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poeta, prosador e ensaísta brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Victor Doblas Heringer (Rio de Janeiro, 27 de março de 1988 – Rio de Janeiro, 7 de março de 2018) foi um romancista, tradutor, cronista e poeta brasileiro agraciado com o Prêmio Jabuti, célebre por seus dois romances Glória (2012) e O Amor dos Homens Avulsos (2016).
Victor Heringer | |
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Nome completo | Victor Doblas Heringer |
Nascimento | 27 de março de 1988 Rio de Janeiro, RJ |
Morte | 7 de março de 2018 (29 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Ocupação | escritor |
Principais trabalhos | Glória (2012) O Amor dos Homens Avulsos (2016) |
Prêmios | Prêmio Jabuti – Romance Literário (2013) |
Gênero literário | poesia romance crônica |
Victor Doblas Heringer nasceu em 27 de março de 1988, em meio a uma família de ascendência alemã,[1] no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro, mas foi criado em Nova Friburgo.[2][3] Formado em Letras pela UFRJ, antes de tornar-se autor publicado trabalhou no Instituto Moreira Salles[4] e na Fundação Casa de Rui Barbosa, após ter conseguido uma bolsa para esta última. Entre 2014 e 2017 manteve uma coluna na revista Pessoa,[5] também periodicamente escrevendo para a revista pernambucana Continente,[6] entre várias outras.
O livro de estreia de Heringer, a coletânea de poemas Automatógrafo, saiu pela Editora 7Letras em 2011. No ano seguinte, publicou seu romance criticamente aclamado Glória, sobre "um artista plástico à procura de uma mulher impossível", pelo qual foi agraciado com o prestigioso Prêmio Jabuti em 2013.[7][8] O segundo romance de Heringer, O Amor dos Homens Avulsos, foi publicado em 2016 pela Companhia das Letras[9][10][11] e conta a história "de dois garotos que se apaixonam, mas têm sua paixão interrompida por uma tragédia";[12] foi indicado ao Prêmio Rio de Literatura, ao Prêmio São Paulo de Literatura e ao Prêmio Oceanos.[13] Ele afirma que o bairro carioca fictício do Queím, no qual o romance se ambienta, foi inspirado pelo bairro verdadeiro de Del Castilho, onde costumava visitar a avó quando criança, e também por suas lembranças da Zona Norte do Rio como um todo.[14][15]
A última obra de Heringer a ser publicada por ele ainda em vida foi uma tradução para o português das memórias de Loung Ung, First They Killed My Father (2000), lançadas no Brasil em 2017 pela HarperCollins.[16][17] No mesmo ano, foi incluído na lista dos "UNDER 30 em Literatura" da Forbes Brasil,[18] e um de seus poemas apareceu na antologia É Agora como Nunca, editada pela cantora Adriana Calcanhotto.[19]
Por grande parte de sua vida Heringer lutou contra a depressão.[20] Em 7 de março de 2018, três semanas antes de completar 30 anos de idade, foi encontrado morto próximo a seu apartamento em Copacabana após um aparente suicídio por precipitação.[2][21][22] Em 9 de junho de 2018, sua editora, a Companhia das Letras, anunciou que, em sua memória, relançaria todas as suas obras; alguns meses antes já haviam eles reeditado seu primeiro romance, Glória,[23] e um volume de sua poesia completa, contendo textos inéditos e originalmente com lançamento previsto para 2019,[24] eventualmente saiu em 2024.[25] Em uma de suas últimas entrevistas, datada de outubro de 2017, alegou ele estar trabalhando num terceiro romance, programado para ser lançado em meados de 2018 e inspirado por suas viagens pela América do Sul, Índia e Indonésia, mas não se sabe se chegou a concluí-lo antes de morrer.[7]
Uma coletânea póstuma contendo setenta crônicas de Heringer, Vida Desinteressante, saiu pela Companhia das Letras em 2021;[26][27] foi indicada a mais um Prêmio Jabuti no ano seguinte.[28] Uma tradução para o inglês de O Amor dos Homens Avulsos foi publicada pela Peirene Press em 11 de julho de 2023,[29] seguindo uma tradução anterior para o italiano pela Safarà Editore.[30] A tradução inglesa foi uma finalista do John Leonard Prize de 2023, concedido pelo National Book Critics Circle.[31]
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