
  33. «Eleições Parlamento Europeu». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 14 de abril de 2024
  34. «Miguel Portas, o primeiro eurodeputado eleito pelo BE e uma paixão pela escrita». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 14 de abril de 2024
  35. «:: Eleições Presidenciais 2006 ::». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 14 de abril de 2024
  36. «Referendo para o aborto aprovado pelo PS, PSD e Bloco de Esquerda». TVI Notícias. Consultado em 14 de abril de 2024
  37. Sociais, CES-Centro de Estudos. «A despenalização do aborto em Portugal - discursos, dinâmicas e acção colectiva: Os referendos de 1998 e 2007». CES - Centro de Estudos Sociais. Consultado em 14 de abril de 2024
  38. «Bloco de Esquerda: moção de Francisco Louçã aprovada com 307 votos». PÚBLICO. 2 de junho de 2007. Consultado em 14 de abril de 2024
  39. «:: Intercalares de Lisboa 2007 ::». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 14 de abril de 2024
  40. «A Ficha do Bloco». Miguel Vale de Almeida, in "Os Tempos que Correm. Consultado em 25 de Março de 2007
  41. «Legislativas 2009 - Resultados Nacionais». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 14 de abril de 2024
  42. «Legislativas 2011 - Resultados Globais». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 21 de abril de 2024
  43. Brandão Guerra, Rita; Almeida, São José (24 de abril de 2012). «Miguel Portas morreu aos 53 anos». Público
  44. Guerra, Rita Brandão (11 de novembro de 2012). «João Semedo e Catarina Martins eleitos líderes do Bloco». PÚBLICO. Consultado em 21 de abril de 2024
  45. «Ruptura/FER abandona Bloco e constitui um novo partido». Esquerda.net. Consultado em 11 de maio de 2015
  46. «Quem somos». Tempo de Avançar
  47. «Visão | Esquerdas há muitas». Visão. 23 de fevereiro de 2015. Consultado em 21 de abril de 2024
  48. «Daniel Oliveira demite-se do Bloco de Esquerda». Diário de Notícias. 5 de março de 2013. Consultado em 16 de maio de 2015
  49. «Bloco de Esquerda perde apoiantes do Manifesto criado por Miguel Portas». Correio da Manhã. 12 de julho de 2014. Consultado em 16 de maio de 2015
  50. Dinis, Rita. «O Bloco quer, mas será que Pode?». Observador. Consultado em 21 de abril de 2024
  51. Lopes, Maria João (5 de outubro de 2015). «Com o melhor dos resultados, a "heroína" Catarina Martins desafia a esquerda». PÚBLICO. Consultado em 21 de abril de 2024
  52. Lopes, Maria (10 de novembro de 2016). «Algumas datas do percurso da "geringonça" no Parlamento». PÚBLICO. Consultado em 21 de abril de 2024
  53. Abellán, Lucía (25 de agosto de 2019). «La izquierda española mira de reojo a Portugal». Madrid. El País (em espanhol). ISSN 1134-6582. Consultado em 21 de abril de 2024
  54. Chaíça, Inês (14 de fevereiro de 2023). «Catarina Martins: 11 anos à frente do Bloco de Esquerda, 11 frases». PÚBLICO. Consultado em 21 de abril de 2024
  55. Simões, Bruno. «Marisa Matias é a mulher mais votada de sempre em presidenciais». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 21 de abril de 2024
  56. «Autárquicas 2017 - Resultados». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 21 de abril de 2024
  57. «BE convoca comissão política para decidir sucessão de Ricardo Robles». Público. 30 de julho de 2018. Consultado em 16 de fevereiro de 2020
  58. Costa, Hermes Augusto (2020). «Conflitos sociais na era da (pos)austeridade de Portugal». Lutas Sociais (44): 48–62. ISSN 2526-3706. doi:10.23925/ls.v24i44.52218. Consultado em 21 de abril de 2024
  59. «Resolução da XI Convenção do Bloco». bloco.org. Consultado em 21 de abril de 2024
  60. «Europeias 2019 - Resultados Globais». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 21 de abril de 2024
  61. Mozos, José Pedro. «Bloco de Esquerda mantém 19 deputados e apresenta condições para viabilizar governo do PS». Observador. Consultado em 21 de abril de 2024
  62. Portugal, Rádio e Televisão de (6 de outubro de 2019). «Bloco de Esquerda "com toda a disponibilidade para negociar"». Bloco de Esquerda "com toda a disponibilidade para negociar". Consultado em 21 de abril de 2024
  63. «Resultados das Eleições Presidenciais de 2021». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 21 de abril de 2024
  64. «Eleições Legislativas 2022». legislativas2022.mai.gov.pt. Consultado em 21 de abril de 2024
  65. Portugal, Rádio e Televisão de (31 de janeiro de 2022). «CDU teve pior resultado de sempre e BE cai para sexta força política». CDU teve pior resultado de sempre e BE cai para sexta força política. Consultado em 21 de abril de 2024
  66. «Bloco de Esquerda reúne-se este sábado em Conferência Nacional». SIC Notícias. 30 de abril de 2022. Consultado em 21 de abril de 2024
  67. esQrever (24 de janeiro de 2023). «"O Orgulho Contra o Conservadorismo": Porto recebe ativistas no I Fórum LGBTQI+». esQrever. Consultado em 21 de abril de 2024
  68. Begonha, Ana Bacelar (15 de julho de 2022). «Bloco de Esquerda cancela Acampamento Liberdade por risco de incêndio». PÚBLICO. Consultado em 21 de abril de 2024
  69. «Bloco de Esquerda regressa ao parlamento da Madeira». CNN Portugal. Consultado em 21 de abril de 2024
  70. «Mariana Mortágua: Bloco "não conseguiu derrotar Direita" nos Açores». SIC Notícias. 4 de fevereiro de 2024. Consultado em 21 de abril de 2024
  71. Portugal, Rádio e Televisão de (7 de novembro de 2023). «Bloco de Esquerda assume preferência por convocação de eleições antecipadas». Bloco de Esquerda assume preferência por convocação de eleições antecipadas. Consultado em 21 de abril de 2024
  72. «Bloco de Esquerda quer negociar com o PS um "acordo sobre medidas concretas" em seis áreas». Expresso. 5 de janeiro de 2024. Consultado em 21 de abril de 2024
  73. Santos, Ana Bacelar Begonha, Nuno Ferreira (11 de março de 2024). «Com Mortágua, Bloco mantém representação parlamentar e aumenta votos». PÚBLICO. Consultado em 21 de abril de 2024
  74. «"Fazer o que nunca foi feito": conheça aqui o programa eleitoral do Bloco de Esquerda». SIC Notícias. 20 de janeiro de 2024. Consultado em 21 de abril de 2024
  75. ECO (7 de fevereiro de 2024). «Como os partidos querem reforçar os rendimentos, do salário mínimo ao complemento das pensões». ECO. Consultado em 21 de abril de 2024
  76. Renascença (1 de março de 2024). «O que dizem (e não dizem) os programas eleitorais sobre creches gratuitas? - Renascença». Rádio Renascença. Consultado em 21 de abril de 2024
  77. Portugal, Rádio e Televisão de (15 de fevereiro de 2024). «O que propõem os partidos para a Educação». O que propõem os partidos para a Educação. Consultado em 21 de abril de 2024
  78. «O que propõem os partidos para a Saúde». Diário de Notícias. Consultado em 21 de abril de 2024
  79. «O que propõem os partidos em termos de medidas fiscais». Diário de Notícias. Consultado em 21 de abril de 2024
  80. Coutinho, Margarida (19 de maio de 2025). «A "grande derrota" eleitoral do Bloco deixa Mariana Mortágua como deputada única». Expresso. Consultado em 19 de maio de 2025
  81. «Deputados e Grupos Parlamentares: Deputados». Assembleia da República. Consultado em 23 de outubro de 2015
  82. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  83. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 25 de março de 2024
  84. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 27 de março de 2024
  85. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  86. «José Soeiro despede-se hoje do Parlamento: "Estou feliz com a mudança"». Notícias ao Minuto. 31 de janeiro de 2025. Consultado em 16 de março de 2025
  87. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  88. Lusa, Agência (5 de fevereiro de 2025). «Isabel Pires substitui José Soeiro na bancada do Bloco de Esquerda». O Minho. Consultado em 16 de março de 2025
  89. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  90. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  91. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  92. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  93. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  94. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  95. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  96. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  97. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  98. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  99. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  100. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  101. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  102. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  103. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  104. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  105. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  106. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  107. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  108. «Bloco de Esquerda convidou deputada a sair». Jornal Expresso. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  109. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  110. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  111. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  112. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  113. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  114. Berenguer, Márcio (5 de maio de 2018). «Deputado do Bloco "devolveu" dinheiro das viagens a associação que integra». PÚBLICO. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  115. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  116. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  117. «Francisco Louçã comunica fim de mandato de deputado». Esquerda.net. 25 de outubro de 2012. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  118. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  119. Lusa (27 de julho de 2013). «Deputada do BE Ana Drago abandona Parlamento a 31 de Agosto». PÚBLICO. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  120. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  121. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  122. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  123. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  124. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  125. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  126. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  127. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  128. Oliveira, Maria José (9 de outubro de 2010). «Fernando Rosas abandona Parlamento para se dedicar ao ensino e investigação». PÚBLICO. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  129. «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 2 de janeiro de 2024
  130. Diário da República (12 de agosto de 2006). «Lei 40/2006, 2006-08-25 - DRE». Consultado em 30 de novembro de 2019
  131. Entre 26 de novembro de 2015 e 26 de outubro de 2019 deu apoio parlamentar ao XXI Governo Constitucional.
Remove ads

Ligações externas

Loading related searches...

Wikiwand - on

Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

Remove ads