Toda Nudez Será Castigada (filme)

filme de 1972 dirigido por Arnaldo Jabor Da Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura peça teatral de Nelson Rodrigues de 1965, veja Toda Nudez Será Castigada.

Toda Nudez Será Castigada é um filme brasileiro lançado em dezembro de 1972, dirigido por Arnaldo Jabor, e produzido pela Produções Cinematográficas Roberto Farias,[1] baseado na peça de teatro homônima de Nelson Rodrigues.[2][3][4] O filme teve um público de 1 737 151 espectadores, sendo o quarto filme mais assistido de 1972.[1] Segundo outras fontes, o filme foi lançado em março de 1973.[5][6] Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.[7]

Factos rápidos
Toda Nudez Será Castigada
Thumb
Toda Nudez Será Castigada (filme)
 Brasil
1973 cor •  102 min 
Género drama
Direção Arnaldo Jabor
Roteiro Nelson Rodrigues
Baseado em Toda Nudez Será Castigada de Nelson Rodrigues
Elenco Darlene Glória
Paulo Porto
Idioma português
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Sinopse

Herculano é um viúvo conservador, que jura a seu filho Serginho que nunca terá uma outra mulher. No entanto, apaixona-se por uma prostituta, Geni, que conhece através de seu irmão Patrício, interessado em que Herculano volte a sustentar seus vícios de bebida e mulheres. Quando resolve se casar com Geni, gera uma série de conflitos em sua família, entre eles a prisão de Serginho por uma briga de bar. O rapaz é estuprado na prisão por um ladrão boliviano, a ponto de ter de ser operado. Depois de ser libertado, torna-se amante de Geni, para vingar-se do pai por haver quebrado o juramento. Desesperada, Geni se suicida, deixando uma fita gravada narrando toda a história para Herculano. Serginho fugira com o ladrão boliviano.

Elenco

Mais informação Ator, Personagem ...
Ator Personagem
Paulo PortoHerculano
Darlene GlóriaGeni
Paulo SacksSérgio (Serginho)
Paulo César PereioPatrício
Isabel RibeiroIrene (Neneca)
Elza Gomestia Helga
Henriqueta Briebatia Antonieta
Sérgio MambertiOdésio
Hugo CarvanaComissário Antunes
Orazir PereiraLadrão boliviano
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Produção e lançamento

Resumir
Perspectiva

Como em toda a obra de Nelson Rodrigues, Toda Nudez Será Castigada fala da hipocrisia das famílias tradicionais.[8][9][10] As filmagens ocorreram em 1972, e a distribuidora solicitou no dia 16 de novembro daquele ano, junto à censura, sua classificação para exibição nos cinemas, porém após diversas revisões, a DCDP expediu um documento no dia 21 de dezembro de 1972,[11] liberando a película, porém impondo cortes (quatro, no total) e determinando a faixa etária mínima para 18 anos.

O filme só estreou em março de 1973[5][6] no Cine Roxy, no Rio de Janeiro, após toda essa tramitação. A censura da época achou o filme imoral e tentou proibir o seu lançamento, que só veio a acontecer em março de 1973,[5][6] porém, no dia 20 de junho daquele ano, o General da Brigada da Polícia Federal Antônio Bandeira expediu um Comunicado de Proibição de Exibição e Ordem de Recolhimento dos Certificados,[12] e assim, com apenas três meses de exibição após sua estreia, soldados da Polícia Federal apreenderam todos os rolos da película nas salas de cinema durante sua exibição, em todo o território nacional.[13]

Simultaneamente, o filme estava sendo exibido no Festival Internacional de Berlim, na Alemanha, e como ganhou o Urso de Prata, prêmio internacional daquele festival, o filme acabou voltando novamente às salas de exibição no Brasil com cortes pouco tempo depois.[14] Durante as primeiras cinco semanas de exibição no Cine Roxy, o filme Toda Nudez Será Castigada arrecadou mais de 500.000 cruzeiros em sua bilheteria, na época considerado como uma consagração popular.[15]

Prêmios

Festival de Berlim 1973 (Alemanha)

Festival de Gramado 1973 (Brasil)

  • Recebeu dois Kikitos, nas categorias de melhor filme e melhor atriz (Darlene Glória), e menção especial pela trilha sonora, de Astor Piazzolla.

Troféu APCA 1974 (Brasil)

  • Venceu na categoria de melhor cenografia.

Referências

  1. Agência Nacional do Cinema, Filmes nacionais com mais de um milhão de espectadores (1970/2010) por ano de lançamento [em linha]
  2. Memória da Censura no Cinema Brasileiro, Toda Nudez Será Castigada: Uma tragédia Burguesa (anexo 1) O Globo: 09/03/73 [em linha]
  3. Memória da Censura no Cinema Brasileiro, Toda Nudez Será Castigada: Uma tragédia Burguesa (anexo 2) O Globo: 09/03/73 [em linha]
  4. Memória da Censura no Cinema Brasileiro, Toda Nudez Será Castigada: Uma tragédia Burguesa (anexo 3) O Globo: 09/03/73 [em linha]
  5. Memória da Censura no Cinema Brasileiro, As Confissões de Nelson Rodrigues: História de um filme (atentar para o parágrafro 16) - O Globo: 08/03/73 [em linha]
  6. André Dib (27 de novembro de 2015). «Abraccine organiza ranking dos 100 melhores filmes brasileiros». Abraccine. abraccine.org. Consultado em 26 de outubro de 2016
  7. «Crítica do filme» (PDF), Memória da Censura no Cinema Brasileiro, Última Hora, 9 de março de 1973.
  8. «Crítica do filme» (PDF), Memória da Censura no Cinema Brasileiro, Correio da Manhã, 18 de março de 1973.
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