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ACM Neto
político brasileiro, prefeito de Salvador entre 2013 e 2020 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto GOMM (Salvador, 26 de janeiro de 1979), mais conhecido como ACM Neto, é um advogado, empresário e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO), do qual é atualmente vice-presidente nacional.
É neto do falecido Antônio Carlos Magalhães (ACM), sobrinho de Luís Eduardo Magalhães e filho de Antônio Carlos Magalhães Júnior (diretor da Rede Bahia), sendo herdeiro político de uma das mais tradicionais famílias políticas do país. Foi eleito prefeito de Salvador em 2012 e reeleito em 2016. Em 2022, candidatou-se ao cargo de governador da Bahia e chegou ao segundo turno, mas não foi eleito.
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Biografia
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ACM Neto nasceu em Salvador no dia 26 de janeiro de 1979,[1] sendo filho de ACM Júnior e de Maria do Rosário Magalhães.[2] Estudou no Colégio Marista e no Colégio Módulo, sendo o último onde completou o segundo grau e fundou o grêmio estudantil.[3][4] Em 2001, formou-se em direito pela Universidade Federal da Bahia.[5]
Em 2 de abril de 2004, casou-se com a médica dermatologista Lídia Salles, em cerimônia celebrada na Catedral Basílica de Salvador, que contou com a presença de diversos parlamentares e políticos.[6] Sua primeira filha, Lívia Salles Magalhães, nasceu em 23 de fevereiro de 2007.[7] Sua segunda filha, Marcela Salles Magalhães, nasceu em 10 de dezembro de 2010.[8] No final de 2011, ACM Neto divorciou-se de Lídia.[9]
No dia 18 de dezembro de 2006, em Salvador, ACM Neto foi vítima sobrevivente de uma tentativa de homicídio planejado e executado por Rita de Cássia Sampaio de Souza, com golpes de peixeira nas costas, tendo sido internado no Hospital da Bahia.[10] A criminosa foi presa, sendo indiciada por tentativa de homicídio qualificado.[11][12] A criminosa alegou que cometeu o crime por "Detestar deputados", pois os mesmos "não fazem nada".[13][14]
Em 13 de dezembro de 2020, ACM Neto casou-se novamente, desta vez com a administradora de empresas Mariana Barreto, 6 meses após conhecê-la. A troca de alianças ocorreu em uma celebração particular para 20 convidados realizada no apartamento de seus pais ACM Júnior e Maria do Rosário.[15]
No dia 22 de julho de 2024, nasceu seu terceiro filho, Antônio Carlos Barreto Magalhães, fruto de seu segundo e mais recente casamento, nome que está há quatro gerações na família.[16][17]
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Carreira política
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Perspectiva
ACM Neto começou a militar na política desde muito jovem, tendo sido o primeiro vice-presidente do grêmio do Colégio Módulo. Acompanhou de perto campanhas do avô, Antônio Carlos Magalhães, e do tio, Luís Eduardo Magalhães.[1] Em 1997, filiou-se ao seu primeiro partido, o PFL,[18] assumindo dois anos depois, em 1999, a diretoria nacional do PFL Jovem.[5] De 1999 a 2002, foi assessor da Secretaria de Educação do Estado da Bahia.[19]
Em 2002, ACM Neto candidatou-se pela primeira vez a um cargo público e foi eleito deputado federal, sendo o candidato mais votado da Bahia pelo então PFL.[20] Em 23 de março de 2005, foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[21] Em 2006, ficou em evidência na mídia por conta de sua participação na CPI dos Correios.[22] Reelegeu-se deputado nas eleições de 2006,[23] tomando posse em 1 de fevereiro de 2007.
Como candidato à prefeitura de Salvador em 2008, não alcançou votação suficiente para ir ao segundo turno, apesar de ter liderado as pesquisas de opinião.[24][25] Ele obteve 26% dos votos contra 30% de ambos os seus concorrentes.[26] No segundo turno, apoiou o então candidato à reeleição João Henrique Carneiro (PMDB) contra Walter Pinheiro (PT).[27]
Em abril de 2009, veio à tona o escândalo das passagens aéreas. À época Corregedor da Câmara dos Deputados e integrante do Conselho de Ética, ACM Neto disse à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, que "achava que a imprensa queria fechar o Congresso Nacional".[28] Afirmou que tinha, sim, o direito de utilizar passagens da Câmara para viajar com a mulher para Paris.[29] Em 2016, negou as supostas irregularidades.[30]
Em maio do mesmo ano, ACM Neto pediu a cassação do deputado Edmar Moreira (DEM-MG), acusado de utilizar a verba indenizatória da Câmara em benefício das próprias empresas.[31] Ele não votou pela cassação do deputado no Conselho de Ética porque era o acusador, mas o seu suplente, Roberto Magalhães (DEM-PE), votou pela cassação.[32] O Conselho decidiu por absolver o parlamentar mineiro, posição que foi criticada por Neto.[33]
Nas eleições de 2010, reelegeu-se deputado federal, sendo o mais votado da Bahia e o oitavo mais votado no Brasil.[34] Em 2011, defendeu no plenário proposta de aumento do salário mínimo para R$560,00.[35] No mesmo ano, foi apontado como o 6º parlamentar mais influente no Congresso.[36]

Nas eleições de 2012, foi eleito prefeito de Salvador no segundo turno, derrotando seu concorrente Nelson Pelegrino (PT) com 53% dos votos contra 46% do adversário.[37] Segundo a Vox Populi, ACM Neto foi considerado duas vezes seguidas (2013 e 2014) o prefeito mais bem avaliado do Brasil, com aprovação de 61% da população soteropolitana, que o credenciaria a uma forte reeleição e à candidatura estadual em 2018, conforme apontava a mídia.[38]
Em 2015, o bom desempenho foi repetido e superado. Segundo o Instituto Paraná, o prefeito tinha 84,7% de aprovação entre os soteropolitanos.[39] Nas eleições de 2016, ACM Neto voltou a derrotar o grupo adversário, conquistando 74% dos votos contra 15% da candidata Alice Portugal (PCdoB) e se reelegendo no primeiro turno.[40] Em 8 de março de 2018, assumiu a presidência nacional do DEM, em substituição a Agripino Maia.[41]
No primeiro turno das eleições de 2018, ACM Neto apoiou e coordenou a campanha de Geraldo Alckmin à presidência da república.[42] Ele chegou a se desentender com seu aliado e candidato ao governo estadual Zé Ronaldo (DEM), que declarou apoio ao então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) sem o seu aval.[43] No segundo turno, Neto declarou voto pessoal em Bolsonaro contra o candidato Fernando Haddad (PT), afirmando, porém, que não concordava com todas as ideias do militar reformado.[44]

Durante a pandemia de COVID-19, em 2020, ACM Neto adotou, enquanto prefeito de Salvador, uma civilidade política entre ele e o governador e adversário Rui Costa (PT), com o objetivo de formar parceria na adoção de medidas contra a emergência de saúde.[45] Para Rui, apesar de fazer parte da oposição, Neto sempre manteve um padrão de relacionamento civilizado entre a prefeitura e o governo do estado.[46] ACM colocou-se contrário à ações do governo Bolsonaro na pandemia, como a ocultação de dados da doença e o negacionismo das vacinas.[47][48]
Em 2019, posicionou-se contrário a uma possível fusão entre o DEM e o PSL, qualificando a situação do então partido bolsonarista como "confusão".[49] No entanto, após as eleições municipais de 2020 e a saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL, deu início às conversas para definir a fusão entre as legendas.[50] Em 8 de fevereiro de 2022, com o registro oficial do União Brasil no TSE,[51] tornou-se secretário-geral do partido.[52]
Nas eleições de 2022, em 5 de agosto, ACM Neto lançou oficialmente sua primeira candidatura ao governo da Bahia.[53] Na votação de 2 de outubro, foi ao segundo turno contra o candidato governista Jerônimo (PT), conquistando 40,80% dos votos válidos contra 49,45% do oponente.[54] Foi a segunda vez na história, após 28 anos, que a disputa para o governo da Bahia é decidida em dois turnos.[55] ACM terminou a eleição derrotado, recebendo 47,21% dos votos contra 52,79% de Jerônimo.[56]
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Desempenho em eleições
Referências
- «Criado na política, ACM Neto assume a capital da Bahia». NE10. 31 de dezembro de 2012. Consultado em 5 de agosto de 2022
- «Mãe de ACM Neto parabeniza prefeito pelos 40 anos: 'Estou em festa por inteiro, de coração, corpo e alma'». Bahia Notícias. 26 de janeiro de 2019. Consultado em 5 de agosto de 2022
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