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Pinduca

cantor, músico e compositor brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Pinduca
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 Nota: Este artigo é sobre o compositor. Para o personagem de HQ, veja Henry (banda desenhada).

Aurino Quirino Gonçalves (Igarapé-Miri, 4 de junho de 1937), mais conhecido pelo nome artístico Pinduca ou "Rei do Carimbó", é um cantor e compositor brasileiro, um dos principais representantes do gênero carimbó, típico do Pará.[1]

Factos rápidos Nome completo, Pseudônimo(s) ...

Sua música se distingue do tradicional "Carimbó Pau e Corda", sendo marcada por influências de outros ritmos da América Central, das Guianas e do Suriname, países fronteiriços ou próximos ao Norte do Brasil. Essas influências são refletidas tanto em suas composições quanto em sua indumentária "caribenha", com Pinduca frequentemente se apresentando com um grande chapéu, similar a um sombreiro, adornado com pequenos adereços tropicais.

Pertencente a uma família de músicos, Pinduca iniciou sua carreira aos quatorze anos de idade cantando carimbó. Ao longo de sua trajetória ele se destacou por sua capacidade de mesclar as influências internacionais com o carimbó raiz, gênero consolidado por grandes nomes como o Mestre Verequete e Mestre Lucindo, o "Rei do Carimbó do Salgado Paraense".

Pinduca também fez parte de uma geração de músicos que, atendendo às demandas da indústria cultural brasileira, transformaram o Carimbó Pau e Corda tradicional em versões mais acessíveis e adaptadas para o mercado radiofônico. Embora seu estilo tenha sido marcado pela fusão de estilos ele manteve um estreito contato com músicos do carimbó raiz, ajudando a ressignificar e popularizar as composições do gênero em um contexto mais moderno.

Em 2017 seu álbum No Embalo do Pinduca foi indicado ao Grammy Latino de 2017 de Melhor Álbum de Raizes Brasileiras.[2]

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Carreira

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Perspectiva

Pinduca nasceu em Igarapé-Miri, no estado do Pará.[3] Ele vem de uma família de músicos. Iniciou sua carreira aos 14 anos como tocador de pandeiro.[4] Aos 16 anos, mudou-se para Abaetetuba, onde entrou para a Orquestra Brasil. Depois mudou-se para Belém, onde integrou a Orquestra Orlando Pereira como baterista, sendo considerado, na época, um dos melhores bateristas do Pará. Alistou-se no Exército e seguiu carreira na Polícia Militar do Pará até tornar-se Tenente Mestre da Banda de Música da Polícia Militar.[3] Pinduca formou sua própria banda em 1957 e seu primeiro álbum foi gravado em 1973, vendendo 15.000 cópias.[5]

Uma de suas inspirações é Luiz Gonzaga, o artista que tornou o baião um sucesso nacional. Influenciado pela Jovem Guarda e pela música caribenha, Pinduca introduziu instrumentos elétricos (guitarra elétrica, contrabaixo e teclado) e bateria no carimbó, levando seu estilo a ser chamado de carimbó estilizado.[6][7] Em seu quinto álbum, No Embalo do Carimbó e Sirimbó Vol. 5 (1976), a música “Lambada” tornou-se a primeira gravação fonográfica do gênero lambada.[8] Ele também criou um ritmo musical misturando carimbó e siriá, chamado sirimbó.[6]

Em 2014, foi promovido a Comendador da Ordem do Mérito Cultural, devido às suas contribuições para a cultura brasileira.[9] Em 2017, seu álbum No Embalo do Pinduca foi indicado ao Grammy Latino de 2017 na categoria de Melhor Álbum de Raízes Brasileiras.[10][4] Em 2025, sua obra foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará.[11]

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Reconhecimentos

Discografia

Álbuns de estúdio

  • 1973 - Carimbó e sirimbó do Pinduca (Beverly Som e Eletrônica LTDA)
  • 1974 - Carimbó e sirimbó no embalo do Pinduca v.2 (Beverly Som e Eletrônica LTDA)
  • 1974 - Carimbó e sirimbó no embalo do Pinduca v.3 (Beverly Som e Eletrônica LTDA)
  • 1975 - Carimbó e sirimbó no embalo do Pinduca v.4 (Beverly Som e Eletrônica LTDA)
  • 1976 - Pinduca no embalo do carimbó e sirimbó v.5 (Som Indústria e Comércio S/A)
  • 1977 - Pinduca no embalo do carimbó e sirimbó v.6 (Beverly Som e Eletrônica LTDA)
  • 1978 - Pinduca no embalo do carimbó e sirimbó v.7 (Som Indústria e Comércio S/A)
  • 1979 - Pinduca no embalo do carimbó e sirimbó v.8 (Som Indústria e Comércio S/A)
  • 1980 - Pinduca no embalo do carimbó e sirimbó v.9 (Som Indústria e Comércio S/A)
  • 1981 - Pinduca no embalo do carimbó e sirimbó v.10
  • 1982 - Pinduca v.11
  • 1983 - Pinduca O Rei do Carimbó v.12
  • 1984 - Pinduca o Rei do Carimbó v.13
  • 1985 - Pinduca o Rei do Carimbó, Eu Faço o Show
  • 1986 - Pinduca v.15
  • 1987 - Pinduca O Criador da Lambada
  • 1988 - Pinduca Apresenta Kizomba
  • 1989 - Pinduca Na Onda do Surubá
  • 1993 - Pinduca Na Explosão Do Carimbó (BMG)
  • 1997 - Pinduca Na base do Xengo Xengo
  • 2003 - Pinduca Sempre
  • 2005 - Pinduca: ao Vivo
  • 2007 - Pinduca 40 anos de Sucesso
  • 2009 - Pinduca Vol.33

Referências

  1. «Pinduca». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 8 de março de 2025
  2. Ceccarini, Viola Manuela (20 de novembro de 2017). «The 18th Latin GRAMMY Awards in Las Vegas». Livein Style. Consultado em 28 de dezembro de 2017
  3. Entretenimento, Portal Uai (30 de dezembro de 2016). «Pinduca, o 'rei do carimbó', lança álbum com regravações de músicas antigas». Portal Uai Entretenimento. Consultado em 18 de novembro de 2025
  4. «Pinduca completa 87 anos e anuncia novidades na carreira; saiba quais são». O Liberal. 4 de junho de 2024. Consultado em 18 de novembro de 2025
  5. Redação Tribuna do Norte (2 de março de 2007). «O Rei do Carimbó pisa no terreiro do forró neste sábado - Tribuna do Norte». Tribuna do Norte. Consultado em 18 de novembro de 2025
  6. Cultural, Instituto Itaú. «Pinduca». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 18 de novembro de 2025
  7. «Rural e urbano, legítimo e estilizado». beiradorio.ufpa.br. Consultado em 18 de novembro de 2025
  8. «Filme expõe origens da lambada, no Pará dos anos 1970, em tom didático». G1. 12 de junho de 2023. Consultado em 18 de novembro de 2025
  9. «Ordem do Mérito Cultural será entregue a 26 personalidades brasileiras em 2014». Agência Brasil. 3 de novembro de 2014. Consultado em 18 de novembro de 2025
  10. «The 18th Latin GRAMMY Awards in Las Vegas - Livein Style». Livein Style (em italiano). 20 de novembro de 2017. Consultado em 18 de novembro de 2025
  11. Matos, Clayton (17 de abril de 2025). «Pinduca agora é Patrimônio Cultural Imaterial do Pará». Diário do Pará. Consultado em 18 de novembro de 2025
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Ligações externas

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