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Campeonato Mundial de Voleibol Masculino

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O Campeonato Mundial de Voleibol Masculino é uma competição de voleibol organizada pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) a cada quatro anos. Foi a primeira competição internacional promovida por esta entidade.

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História

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Origens

A história do Campeonato Mundial remonta aos primórdios de voleibol como um esporte profissional de alto nível. Uma das principais motivações para a criação da FIVB em 1947 foi a necessidade de fundar uma instituição capaz de organizar torneios que envolvessem times de diversos continentes. A primeira medida concreta neste sentido foi tomada já dois anos mais tarde, com o estabelecimento da primeira edição desta competição, ainda restrita à Europa e contando apenas com times masculinos. Em 1952, foram incluídos times asiáticos e uma versão feminina do torneio, que passou a ser disputado em ciclos de quatro anos. Na edição seguinte, já participavam igualmente equipes dos três continentes americanos.

Em 1964, o voleibol foi incorporado ao programa dos Jogos Olímpicos. Para evitar coincidência de datas, os ciclos do Campeonato Mundial foram atrasados em dois anos após a quarta edição (1960), passando a alternar-se com as Olimpíadas. A partir de 1970, times da África já disputavam o torneio, atingindo-se assim o objetivo original de ter representantes das cinco confederações continentais envolvidos nas disputas.

O número de participantes do torneio mudou diversas vezes ao longo dos anos. Acompanhando o crescimento de popularidade do voleibol em escala mundial, ele aumentou em passo constante até superar a marca das vinte equipes na década de 1970 e em parte da década de 1980, foi reduzido então para apenas dezesseis na década de 1990, sendo em seguida finalmente fixado em vinte e quatro, a partir de 2002. Dentre as competições organizadas pela FIVB, o Campeonato Mundial é hoje a mais abrangente, e uma das mais importantes, equiparando-se em prestigio ao Torneio Olímpico de Voleibol.

Até 1974, a nação sede organizava as duas modalidades do torneio, tanto a masculina quanto a feminina - com uma única exceção em 1966/1967, quando os eventos ocorreram em anos diferentes. A partir da década de 1980, esta prática caiu em desuso. Nos últimos anos, todavia, ela voltou a ser observada quando a competição foi realizada no Japão, o que ocorreu em 1998 e 2006.

Edições

A história do Campeonato Mundial mostra claramente como o voleibol foi um esporte originalmente dominado por times europeus.

As primeiras duas edições do torneio foram vencidas pela União Soviética. Após chegar duas vezes sem sucesso à final, a antiga Checoslováquia conquistou finalmente o ouro em 1956. Seguiram-se mais duas vitórias para os soviéticos, em ambos os casos sobre os checos, que obtiveram então em 1966 o seu segundo título na competição.

Em 1970, a Alemanha Oriental bateu a Bulgária nas finais e obteve o seu primeiro e único Campeonato Mundial. Na edição seguinte, a União Soviética ameaçou reassumir o lugar mais alto do pódio, mas terminou derrotada pela Polônia nas finais. Os soviéticos, todavia, confirmaram a sua liderança vencendo, pela terceira vez, duas edições consecutivas do torneio.

Em 1986, teve lugar o primeiro confronto relevante entre os Estados Unidos e a União Soviética após os boicotes olímpicos de 1980 e 1984. Como seria o caso dois anos mais tarde, nas Olimpíadas de Seul, o resultado final favoreceu os americanos. A Itália dominou completamente o torneio na década de 1990, vencendo todas as três edições que ocorreram nesta década (1990, 1994 e 1998).

No início do século XXI, o Brasil tornou-se o maior expoente do voleibol mundial. Em 2002, os brasileiros retornaram à Argentina para reclamar o ouro que haviam perdido vinte anos antes como vice-campeões de 1982. Defensor do título, mostrou força no torneio seguinte em 2006 e conquistou o bicampeonato sobre a Polônia. Em 2010 conquistou seu terceiro título consecutivo com uma vitória sobre Cuba, igualando o feito da Itália na década anterior.[1] A sequência de títulos brasileiros foi quebrada em 2014, quando a Polônia aproveitou-se do fato de sediar a competição para vencer o torneio pela segunda vez,[2] repetindo a vitória na final sobre os brasileiros em 2018.

Até hoje, foram disputadas 20 edições do Campeonato Mundial: dezesseis foram vencidas por times europeus (União Soviética 6 vezes; Itália 4; Polônia 3; Checoslováquia 2; Alemanha Oriental, 1), e apenas quatro por times de outros continentes (Brasil três vezes e Estados Unidos uma).

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Formato da competição

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O formato do Campeonato Mundial tem sido constantemente adaptado para ajustar-se ao número de participantes do torneio. Algumas das regras que são usualmente praticadas incluem:

  • Contempla um total de 24 equipes participantes.
  • O processo de qualificação para o Campeonato Mundial é longo e difícil, durando em alguns continentes mais de dois anos.
  • Os times que sediam o evento e os campeões da última edição estão automaticamente qualificados.
  • O total de vagas concedido a cada confederação continental é determinado pela FIVB: a Europa costuma ter o maior número, enquanto a África e a América do Sul geralmente tem o menor número.
  • Para participar do Campeonato Mundial, cada equipe deve classificar-se em uma série de torneios qualificatórios, dependendo de sua posição no Ranking Mundial da FIVB. Times mal posicionados podem ter de disputar até três torneios desta natureza para assegurarem uma vaga; times bem posicionados usualmente disputam apenas um.
  • A competição é dividida em pelo menos duas fases: uma preliminar e uma final. Conforme o número de equipes, pode ser necessário disputar igualmente uma ou mais fases intermediárias.
  • Na fase preliminar, os times são organizados em chaves. Cada time realiza uma partida contra todos os outros times em sua chave.
  • Quando todas as partidas da fase preliminar foram disputadas, os n melhores times em cada chave qualificam-se para a(s) fase(s) seguinte(s), e o restante deixa a competição. O valor de n depende do número de times participantes e do formato que será adotado nas finais.
  • A FIVB já empregou diversos formatos diferentes para as finais. Há alguns anos, parece haver consenso de que pelo menos as semifinais e as finais devem ser disputadas em cruzamento olímpico.
  • Para as quartas de final, emprega-se usualmente uma de duas soluções: ou repete-se o modelo da preliminar, em que os times são organizados em chaves e jogam todos contra todos; ou adota-se o confronto direto por cruzamento olímpico. Neste caso, podem ser necessárias rodadas intermediárias adicionais para reduzir o número de equipes para oito.
  • As regras para a convocação de atletas são bastante rígidas. Cada time só pode indicar catorze atletas, e trocas fora dos prazos legais não são permitidas nem mesmo no caso de acidentes.
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Resultados

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Quadro de medalhas

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MVPs por edição

Notas

  1. A FIVB considera a Rússia como herdeira dos históricos da União Soviética.
  2. A FIVB considera a República Tcheca como herdeira do histórico da Tchecoslováquia.
  3. Após a reunificação alemã, a Alemanha absorveu o histórico da Alemanha Ocidental; já a Alemanha Oriental manteve seu histórico separado.
  4. A FIVB considera a Sérvia como herdeira dos históricos da Iugoslávia e da Sérvia e Montenegro.
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