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6.ª Região Militar

região militar do Exército Brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre

6.ª Região Militar
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A 6.ª Região Militar (6.ª RM) é uma das doze regiões militares do Exército Brasileiro, sediada na cidade de Salvador, com jurisdição sobre os estados da Bahia e Sergipe. Além das atribuições de apoio, controla as forças combatentes na sua área. Seus comandantes já participaram tanto das disputas políticas estaduais quanto dos conflitos armados na região.

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Atuação histórica

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Estandarte histórico

Em 1896 a Força Pública da Bahia e a guarnição federal entraram em conflito com os seguidores de Antônio Conselheiro em Canudos. As três primeiras expedições foram derrotadas. O governador Luís Viana e o general Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro, comandante do 3º Distrito Militar, discordavam um do outro sobre a condução da guerra. O governador temia a intervenção federal e conseguiu o afastamento do general.[3]

Em 1912 o general Sotero de Menezes, inspetor da 7.ª Região, favoreceu José Joaquim Seabra na disputa política baiana e foi um dos principais atores na intervenção federal no estado. O clima entre o Exército e a Força Pública era tenso em Salvador. Para obrigar o governador interino Aurélio Rodrigues Viana, inimigo dos seabristas, a acatar uma decisão de um juiz federal, o general Menezes ordenou o bombardeio à cidade, danificando edifícios e matando civis. Morreram também soldados do Exército e da Força Pública no confronto.[4]

Na Segunda Guerra Mundial a defesa do litoral foi importante, atraindo unidades novas ou trazidas de outras regiões, muitas das quais foram desativadas ou transferidas de volta após a guerra. Surgiu o 18º Regimento de Infantaria e a artilharia de costa defendeu a Baía de Todos os Santos. O rio São Francisco foi usado para algumas das transferências militares ao Nordeste, evitando os riscos da rota marítima. As maiores contribuições à defesa de Salvador foram feitas pela Marinha. As Forças Armadas dos Estados Unidos também tiveram uma pequena presença na cidade.[5][6][7]

No golpe de Estado de 1964 o comandante, general Manoel Pereira, aderiu prontamente junto com seu superior Joaquim Justino Alves Bastos. As resistências foram evitadas. Seixas Dória, governador do Sergipe, foi deposto pelo Exército. O general Justino ordenou um movimento para o sul da Bahia, para um possível avanço na direção do Rio de Janeiro ou Brasília, o que acabou não sendo necessário.[8] O comandante da região coordenou a repressão política no interior baiano.[9]

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Organização

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O comando foi conhecido ao longo do tempo como o Comando das Armas da Província da Bahia, de 1821, Comando das Armas da Bahia, de 1830, 3º Distrito Militar, de 1891, e, como região militar, a 7.ª, em 1908, 3.ª, em 1915, 5.ª, de 1919, e 6.ª, de 1923. Sua área de jurisdição sempre incluiu a Bahia, chegando a abranger Alagoas e o Espírito Santo em algumas das reorganizações.[10] Como região militar, sua função é de apoio logístico e organizacional, mas ela e a 10.ª, sediada no Ceará, também comandam forças combatentes, possuindo alguns batalhões de infantaria. Elas podem atuar à retaguarda do Comando Militar do Nordeste, cujas principais forças combatentes são as brigadas em Pernambuco e no Rio Grande do Norte.[11] O programa Força Terrestre 90 previa a criação de uma 19.ª brigada de infantaria motorizada na Bahia, o que não ocorreu.[12]

Mais informação Organizações subordinadas, Distintivo de Bolso ...
Mais informação Organizações vinculadas, Organização militar ...
Mais informação Tiros de Guerra, Organização militar ...
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Ver também

Referências

  1. «General assume comando de região militar e é terceiro negro no posto | Metrópoles». www.metropoles.com. 4 de fevereiro de 2024. Consultado em 5 de fevereiro de 2024
  2. Nascimento, Luiz Augusto Rocha do (2022). «O Exército Brasileiro na Guerra de Canudos: lições aprendidas». In: Rodrigues, Fernando da Silva; Franchi, Tássio (orgs.). Exército Brasileiro: perspectivas interdisciplinares 1ª ed. Rio de Janeiro: Mauad. p. 97-98.
  3. Mendes, Hugo Santiago (2019). O bombardeio de 1912: Disputa política e cotidiano na Bahia na Primeira República (PDF) (Dissertação de Mestrado). Consultado em 23 de junho de 2022
  4. Barreto Neto, Raul Coelho. "Você já foi à Bahia?": a presença militar norte-americana em Salvador na Segunda Guerra Mundial (PDF) (Artigo). Unisul. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 6-11.
  5. Cruz, Luiz Antônio Pinto (2017). “A Guerra do Atlântico na costa do Brasil”: rastros, restos e aura dos u-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) (PDF) (Tese de Doutorado). Salvador: UFBA. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 257.
  6. Duarte, Paulo de Queiroz (1971). O Nordeste na II Guerra Mundial - Antecedentes e ocupação. Rio de Janeiro: Record
  7. D'Aguiar, Hernani (1976). A Revolução por Dentro. São Cristóvão: Artenova. p. 175-176.
  8. Zachariadhes, Grimaldo Carneiro (org.) (2009). Ditadura militar na Bahia: novos olhares, novos objetos, novos horizontes. Salvador: EDUFBA. p. 76-78.
  9. 6ª RM. «Histórico». Consultado em 23 de junho de 2022
  10. Gonzales, Selma Lúcia de Moura (2008). A territorialidade militar terrestre no Brasil: os Tiros de Guerra e a estratégia de presença (PDF) (Tese de Doutorado). São Paulo: USP. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 66-69.
  11. Kuhlmann, Paulo Roberto Loyolla (2007). Exército brasileiro: estrutura militar e ordenamento político 1984-2007 (PDF) (Tese de Doutorado). São Paulo: USP. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 119.
  12. 6ª RM. «Organizações Militares». Consultado em 23 de junho de 2022
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Ligações externas

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