Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto
Bitis
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Remove ads
Bitis é um género de víboras venenosas que se distribui pela África e Península Arábica meridional.[1] Inclui as maiores e menores víboras de todo o mundo. Os seus membros são conhecidos pelas suas características demonstrações de ameaça que incluem inflar e desinflar os seus corpos ao mesmo tempo que emitem silvos e sopros bastante audíveis.[2] A espécie-tipo para este género é B. arietans,[1] a qual é também a víbora com maior distribuição em África.[3] Actualmente são reconhecidas 14 espécies.[4]
Os membros de este género são vulgarmente conhecidos como víboras-aficanas,[2][3] ou víboras-sopradoras.
Remove ads
Descrição
Resumir
Perspectiva
A variação de tamanhos dentro deste género é muito grande, indo desde a muito pequena B. schneideri, que atinge um comprimento máximo de 28 cm e que é provavelmente o menor viperídeo do mundo, até à muito grande B. gabonica, que pode atingir mais de 2 m de comprimento e é a víbora mais pesada do mundo.[2]
Todas têm uma cabeça alargada e triangular com focinho arredondado, distinta do pescoço, e coberta por pequenas escamas enquilhadas e imbricadas. O seu canthus rostralis é também distinto. Várias espécies possuem escamas rostrais ou supra-oculares que se assemelham a chifres. Os seus olhos são relativamente pequenos. Possuem narinas grandes orientadas para fora e/ou para cima. Até 6 filas de pequenas escamas separam as escamas rostrais das nasais. Todas as espécies possuem um saco supranasal. A parte frontal dos ossos maxilares é muito curta, suportando um único par de presas recurvadas.[2][5]
Estas serpentes são moderada a extremamente corpulentas. Os seus corpos estão cobertos com escamas enquilhadas e imbricadas com fossas apicais. As escamas dorsais são entre 21 e 46. Lateralmente, as escamas dorsais podem ser ligeiramente oblíquas. As escamas ventrais, que são de 112 a 153, são grandes, arredondadas e por vezes com ligeiras quilhas laterais. As suas caudas são curtas e possuem um única escama anal. As escamas subcaudais podem ser de 16 a 37 e por vezes são enquilhadas lateralmente.[2][5]
Remove ads
Distribuição geográfica
As víboras-sopradoras podem ser encontradas em África e no sul da Península Arábica.[1]
Comportamento
As espécies de Bitis são conhecidas pelo comportamente que exibem ao inflar e desinflar os seus corpos durante demonstrações de ameaça que incluem silvos e sopros. São predadores de emboscada terrestres e parecem ser lentas, mas podem atacar com uma rapidez surpreendente.[2] Ao contrário das víboras de fossetas da subfamília Crotalinae, as espécies de Bitis parecem carecer de órgãos sensíveis ao calor e em testes de laboratório não exibiram comportamentos distintos relativamente a objetos frios e quentes que imitavam presas.[6][7]
Reprodução
Todos os membros são vivíparos e alguns dão à luz uma grande quantidade de crias.[2]
Veneno
Todos os mebros deste género são perigosos — alguns extremamente perigosos.[2] Estão disponíveis pelo menos seis antivenenos polivalentes. Cinco são produzidos por Aventis Pasteur (França), Pasteur Merieux (França) e SAIMR (África do Sul). Todos estes protegem especificamente contra B. arietans e quatro cobrem também B. gabonica.[8][9] Pelo menos um protege especificamente contra mordeduras de B. nasicornis: India Antiserum Africa Polyvalent.[10] No passado, estes antivenenos têm sido usados para tratar mordeduras de outras espécies de Bitis, com resultados variáveis.[2]
Remove ads
Espécies
*) Não inclui subespécie nominativa.
T) espécie-tipo.
Remove ads
Taxonomia
Outras espécies podem ser encontradas na literatura, como:[2]
- B. albanica - Hewitt, 1937
- B. armata - Smith, 1826
Lenk et al. (1999) usaram dados moleculares (distâncias imunológicas e sequências de ADN mitocondrial) para estimar as relações filogenéticas entre as espécies de Bitis. Identificaram assim quatro grupos monofiléticos principais, para os quais criaram quatro sub-géneros:[2]
- Bitis - B. arietans
- Calechidna - B. albanica, B. armata, B. atropos, B. caudalis, B. cornuta, B. heraldica, B. inorata, B. peringueyi, B. rubida, B. schneideri, B. xeropaga
- Macrocerastes - B. gabonica, B. nasicornis, B. parviocula
- Keniabitis - B. worthingtoni
Por agora, esta divisão não trouxe grandes consequências no que à nomenclatura diz respeito. No entanto, a definição de sub-géneros é frequentemente um sinal de uma divisão iminente.[2]
Remove ads
Ver também
Referências
- McDiarmid RW, Campbell JA, Touré T. 1999. Snake Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference, Volume 1. Washington, District of Columbia: Herpetologists' League. 511 pp. ISBN 1-893777-00-6 (series). ISBN 1-893777-01-4 (volume).[falta página]
- Mallow D, Ludwig D, Nilson G. 2003. True Vipers: Natural History and Toxinology of Old World Vipers. Malabar, Florida: Krieger Publishing Company. 359 pp. ISBN 0-89464-877-2.[falta página]
- Spawls S, Branch B. 1995. The Dangerous Snakes of Africa. Dubai: Ralph Curtis Books. Oriental Press. 192 pp. ISBN 0-88359-029-8.[falta página]
- U.S. Navy. 1965. Poisonous Snakes of the World. Washington, District of Columbia: United States Government Printing Office. 212 pp.[falta página]
- Safer, Adam B; Grace, Michael S (2004). «Infrared imaging in vipers: Differential responses of crotaline and viperine snakes to paired thermal targets». Behavioural Brain Research. 154 (1): 55–61. PMID 15302110. doi:10.1016/j.bbr.2004.01.020
- Krochmal, Aaron R.; Bakken, George S.; LaDuc, Travis J. (2004). «Heat in evolution's kitchen: evolutionary perspectives on the functions and origin of the facial pit of pitvipers (Viperidae: Crotalinae)». Journal of Experimental Biology. 207 (24): 4231–8. PMID 15531644. doi:10.1242/jeb.01278
- «Bitis arietans antivenoms». www.toxinfo.org at «Munich AntiVenom INdex». www.toxinfo.org. Accessed 25 August 2006.
- «Bitis gabonica antivenoms». www.toxinfo.org at «Munich AntiVenom INdex». www.toxinfo.org. Accessed 25 August 2006.
- «Miami-Dade Fire Rescue Venom Response Unit». www.venomousreptiles.org at «VenomousReptiles.org». www.venomousreptiles.org. Accessed 5 September 2006.
- Largen, M., and Spawls, S. 2010. The Amphibians and Reptiles of Ethiopia and Eritrea. Frankfurt am Main: Edition Chimara. ISBN 978-3-89973-466-9[falta página]
Leitura adicional
Ligações externas
Wikiwand - on
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Remove ads