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Cachoeira (Bahia)

município do Estado da Bahia, Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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 Nota: Para outros municípios com o mesmo nome, veja Cachoeira (desambiguação).

Cachoeira é um município brasileiro no estado da Bahia. Situa-se às margens do Rio Paraguaçu. Está distante cerca de 120 km da capital do estado, Salvador. Sua área é de 395 quilômetros quadrados e a população, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2024, foi de 30 550 habitantes.[4]

Factos rápidos Município do Brasil, Localização ...
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Mapa da cidade de Cachoeira, no OpenStreetMap.
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Cachoeira e o Rio Paraguaçu. Do outro lado do rio, a cidade de São Félix

Cachoeira é uma das cidades baianas que mais preservaram a sua identidade cultural e histórica com o passar dos anos, o que a faz um dos principais roteiros turísticos históricos do estado. Além disto, a imponência do seu casario barroco, das suas igrejas e museus, levou a cidade a alcançar o status de "Cidade Monumento Nacional" e "Cidade Heroica" (pela participação decisiva nas lutas pela independência do Brasil)[7] a partir do Decreto nº 68.045, de 13 de janeiro de 1971, assinado pelo presidente Emílio Garrastazu Médici.

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História

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Bandeira municipal oferecida pelo imperador Dom Pedro I à vila de Cachoeira pelo seu heroísmo durante da guerra da Independência, localizada no Museu do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Fotografia de 1923

Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada pela tribo tupi dos tupinambás.[8]

A fundação do povoado é atribuída ao célebre náufrago português Diogo Álvares Correia, o Caramuru.[9] Foi a iniciativa de duas famílias portuguesas, os Dias Adorno e os Rodrigues Martins, que possibilitou sua elevação a Freguesia de Nossa Senhora do Rosário em 1674. Devido à sua localização estratégica, um entroncamento de importantes rotas que se dirigiam ao sertão, ao Recôncavo, às Minas Gerais ou a Salvador, então capital da colônia, logo passou a se enriquecer e, em 1698, tornou-se a Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira do Paraguaçu - o nome se dá por se situar próxima às quedas d'água presentes na cabeceira do Rio Paraguaçu. Essa Vila da Cachoeira distava 14 léguas da capital e cumpriu uma função logística destacável, pois conectava a rota comercial fluvial com uma rede terrestre de produtores do Recôncavo e de outras áreas da Capitania da Bahia.[10]

O desenvolvimento do cultivo de cana-de-açúcar, da mineração de ouro no Rio das Contas e a intensificação do tráfico pelas estradas reais e da navegação do Rio Paraguaçu colaboraram para o rápido desenvolvimento econômico da região a partir do século XVIII. Segundo José Joaquim de Almeida e Arnizau, a Vila de Cachoeira era um ponto confluente das rotas comercias da Capitania da Bahia.[11] Já em inícios de 1800, a sociedade cachoeirana detinha grande influência política e participa ativamente das guerras pela Independência da Bahia, em 1821, constituindo a Junta de Defesa.[12]

A vila foi elevada à categoria de cidade por decreto imperial de 13 de março de 1837 (Lei Provincial nº 44).

Cachoeira é considerada monumento nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Cachoeira também é a segunda capital do estado, de acordo como a Lei Estadual nº 10.695/07. Todos os anos, no dia 25 de junho, o governo estadual é transferido para a cidade, num reconhecimento histórico pelos feitos da cidade em prol do país.[12][13]

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Política

Cidades-irmãs

Cachoeira possui as seguintes cidades-irmãs:

Patrimônios

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Perspectiva

Casa de Câmara e Cadeia Pública

Construída entre os anos de 1698 e 1712, a Casa de Câmara e Cadeia Pública situa-se no limite da parte plana de Cachoeira, posição estratégica para proteger o prédio das enchentes do Rio Paraguaçu.[15] Por duas vezes, a construção foi sede do Governo Legal da Província. Foi nela ainda que Dom Pedro I foi aclamado Regente e Defensor do Brasil, em 1822. O sobrado possui elementos característicos do estilo barroco e mantém telas de importante valor histórico, como o "Retrato de D. Pedro II", de José Couto e "O primeiro passo para a independência da Bahia", de Antônio Parreiras. O prédio atualmente abriga a Câmara Municipal de Cachoeira e funciona como galeria e museu na parte interna inferior, onde antes se encontrava a cadeia.[16]

Convento e Igreja Nossa Senhora do Carmo

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Matriz do Rosário

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário

Construção do Século XVIII localizada entre a Rua Ana Nery e a Praça 13 de Maio, a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário leva o nome da santa padroeira do município. A igreja Se destaca pela riqueza de seu interior, que possui imagens, telas, alfaias, sacrário de prata e revestimento de azulejos historiados. Do interior de suas torres piramidais, também revestidas de azulejo, é possível apreciar a vista de quase toda a cidade de Cachoeira e parte de São Félix. O local possui um dos maiores conjunto de azulejos portugueses existente no Brasil, juntamente com o convento de São Francisco no centro histórico de Salvador. Um dos maiores fora de Portugal.[17]

Igreja Nossa Senhora da Ajuda

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Imperial Ponte Dom Pedro II

Imperial Ponte Dom Pedro II

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Museu Regional da Cachoeira

Museu Regional da Cachoeira - Sede do IPHAN

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Irmandade da Boa Morte

Centro Cultural da Irmandade da Boa Morte

Centro cultural com o objetivo de preservação da cultura afro-brasileira na Bahia e valorizar a tradicional festa que é patrimônio imaterial da Bahia, a Festa da Boa Morte. Foi reinaugurada em 2014, após ter sido reformado.[18]

Outras atrações

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Galeria

Ver também

Referências

  1. Prefeitura Municipal da Cachoeira. «A Cidade > Localização Geográfica». Consultado em 30 de junho de 2008
  2. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Meio Ambiente». Consultado em 13 de fevereiro de 2023
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 7 de agosto de 2013
  5. «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2021». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 13 de setembro de 2024
  6. BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.
  7. ANDRADE, Adriano (2013). O outro lado da Baía: gênese de uma rede urbana colonial. Salvador: EDUFBA. p. 114. ISBN 978-85-232-1113-4
  8. ARNIZAU, José Joaquim (1998). Memória Topográfica, Histórica, Comercial e Política da Vila da Cachoeira da Província da Bahia. Salvador: Fundação Maria América da Cruz\Instituto Geográfico e Histórico da Bahia\Fundação Cultural do Estado da Bahia. p. 28. ISBN CAA-981-42-CAA Verifique |isbn= (ajuda)
  9. Aqui Salvador (Correio da Bahia). «Capital por um dia». Correiodabahia.com.br. Consultado em 30 de junho de 2008
  10. Agecom. «Sede do Governo da Bahia é transferida para Cachoeira nesta sexta». Prodeb. Consultado em 30 de junho de 2008
  11. «História». Câmara Municipal da Cachoeira. Consultado em 30 de junho de 2024
  12. «Flica» visitado em 14 de outubro de 2015
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Ligações externas

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