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emissora de televisão brasileira de Maceió, AL Da Wikipédia, a enciclopédia livre
TV Gazeta de Alagoas (também chamada apenas de TV Gazeta) é uma emissora de televisão brasileira sediada em Maceió, capital do estado de Alagoas. Opera no canal 7 (21 UHF digital) e é afiliada à TV Globo. Pertence à Organização Arnon de Mello, grupo de comunicação ligado ao ex-presidente da República Fernando Collor de Mello.
TV Gazeta de Alagoas | |
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TV Gazeta de Alagoas Ltda. | |
Maceió, Alagoas Brasil | |
Tipo | Comercial |
Canais | Digital: 21 UHF Virtual: 7 PSIP |
Outros canais | 10 / 410 HD (Sky) 7 (Oi TV) 17 / 517 HD (Claro TV) 515 (Vivo TV) 11 (Brisanet) ver mais Analógico: 7 VHF (1975-2018) |
Sede | Maceió, AL |
Slogan | Feita pra você! |
Rede | TV Globo |
Fundador(es) | Arnon de Mello |
Pertence a | Organização Arnon de Mello |
Proprietário(s) | Fernando Collor de Mello |
Antigo(s) proprietário(s) | Arnon de Mello (1975-1983) |
Presidente | Luís Amorim |
Fundação | 27 de setembro de 1975 (48 anos) |
Prefixo | ZYA 221 |
Emissora(s) irmã(s) |
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Cobertura | |
Coord. do transmissor | 9° 39′ 42,18″ S, 35° 43′ 54,84″ O |
Potência | 5 kW |
Agência reguladora | ANATEL |
Informação de licença | CDB |
Página oficial | redeglobo |
A concessão do primeiro canal de televisão de Maceió e de Alagoas foi outorgada pelo presidente Ernesto Geisel em 16 de maio de 1974, ao jornalista e político Arnon de Mello, proprietário do jornal Gazeta de Alagoas e da Rádio Gazeta.[1][2] Os testes de sinal pelo canal 7 VHF foram iniciados em agosto de 1975, com a transmissão da programação nacional da Rede Globo em cores e da local em preto e branco. Em 3 de setembro, foi lançada a pedra fundamental do edifício-sede da emissora, localizado no bairro Farol, em Maceió, com a presença do governador de Alagoas, Afrânio Salgado Lages e de seu diretor-presidente, Pedro Collor de Mello.[2][3]
A inauguração, inicialmente programada para 1.º de outubro, ocorreu na tarde de 27 de setembro,[4] em ato onde foi fixada uma placa com o seguinte texto escrito por Arnon de Mello: "Estamos desatando o nó que prendia Alagoas à humilhante condição de único estado sem uma emissora de televisão. O Canal 7, que hoje inauguramos, é uma prova da nossa disposição de servir. Aí está para servi-lo, povo alagoano, a TV Gazeta de Alagoas".[3] Antes do lançamento da emissora, o estado recebia a retransmissão da TV Rádio Clube e da TV Jornal do Commercio, ambas de Pernambuco.
A Gazeta foi a primeira estação do Nordeste do país a repetir a Globo diretamente do sinal nacional — as afiliadas então instaladas na região tinham recepção da TV Globo Nordeste, do Recife. Devido aos custos para a exibição simultânea da programação de rede, a emissora obtinha da filial pernambucana fitas Quadruplex com os programas da Globo, que depois de veiculadas chegavam em até um mês, restringindo a transmissão ao vivo ao Jornal Nacional e ao Fantástico.[2][3] A emissora já teve alguns pequenos acionistas, entre eles João Tenório (também proprietário da TV Pajuçara), Carlos Lira Neto e Ricardo Brennand.[5]
Em 25 de junho de 2019, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas moveu uma greve nas emissoras do estado, inclusive a Gazeta, contra uma proposta de redução de 40% do piso salarial da categoria, de autoria dos canais da Organização Arnon de Mello e aderida pela TV Pajuçara e pela TV Ponta Verde.[6] O movimento foi encerrado em 3 de julho, após o Tribunal Regional do Trabalho da 19.ª Região decidir pela manutenção do salário com reajuste de 3% no valor.[7] No dia seguinte, a Gazeta demitiu jornalistas que aderiram à greve,[8] sendo alvo de uma ação do Ministério Público do Trabalho de Alagoas no dia 9, que ordenou a reintegração dos profissionais sob pena de multa diária de 50 mil reais.[9][10]
Em 10 de julho de 2019, o Ministério Público Federal e a Justiça Federal decidiram pela cassação e não renovação das concessões da TV Gazeta de Alagoas e de suas coirmãs, as rádios 98 FM e Gazeta FM, devido às emissoras terem em seu quadro societário o então senador Fernando Collor de Mello, o que não é permitido pela legislação. Porém, as emissoras seguem no ar até que o processo transite em julgado em todas as esferas.[11]
Em 31 de maio de 2023, com a decisão do STF que condenou Fernando Collor a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro,[12] vieram à tona irregularidades praticadas pelo ex-senador utilizando a TV Gazeta de Alagoas. As contas da estação eram utilizadas para receber propina, paga em contrapartidas a contratos celebrados pela UTC Engenharia com a BR Distribuidora. A condenação ainda revelou que a recuperação judicial da TV Gazeta e da Organização Arnon de Mello foi causada por simulações de empréstimos a Collor, feitas com o objetivo de justificar os valores recebidos.[13]
Em 4 de outubro, a TV Globo comunicou à direção da TV Gazeta de Alagoas a decisão de não renovar a afiliação, tendo como alegação a decisão do STF que havia condenado a emissora pela estação alagoana ser usada em esquemas de corrupção.[14] Em 26 de outubro de 2023, o site F5, vinculado ao jornal Folha de S. Paulo, noticiou que a TV Globo decidiu encerrar a afiliação da TV Gazeta após 48 anos, sendo substituída no primeiro semestre de 2024 por uma nova estação, de propriedade do Grupo Nordeste de Comunicação (que controla a também afiliada TV Asa Branca em Caruaru, Pernambuco).[15] A emissora estava em testes desde fevereiro sob o nome "TV Elo", quando já surgiam boatos sobre a possível afiliação à Globo.[16]
No dia 8 de novembro, a TV Gazeta entrou com uma ação judicial (semelhante à ação usada pela TV Tribuna, de Vitória, Espírito Santo) solicitando a renovação obrigatória do contrato de afiliação com a emissora carioca, que vence no dia 31 de dezembro. O motivo usado pela estação local é o pedido de recuperação judicial, aberto em 2019. A abertura do processo foi visto como "covarde" pela TV Globo em resposta ao processo no dia 17.[14] No dia 29, o Ministério Público do Alagoas acatou uma liminar favorável para o canal alagoano e decidiu pela obrigatoriedade da renovação da afiliação da Globo com a Gazeta por pelo menos três anos. Tal decisão não é definitiva, já que depende da justiça para oferecer um parecer definitivo.[17] Em 1 de dezembro, surgiram divergências entre a TV Gazeta e a Globo quanto à renovação do contrato de afiliação, mediadas pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL). A TV Gazeta alegou ausência de renovação do contrato após 48 anos, citando questões éticas. O MP-AL propôs uma extensão do contrato por três anos, mas a TV Gazeta buscou uma liminar para assegurar a continuidade até 2028.[18] No dia 2 de dezembro, surgiram alegações sobre a possível omissão do nome da Braskem nas reportagens da TV Gazeta, além de críticas sobre a abordagem discreta do tema por parte da emissora. Durante a tentativa da Globo de produzir uma matéria para o Jornal Nacional a respeito do afundamento do solo de Maceió, enfrentaram-se dificuldades de comunicação com a TV Gazeta. Posteriormente, após intervenção da direção de Jornalismo, a TV Gazeta providenciou a matéria para o Jornal Nacional.[19] Em 5 de dezembro, a TV Gazeta teve uma decisão favorável em uma ação judicial. A determinação foi para que o Grupo Globo renovasse o contrato com a emissora por mais cinco anos. A Justiça alagoana argumentou que a não renovação imediata do contrato poderia resultar em mais de 200 demissões no Grupo Arnon de Mello, acarretando um impacto significativo na economia local.[20]
Ao virar o ano de 2024, a TV Globo não obteve sucesso ao derrubar a liminar da justiça alagoana através do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por conta do recesso judiciário devido ao período de festas de final de ano. O contrato com a TV Gazeta se encerrou no dia 31 de dezembro de 2023, mas por ordem judicial, o canal alagoano seguiu afiliado à emissora carioca. O imbróglio fez com que a "TV Elo" entrasse no ar retransmitindo temporariamente o Canal Futura. A Globo optou por ceder o sinal de seu canal educativo para evitar que haja duas emissoras transmitindo a TV Globo até resolver a questão na justiça, temendo um desgaste de imagem.[21]
Em 3 de janeiro, a Globo obteve uma vitória na Justiça de Alagoas, derrubando a liminar que obrigava a renovação até 2028. Na decisão, o desembargador Paulo Zacarias afirmou que "nenhuma empresa pode ser obrigada a ter negócio com outra que não deseja". Com isso, a retransmissão da programação pela TV Gazeta de Alagoas ficou garantida apenas até o julgamento pleno do mérito no Plenário da 3ª Câmara do Tribunal de Justiça de Alagoas, que deverá acontecer a partir de 22 de janeiro.[22]
Em 6 de fevereiro, o jornal Folha de S.Paulo, em um acesso ao relatório enviado pela TV Globo à justiça alagoana, divulgou que o canal carioca acusava a TV Gazeta de assédio moral contra os próprios funcionários, citando algumas condenações da estação local em processos movidos por ex-colaboradores, além de superfaturamento de salários, com um dos executivos de alto escalão recebendo R$67 mil, ficando acima dos valores pagos pelo mercado brasileiro e da situação financeira da Organização Arnon de Mello, alegada no processo movido ao MP-AL pela Gazeta para manter a afiliação da Globo até 2028. Além disso, as condenações pelo STF foram destacadas no documento.[23]
Em março de 2024, o Ministério Público de Alagoas (MP-AL), após inicialmente acatar a decisão da TV Gazeta em novembro de 2023, decidiu reverter sua posição em favor da TV Globo. Restando apenas um voto pelo fim da afiliação, a questão agora aguarda a decisão do 3° Tribunal de Justiça de Alagoas. O julgamento, originalmente marcado para 10 de abril, foi adiado duas vezes devido a problemas entre os desembargadores.[24][25][26]
Em 6 de junho, o Tribunal de Justiça de Alagoas decidiu, por dois votos a um, manter a liminar que mantém a TV Gazeta como afiliada da Globo pelos próximos cinco anos, anulando o processo de derrubada da decisão em janeiro, solicitado pela emissora carioca. O caso ainda poderia ser levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) através do Superior Tribunal de Justiça (STJ).[27]
Em 4 de setembro, a Globo entrou com um recurso na Justiça de Alagoas solicitando o encerramento da parceria com a TV Gazeta de Alagoas antes das eleições municipais. A emissora argumenta que a TV Gazeta, controlada por Fernando Collor, poderia beneficiar politicamente seus aliados durante o período eleitoral. A Globo sugeriu que a TV Asa Branca, com a qual já possui contrato, assuma a concessão no estado. O caso está sob análise do Tribunal de Justiça de Alagoas.[28]
Canal virtual | Canal digital | Resolução de tela | Programação |
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7.1 | 21 UHF | 1080i | Programação principal da TV Gazeta de Alagoas / Globo |
A emissora iniciou os testes do seu sinal digital em junho de 2010, durante a Copa do Mundo FIFA de 2010, através do canal 21 UHF. Em 29 de novembro do mesmo ano, a emissora iniciou oficialmente suas transmissões digitais.[29] Em 26 de março de 2012, os telejornais e programas da emissora passaram a ser produzidos em alta definição.[2][3]
Com base no decreto federal de transição das emissoras de TV brasileiras do sinal analógico para o digital, a TV Gazeta, bem como as outras emissoras de Maceió, cessou suas transmissões pelo canal 7 VHF em 30 de maio de 2018, seguindo o cronograma oficial da ANATEL.[30]
Em dezembro de 2014, a Gazeta fechou acordo com a Federação Alagoana de Futebol para transmitir com exclusividade o Campeonato Alagoano a partir da edição de 2015.[31] O torneio foi exibido na emissora até 2019, pois no ano seguinte os direitos foram repassados para a sua coirmã, TV Mar, que cobriu apenas aquela temporada.[32]
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