Viktor Orbán
político húngaro, Primeiro-Ministro da Hungria / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Viktor Mihály Orbán[1] (nascido em Székesfehérvár, em 31 de maio de 1963) é um político húngaro que serve como primeiro-ministro da Hungria desde 2010, anteriormente tendo tendo ocupado o cargo de 1998 a 2002. Ele preside o partido nacional-conservador Fidesz, desde 1993, com uma breve pausa entre 2000 e 2003. Sob sua liderança, o governo húngaro mudou para o que Orbán chama de "democracia iliberal"[2][3] (ele cita China, Rússia, Índia, Singapura e Turquia como modelos de governança) e passou a promover o antiamericanismo, o euroceticismo e a oposição à democracia ocidental.[4][5] Ele mantém uma relação amistosa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin,[6][7][8] e com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump.[9]
Viktor Orbán | |
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Viktor Orbán | |
67.º Primeiro-ministro da Hungria | |
Período | 29 de maio de 2010 até a atualidade |
Antecessor(a) | Gordon Bajnai |
63.º Primeiro-ministro da Hungria | |
Período | 6 de julho de 1998 até 27 de maio de 2002 |
Antecessor(a) | Gyula Horn |
Sucessor(a) | Péter Medgyessy |
Presidente do Fidesz | |
Período | • 17 de maio de 2003 até a atualidade • 18 de abril de 1993 até 29 de janeiro de 2000 |
Membro da Assembleia Nacional da Hungria | |
Período | 2 de maio de 1990 até a atualidade |
Dados pessoais | |
Nascimento | 31 de maio de 1963 (60 anos) Székesfehérvár, Hungria |
Nacionalidade | húngaro |
Alma mater | Universidade Eötvös Loránd Pembroke College, Oxford |
Cônjuge | Anikó Lévai (c. 1986) |
Filhos(as) | 5 |
Partido | Fidesz |
Religião | Calvinismo |
Profissão | político |
Orbán estudou na Universidade Eötvös Loránd e, brevemente, na Universidade de Oxford antes de ingressar na política na esteira das Revoluções de 1989. Ele liderou o movimento estudantil reformista da Aliança dos Jovens Democratas (Fiatal Demokraták Szövetsége), o nascente Fidesz. Orbán tornou-se conhecido nacionalmente depois de fazer um discurso no enterro de Imre Nagy em 1989 e outros mártires da revolução de 1956, no qual exigiu abertamente que as tropas soviéticas deixassem o país. Após a transição da Hungria para uma democracia multipartidária em 1990, ele foi eleito para a Assembleia Nacional e liderou a bancada parlamentar do Fidesz até 1993. Sob Orbán, o Fidesz afastou-se de seu programa liberal clássico e favorável ao europeísmo em direção ao conservadorismo nacional e a um modelo de economia mista descrito como social-democrata e democrata-cristão.[10][11][12][13]
O primeiro mandato de Orbán como primeiro-ministro, de 1998 a 2002, à frente de um governo de coalizão conservador, foi dominado pelo foco em questões econômicas e pela adesão da Hungria à OTAN. Ele serviu como líder da oposição de 2002 a 2010. Em 2010, tornou-se novamente primeiro-ministro após a vitória massiva do Fidesz em coligação com o Partido Popular Democrata-Cristão. As questões centrais durante seu segundo mandato incluíram grandes reformas constitucionais e legislativas, a crise migratória europeia, a regulamentação da CEU e a pandemia de COVID-19. Orbán foi reeleito três vezes consecutivas, em 2014, 2018 e 2022, tornando-se o primeiro-ministro mais duradouro do país.[14] Em dezembro de 2021, tornou-se o chefe de governo com mais tempo em exercício na UE.
Por causa da restrição da liberdade de imprensa, erosão da independência judicial e enfraquecimento da democracia multipartidária, muitos politólogos e observadores consideram que a Hungria sofreu retrocessos durante o mandato de Orbán.[15][16][17][18][19] Os ataques de Orbán à UE ao mesmo tempo que aceita o seu dinheiro e o canaliza para os seus aliados e familiares também levaram seu governo a ser caracterizado como uma cleptocracia.[20] Entre 2010 e 2020, a Hungria caiu 69 lugares no Índice de Liberdade de Imprensa[21][22] e 11 lugares no Índice de Democracia;[23] A Freedom House rebaixou o país de "livre" para "parcialmente livre".[24] Como resultado, o Fidesz foi suspenso do Partido Popular Europeu de março de 2019 a março de 2021,[25] tendo deixado o partido devido a uma disputa sobre a nova linguagem de Estado de direito nos estatutos do mesmo.[26] Outras críticas a Orbán surgem pela abertura da Hungria para investimento chinês[27][28][29] e uso do combate à COVID-19 para alargar seus poderes e promover políticas anti-imigração e anti-LGBT+.[30][31][32]
Ao longo da sua trajetória política, Orbán adotou uma retórica nativista e social-conservadora, sendo considerado um político de extrema-direita por analistas.[33][34][35][36]