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CPFL Energia
grupo de concessionárias de distribuição de energia elétrica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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CPFL Energia é um grupo do setor de energia do Brasil, com sede em Campinas, São Paulo, e que atua no segmento de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica.
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História
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Perspectiva
Origem
A CPFL foi fundada por José Balbino de Siqueira e Manfredo Antônio da Costa, dois engenheiros da Escola Politécnica de São Paulo que, acreditando no potencial de um país que começava a se industrializar e ganhar contornos urbanos, foram os grandes responsáveis por consolidar as empresas que forneciam energia para as cidades de Botucatu, São Manuel e Dois Córregos.[3]
Nascia assim em 16 de novembro de 1912 a Companhia Paulista de Força e Luz, a partir da fusão de quatro companhias (Empresa Força e Luz de Botucatu, Empresa Força e Luz de São Manoel, Empresa Força e Luz de Agudos-Pederneiras e Companhia Elétrica do Oeste de São Paulo). Em 1927, a empresa passou do controle privado nacional ao controle estrangeiro através da venda à empresa American & Foreign Power, pertencente a uma subsidiária da General Electric, permanecendo sob seu controle até 1964, quando foi estatizada e encampada pela Eletrobrás.[3]
Expansão
Em 1973 a CPFL adquiriu a empresa privada dos municípios de São Carlos e Descalvado, à CPE (Companhia Paulista de Eletricidade), que era uma das mais antigas empresas de eletricidade do Brasil. Fundada em 1890, inaugurou a primeira hidrelétrica do estado de São Paulo, a usina de Monjolinho, em julho de 1893.[3]
Em 1975, teve o controle acionário repassado à CESP (Companhia Energética de São Paulo), pertencente ao governo de São Paulo.
Privatização
A CPFL Paulista se manteve sob controle estatal até novembro de 1997, quando foi privatizada por R$ 3,015 bilhões e teve seu controle repassado ao Grupo VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa) (45%), além do fundo de pensão Previ (38%) e Bonaire Participações (que reunia os fundos Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev) (17%).[4]
Foi feita uma reestruturação societária, com a criação da holding CPFL Energia em 1998. A partir da privatização, houve desmembramentos das regionais e novas regionais foram criadas para melhor redimensionamento e atendimento a população.[5]
Em 1999, ocorreu a privatização da Empresa Bandeirante de Energia, oriunda da cisão da Eletropaulo. Tendo a empresa sido adquirida em consórcio da CPFL com a EDP. Em 2001, a companhia foi parcialmente cindida, tendo sido constituídas a Bandeirante Energia, controlada pela EDP, e a CPFL Piratininga, sob controle da CPFL.[5][1]
Em 2000, os ativos de geração de energia foram segregados com a criação da CPFL Geração.[5][1]
Em 2001, a CPFL Paulista adquiriu o controle acionário da Rio Grande Energia (“RGE”), empresa de distribuição de energia das regiões norte e nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, fruto da cisão da CEEE.[5][1]
Em 2002, foi criada a CPFL Brasil, com o objetivo de fornecer energia elétrica às distribuidoras controladas da CPFL Energia, e comercializar e gerir energia no ambiente de contratação livre.[5][1]
Em 2004, foi feita Oferta Pública de Ações (IPO) na Bolsa de Valores de São Paulo e na Bolsa de Nova Iorque.[6]
Em 2006, adquiriu a Companhia Jaguari de Energia (CPFL Jaguari). No ano seguinte, comprou a CMS Energy Brasil, que atuava nos segmentos de distribuição e geração em São Paulo.[7][1]
Em 2007, o Bradesco, através da holding Bradespar, vendeu as ações da VBC. Em 2009, a Camargo Corrêa comprou as ações da VBC que pertenciam a Votorantim, tornando-se, o único acionista da holding.[8][1]
Em 2010, adquiriu a Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL Santa Cruz), da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), pertencente ao grupo Votorantim.[9]
Em 2011, foi criada a CPFL Renováveis, a partir da associação de ativos e projetos da CPFL e da ERSA em PCHs, parques eólicos e usinas termelétricas a biomassa.[4][1]
Em 2012, foi criada a CPFL Transmissão, para operar a concessão do Leilão de Transmissão ANEEL 007/2012.[5][1]
Em 2016, adquiriu a AES Sul, que teve nome modificado para RGE Sul e foi fundida com a distribuidora RGE em 2019.[10]
Aquisição pela State Grid
Em janeiro de 2017, a empresa chinesa State Grid, a maior empresa do setor elétrico do mundo, concluiu a aquisição de 54,64% de participação acionária da CPFL Energia por R$ 14 bilhões. No mesmo ano, a State Grid realizou Oferta Pública de Aquisição (OPA), por meio da qual passou a deter 94,75% do capital social da holding.[11]
Em julho de 2021 a CPFL Energia arrematou a elétrica gaúcha CEEE-T (CEEE Transmissão), em leilão de privatização, por R$ 2,67 bilhões, com ágio de 57,13% ante o mínimo previsto.[12]
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Áreas de atuação
No momento, o Grupo CPFL, através de suas 4 distribuidoras, atua em 687 municípios, numa área de 300.000 km², com 17,2 milhões de clientes nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, numa área que atende aproximadamente 22 milhões de habitantes.[13][14]
No ramo de geração, possui capacidade instalada no setor de 4,53 GW de geração, sendo 95,6% de fontes renováveis.
Distribuição de energia
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Perspectiva
Distribuidoras
Unificação

No início de 2018 a CPFL Energia agrupou cinco subsidiárias de distribuição de energia em busca de otimizar custos administrativos e operacionais:[19]
- CPFL Santa Cruz (Companhia Luz e Força Santa Cruz)
- CPFL Jaguari (Companhia Jaguari de Energia)
- CPFL Mococa (Companhia Luz e Força Mococa)
- CPFL Leste Paulista (Companhia Leste Paulista de Energia, antiga CPEE-Companhia Paulista de Energia Elétrica)
- CPFL Sul Paulista (Companhia Sul Paulista de Energia)
Na operação a CPFL Jaguari incorporou as demais distribuidoras, e as empresas incorporadas deixaram de existir, surgindo a nova CPFL Santa Cruz (Companhia Jaguari de Energia), que nasce com um faturamento de R$ 882 milhões e lucro de R$ 60,1 milhões, atendendo aproximadamente 442 mil consumidores.[17]
Em dezembro de 2018, a ANEEL autorizou a incorporação da RGE pela RGE Sul em um único contrato de concessão, sendo confirmada mais tarde pela Comissão de Valores Mobiliários.[20] O nome fantasia que restou da fusão foi simplesmente RGE.[21]
Geração de energia
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Perspectiva
A "CPFL Geração" e a "CPFL Renováveis" possuem 8 (oito) Usinas Hidrelétricas (UHEs), 46 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), duas Usinas Termelétricas (UTE), 6 CGHs, 49 parques eólicos, 7 Usinas a Biomassa e 1 Usina Solar Fotovoltaica. No total, alcançam uma potência instalada de 4,371 GW de geração (2023), sendo a matriz hídrica responsável por 56,46%, eólica por 31,80% e biomassa 7,54%.[22][23]
Reservatório da Usina Hidrelétrica de Campos Novos - Algumas usinas
- Usina Hidrelétrica Serra da Mesa (1 275 MW) - Minaçu (51,54%)
- Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó (855 MW) - Águas de Chapecó (51%)
- Usina Hidrelétrica de Campos Novos (880 MW) - Campos Novos, Celso Ramos, Anita Garibaldi e Abdon Batista (48,72%)
- Usina Hidrelétrica de Barra Grande (690 MW)- Anita Garibaldi e Pinhal da Serra (25,01%)
- Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães (902,5 MW) - Miracema do Tocantins e Lajeado (3,56%)
- Usina Hidrelétrica Salto Grande (30 MW)- Americana
- Usina Hidrelétrica Chibarro (2,2 MW) - Araraquara
- Usina Hidrelétrica Capão Preto (5,52 MW) - São Carlos
- Usina Hidrelétrica Monjolinho (0,6 MW)- São Carlos
- Usina Termelétrica Termoparaíba (170 MW) - João Pessoa
- Usina Termelétrica Termonordeste (170 MW) - João Pessoa
- Complexo Eólico de Praia Formosa (105 MW) - Camocim
- Complexo Eólico Campo dos Ventos (105,6 MW) - João Câmara
- Complexo Eólico Morro dos Ventos (174,36 MW) - João Câmara
- Complexo Eólico Atlântica (120 MW) - Palmares do Sul
- Complexo Eólico Santa Clara (180 MW) - Parazinho
- Complexo Eólico Gameleira (81,65 MW) - Touros
- Complexo Eólico Canoa Quebrada (67,5 MW) - Aracati
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Transmissão de energia
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Perspectiva
Em leilão realizado na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, em julho de 2021, a CPFL, por meio de sua subsidiária CPFL Cone Sul arrematou o controle acionário da Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (“CEEE-T”) por R$ 2,67 bilhões, ágio de 57,13% ante o mínimo de R$ 1,7 bilhão. Foi adquirido aproximadamente 66,08% do capital social total da CEEE-T (sendo, aproximadamente, 67,12% das ações ordinárias e 0,72% das ações preferenciais), que eram detidas Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações – CEEE-Par.
Em abril de 2022, a CPFL Cone Sul comprou a participação acionária de 32,66% da Eletrobrás na CEEE-T por R$ 1,1 bilhão. Com a aquisição, a CPFL Cone Sul passou a deter aproximadamente 99,26% do capital social total, sendo 99,68% das ações ações ordinárias e 72,80% das ações preferenciais.[24]
A CEEE-T opera por todo o Rio Grande do Sul e possui 56 subestações, que somam potência instalada própria de 10,5 mil MVA. A empresa é responsável pela operação e manutenção de 121 de linhas de transmissão que totalizam 6 mil km, representando 60% do serviço de transmissão no território do estado.[25][26]
A CPFL Transmissão opera 6.120 km de linhas de transmissão e 88 subestações no total (2022), nas linhas de transmissão: 500kV, 440kV, 230kV, 138kV, 69kV, e com diversos modelos de estrutura, estando presente em quatro estados (São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará).[26]
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CPFL Soluções
A CPFL Soluções atende consumidores do média e alta tensão com soluções integradas adaptadas às suas necessidades, oferecendo serviços de gestão de energia, manutenção elétrica, eficiência energética, mercado livre de energia, infraestrutura energética, descarbonização e energia solar para empresas.[27]
A CPFL Soluções é formada pela CPFL Brasil, comercializadora de energia, e pela CPFL Serviços, que atua na infraestrutura de energia.[27]
A CPFL tem o Centro de Serviços Compartilhados, que reúne empresas especializadas em serviços de backoffice e de apoio às atividades operacionais, atuando em serviços e canais de atendimento aos clientes, gestão centralizada de toda a cadeia de suprimentos, recursos humanos, gestão de ativos patrimoniais e finanças.[27]
A CPFL Total e a Alesta oferecem serviços financeiros integrados ao pagamento das faturas de energia.[27]
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Outras áreas
Cultura
O braço da empresa que financia projetos culturais é a CPFL Cultura. Criada em 2003, conta com palestras, debates, cinema, teatro e exposições de arte. Coloca artistas, intelectuais e especialistas em contato com diferentes públicos para a discussão de grandes temas. Esses encontros dão origem a produtos culturais, como as séries televisivas Café Filosófico e Invenção do Contemporâneo, exibidas pela TV Cultura e pelas plataformas digitais.[28]
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Investimentos
Galeria
- Tampão retangular da CPFL.
Ver também
Referências
- Editorial, Reuters. «CPFE3.SA - CPFL Energia S.A. Profile | Reuters». www.reuters.comundefined (em inglês). Consultado em 29 de janeiro de 2022
- «História CPFL Energia | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- «História CPFL Energia | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- «Breve histórico da Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL». Memória da Eletricidade. Consultado em 10 de março de 2024
- «CPFL Energia CPFE3». InfoMoney. Consultado em 10 de março de 2024
- «CPFL Energia paga US$ 211 milhões pela CMS Energy Brasil». O Globo. 12 de abril de 2007. Consultado em 10 de março de 2024
- «State Grid adquire o controle acionário da CPFL Energia | CPFL». www.cpfl.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- «RGE e RGE Sul anunciam fusão na distribuição de energia». Diário de Santa Maria. Consultado em 10 de março de 2024
- «Chinesa State Grid adquire controle acionário da CPFL Energia». G1. 24 de janeiro de 2017. Consultado em 10 de março de 2024
- «CPFL Energia vence disputa por CEEE-T, com oferta de R$ 2,67 bilhões». Valor Econômico. 16 de julho de 2021. Consultado em 18 de julho de 2021
- «Distribuição | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- «Distribuição | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 22 de abril de 2023
- «CPFL Paulista | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- «CPFL Piratininga | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- «CPFL Santa Cruz | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- «RGE | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- «Mapas de concessão (energia elétrica e gás natural)». FIESP. Consultado em 7 de fevereiro de 2022
- «CPFL Energia agrupa concessões das distribuidoras RGE Sul e RGE». Isto É. 31 de dezembro de 2018. Consultado em 6 de abril de 2020
- «CPFL Energia anuncia incorporação da RGE pela RGE Sul». Canal Energia. 2 de janeiro de 2019. Consultado em 6 de abril de 2020
- «CPFL Geração e Renováveis | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 22 de abril de 2023
- «Geramos Energia Limpa | CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 8 de setembro de 2024
- thunders. «Eletrobras vende participação na CEEE-T por R$ 1,1 bilhão». www.canalenergia.com.br. Consultado em 13 de novembro de 2022
- «Subestações e linhas de transmissão — Portal CEEE». www.ceee.com.br. Consultado em 13 de novembro de 2022
- «Transmissão | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 13 de novembro de 2022
- CPFL Energia. «Relatório Anual 2023»
- «CULTURANDO» (em inglês). Consultado em 29 de janeiro de 2022
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Ligações externas
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