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Embraer E-Jets
Série de aviões ''narrow-body'' bimotores, a jato, de médio alcance, produzidos pela brasileira Embraer. A família é composta pelos aviões de ''part name'' Embraer 170, Embraer 175, Embraer 190 e Embraer 195. Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A família Embraer E-Jets é uma série de aeronaves turbofan bimotoras, narrow-body, de médio alcance, para 80-124 passageiros, desenvolvida pela Embraer, fabricante brasileira de aeronaves comerciais, militares e executivas.
É constituída pelos modelos Embraer 170, Embraer 175, Embraer 190 e Embraer 195, que têm sistemas idênticos, diferindo apenas no comprimento da fuselagem e capacidade de passageiros. Foi anunciada no Salão Aeronáutico de Paris em 1999 e teve a produção iniciada em 2002, transformando-se rapidamente num sucesso de vendas.[3]
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Histórico
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Perspectiva
Durante a década de 1990, após o sucesso alcançado pela família de jatos regionais Embraer ERJ, Como a demanda pela série ERJ se mostrou forte desde o início, a empresa decidiu que não poderia depender apenas de uma família de aeronaves e examinou suas opções para produzir um jato regional complementar, incluindo projetos que seriam maiores e mais avançados do que suas aeronaves anteriores.[4] A Embraer apostou no desenvolvimento de uma nova família de aeronaves, com capacidade entre 70 e 90 passageiros, ampliado depois para 122 passageiros com o Embraer 195. Optou-se por começar o desenvolvimento do zero, o que transformou os E-Jets, como são conhecidos, na primeira família desenvolvida após os EMB-120 Brasília, já que os ERJ eram baseados na fuselagem deste.
O primeiro modelo lançado foi o Embraer 170, seguido do Embraer 190 e depois do Embraer 195. Em novembro de 2015, a Azul recebeu o 1200° E-jet construído, matriculado PR-AUP, e em dezembro de 2017, a unidade 1400 da família, um modelo E-175, foi entregue para a American Airlines.[5][6]
Em março de 1997, a Embraer fez sua primeira divulgação pública de que estava estudando uma nova aeronave de 70 assentos, que foi inicialmente chamada de EMB 170; esta revelação foi emitida simultaneamente com o anúncio do desenvolvimento do ERJ 135.[7]concebido originalmente, o EMB 170 apresentaria uma nova asa e fuselagem de maior diâmetro acoplada ao nariz e à cabine do ERJ 145. O derivado proposto teria custado US$ 450 milhões para ser desenvolvido.[8] Enquanto a Alenia, a Aerospatiale e a British Aerospace, por meio da AI(R), estudavam o Airjet 70 baseado na fuselagem do ATR 42/72 para um alcance de 2.200 km (1.200 nmi; 1.400 mi), a AI(R) e a Embraer estudavam um desenvolvimento conjunto de um jato de 70 assentos, uma vez que seus projetos separados ainda não haviam sido lançados.
Em fevereiro de 1999, a Embraer anunciou que havia abandonado a abordagem derivada em favor de um design totalmente novo.[9] Em 14 de junho de 1999, a família E-Jet foi lançada formalmente no Paris Air Show, inicialmente usando as designações gêmeas ERJ-170 e ERJ-190; estas foram posteriormente alteradas para Embraer 170 e Embraer 190, respectivamente.[10] Os clientes de lançamento do avião foram a companhia aérea francesa Régional, que fez dez pedidos e cinco opções para o E-170, e a companhia aérea suíça Crossair, que havia encomendado 30 E-170s e 30 E-190s.[11]
Durante julho de 2000, a produção de componentes para a construção do protótipo e das fuselagens de teste começou.[12] Dificuldades com a aviônica avançada selecionada para a aeronave, fornecida pela empresa americana Honeywell, levaram a atrasos no cronograma de desenvolvimento; originalmente, o primeiro voo estava programado para ocorrer em 2000. Em 29 de outubro de 2001, o primeiro protótipo PP-XJE foi lançado em São José dos Campos, Brasil.[13][10]
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Características
É um birreator com fuselagem "double-bubble", quatro assentos por fileira, de dois a dois, concebido para maximizar o conforto dos passageiros.
Concorrentes
O Embraer 195 é concorrente direto do Bombardier CRJ-900 e CS 100/300, Airbus A319-100, Sukhoi Superjet 100 e Mitsubishi Regional Jet MRJ, este último cancelado em 2020.
A família de aviões Embraer 170/190 tem como alvo o segmento de mercado voltado às companhias aéreas que necessitam aviões de 70 a 124 passageiros.
Variantes
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Perspectiva
Embraer E-170

O E-170, inicialmente chamado de ERJ-170, foi lançado em junho de 1999 como a menor aeronave da família E-Jets e a primeira a ser desenvolvida. O protótipo ficou pronto em 2001, e o voo inaugural ocorreu em 17 de fevereiro de 2002.[14] Seu primeiro voo comercial em março de 2004, foi feito pela LOT Polish Airlines, entre Varsóvia e Viena.[15] Em 2017, a produção do E-170 foi encerrada, totalizando 191 aeronaves fabricadas.[16] O E-170 normalmente acomoda cerca de 72 passageiros em uma configuração típica de classe única, 66 em uma configuração de classe dupla e até 78 em uma configuração de alta densidade. O E-170 competiu diretamente com o Bombardier CRJ700 e vagamente com o turboélice Bombardier Q400.
Embraer E-175

O E-175, inicialmente era conhecido como ERJ-170-200, foi lançado em 2001 como uma versão ligeiramente alongada do E-170. O voo inaugural ocorreu em dezembro de 2002.[17] Seu primeiro voo comercial ocorreu na Air Canada em julho de 2005.[18] A aeronave normalmente acomoda cerca de 78 passageiros em uma configuração típica de classe única, 76 em uma configuração de classe dupla e até 88 em uma configuração de alta densidade. Como o E-170, ele é equipado com motores General Electric CF34-8E de 14.200 libras-força (62,28 kN) de empuxo cada.[19] Ele competiu com o Bombardier CRJ900 no segmento de mercado anteriormente ocupado pelos anteriores BAe 146 e Fokker 70.
O E-175 foi inicialmente equipado com o mesmo estilo de winglets que o resto da família E-Jets. A partir de 2014, os winglets foram feitos mais largos e mais angulados. Esses winglets e outras mudanças na aeronave ao longo do tempo melhoraram a eficiência. A Embraer disse que as aeronaves produzidas após 2017 consomem 6,4% menos combustível do que as aeronaves E-175 originais.[20][21] Os winglets angulados aumentam a envergadura de 26 m (85 pés) para 28,65 m (93 pés).[22] Essa mudança de winglet foi disponibilizada apenas para o E-175 e nenhum outro modelo da família.
Em 2025, o E-175 continua em produção, com forte demanda de companhias aéreas regionais nos Estados Unidos, que não podem encomendar o mais novo, mas mais pesado E175-E2 devido às restrições da cláusula de escopo sobre o peso máximo de decolagem.[23]
Embraer E-190

O E-190, foi lançado em junho de 1999. O voo inaugural ocorreu em março de 2004.[25] Seu primeiro voo comercial ocorreu na companhia aérea de baixo custo JetBlue, em outubro de 2005. Os modelos E190/195 são extensões maiores dos modelos E170/175 equipados com uma asa nova e maior, um estabilizador horizontal maior, adicionando duas saídas de emergência sobre as asas e um novo motor. O Embraer 190 é equipado com dois motores turbofan General Electric CF34-10E montados sob as asas, com potência nominal de 82,29 kN (18.500 lbf). Os motores são equipados com controle digital de motor de autoridade total (FADEC). O sistema de gerenciamento computadorizado e totalmente redundante otimiza continuamente o desempenho do motor, resultando em consumo de combustível e requisitos de manutenção reduzidos. A aeronave transporta 13.000 kg (29.000 lb) de combustível e é equipada com um sistema de combustível Parker Hannifin.
A Embraer ofereceu três variantes do E190: o STD (Standard), LR (Long Range) e AR (Advanced Range). O STD serviu como modelo base, enquanto o LR apresentou um peso máximo de decolagem (MTOW) que foi aumentado em 2.510 kg (5.530 lb), enquanto o AR apresentou um MTOW que foi aumentado em 1.500 kg (3.300 lb) em comparação com o LR, permitindo o transporte de mais combustível. Este aprimoramento estendeu o alcance em 50 nmi (93 km; 58 mi).[26]
A aeronave é equipada com uma unidade de energia auxiliar Hamilton Sundstrand e sistema elétrico. O GE CF34-10E, os clientes podem escolher entre 5 variantes diferentes (-10E5, -10E5A1, -10E6, -10E6A1, -10E7), cada uma com desempenho e capacidades diferentes. É o único motor oferecido para a aeronave. Essa aeronave compete com o Bombardier CRJ-1000. Ele pode transportar até 100 passageiros em uma configuração de duas classes ou até 124 na configuração de alta densidade de classe única.[27]
Embraer E-195

O E-195, inicialmente era conhecido como ERJ-190-200, foi lançado em . O voo inaugural ocorreu em dezembro de 2004. Seu primeiro voo comercial ocorreu na extinta companhia britânica de baixo custo Flybe, em setembro de 2006. É a versão mais alongada do Embraer 190 e é equipado com dois motores turbofan General Electric CF34-10E montados sob as asas. Os motores são equipados com controle digital de motor de autoridade total (FADEC). O sistema de gerenciamento computadorizado e totalmente redundante otimiza continuamente o desempenho do motor, resultando em menor consumo de combustível e menor necessidade de manutenção. A aeronave transporta 13.000 kg (29.000 lb) de combustível e é equipada com um sistema de combustível Parker Hannifin.
A Embraer ofereceu três variantes do E190: o STD (Standard), LR (Long Range) e AR (Advanced Range). O STD serviu como modelo base, enquanto o LR apresentou um peso máximo de decolagem (MTOW) que foi aumentado em 2.510 kg (5.530 lb), enquanto o AR apresentou um peso máximo de decolagem (MTOW) que foi aumentado em 1.500 kg (3.300 lb) em comparação com o LR, permitindo o transporte de mais combustível. Este aprimoramento estendeu o alcance em 300 nmi (560 km; 350 mi) para o E-195.[28]

A aeronave está equipada com uma unidade de energia auxiliar Hamilton Sundstrand e sistema elétrico. O GE CF34-10E, avaliado em 18.500 lb (82,30 kN), é o único
motor oferecido para a aeronave. Essas aeronaves competem com o Airbus A220-100, Boeing 717-200, Boeing 737-500, Boeing 737-600 e o Airbus A318. Pode transportar até 100 passageiros em uma configuração de duas classes ou até 124 na configuração de alta densidade de classe única.[29]
Embraer 190 FAB VC-2

A Força Aérea Brasileira tem dois Embraer 190, designados FAB VC-2, utilizados normalmente para voos domésticos pela Presidência da República, por ministros de Estado e outras autoridades do governo brasileiro. Em alguns casos, são utilizados em operações especiais. Substituíram em 2009 os antigos Boeing 737-200 FAB VC 96, que ficaram obsoletos.
A primeira aeronave, batizada de Bartolomeu de Gusmão, foi entregue em setembro de 2009. As aeronaves possuem sistemas que permitem a comunicação de forma segura e equipamentos de voo de última geração.[30]
Em fevereiro de 2020, os dois FAB VC-2 transportaram quarenta pessoas, sendo 34 brasileiros, quatro poloneses, uma chinesa e uma indiana, que estavam em quarentena na China, por suspeita de terem contraído pneumonia pelo novo coronavírus. Os quatro passageiros poloneses, e as passageiras chinesa e indiana desembarcaram numa escala na Polônia. Depois de uma escala técnica no aeroporto de Las Palmas, nas ilhas Canárias, os 34 brasileiros seguiram ao Brasil, com destino à Base Aérea de Anápolis, onde ficaram em quarentena. Antes de Anápolis, as aeronaves fizeram mais uma escala técnica no aeroporto de Fortaleza, na capital cearense.[31][32][33]
E-190F e E-195F (cargueiros)
Em março de 2022 foram lançadas as versões para transporte de carga E-190F e E-195F, previstas para entrar em serviço em 2024. Os modelos dispõem na porção dianteira da fuselagem de uma porta de carga dimensionada para permitir o embarque de containers. Também contam, entre outras facilidades, com sistema de movimentação de carga, piso reforçado, barreiras de carga, sistema de detecção de fumaça no compartimento de carga e provisão para transporte de materiais perigosos. As capacidades de carga útil são de 10,7 t (23 600 lb) para o E-190F e 12,3 t (27 100 lb) para o E-195F.[34]
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Especificações
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Ver tambem
Referências
- Defesa, Redação Forças de (18 de fevereiro de 2023). «Embraer entrega 80 jatos no 4T22 e 159 jatos em 2022». Poder Aéreo – Aviação, Forças Aéreas, Indústria Aeroespacial e de Defesa. Consultado em 18 de julho de 2025
- Defesa, Redação Forças de (21 de julho de 2025). «Máxima histórica: Embraer encerra 2T25 com carteira de pedidos de US$29,7 bilhões». Poder Aéreo – Aviação, Forças Aéreas, Indústria Aeroespacial e de Defesa. Consultado em 21 de julho de 2025
- «Sucessos na venda dos Ejets da EMBRAER». Consultado em 27 de outubro de 2010
- Fehrm, Bjorn (21 de outubro de 2014). «E-Jet, the project that shaped Embraer». Leeham News and Analysis (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2025
- «Embraer entrega E-Jet número 1.400 - Airway». airway.com.br. Consultado em 9 de dezembro de 2017
- «E195 fleet» (em inglês). Planespotters
- 1997-03-12T00:00:00+00:00. «Embraer seeks Paris show launchfor new 37-seat regional turbofan». Flight Global (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2025
- 1997-07-02T00:00:00+01:00. «Reversal of fortunes». Flight Global (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2025
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- REVUE, FLUG. «FLUG REVUE Datafiles: Embraer ERJ-170». www.flug-revue.rotor.com. Consultado em 18 de julho de 2025. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2010
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- FLAP, redação (28 de maio de 2024). «20 anos de atividade dos E-Jets». flapinternational.com.br. Consultado em 18 de julho de 2025
- Meier, Ricardo (20 de fevereiro de 2022). «20 anos do 1º voo do E-Jet, jato comercial que mudou a história da Embraer - Airway». www.airway.com.br. Consultado em 17 de julho de 2025
- «LOT Polish Airlines Receive First E195-E2». Embraer (em inglês). 1 de agosto de 2024. Consultado em 17 de julho de 2025
- Galante, Alexandre (16 de janeiro de 2018). «Embraer atinge estimativa de entregas para 2017». Poder Aéreo – Aviação, Forças Aéreas, Indústria Aeroespacial e de Defesa. Consultado em 17 de julho de 2025
- Cardoso, Por Marcel (16 de junho de 2023). «Primeiro voo do Embraer E175 completou 20 anos». AERO Magazine. Consultado em 18 de julho de 2025
- Basseto, Murilo (4 de maio de 2021). «Jazz Aviation é a mais recente empresa a voar aviões Embraer E175». AEROIN - Notícias de Aviação. Consultado em 18 de julho de 2025
- Ferreira, Carlos (24 de julho de 2024). «Para dezenas de jatos Embraer E175, American Airlines compra 180 motores CF34-8E». AEROIN - Notícias de Aviação. Consultado em 18 de julho de 2025
- «Embraer muda asa de jato e chega a versão que consome menos combustível». Estadão. Consultado em 18 de julho de 2025
- «Embraer muda asa de avião e diz que cortou consumo de combustível em 6,4%». economia.uol.com.br. Consultado em 18 de julho de 2025
- Says, Alex (23 de agosto de 2013). «E-Jet 175, A-1M e o ERJ-145 AEW&C da Índia na Embraer». Defesa Aérea & Naval. Consultado em 18 de julho de 2025
- «Embraer anuncia pausa adicional de 4 anos no desenvolvimento do jato E175-E2». Folha de S.Paulo. 25 de fevereiro de 2025. Consultado em 18 de julho de 2025
- Defesa, Redação Forças de (21 de julho de 2025). «Máxima histórica: Embraer encerra 2T25 com carteira de pedidos de US$29,7 bilhões». Poder Aéreo – Aviação, Forças Aéreas, Indústria Aeroespacial e de Defesa. Consultado em 22 de julho de 2025
- «Embraer 190». Airport Technology (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2025
- «Wayback Machine» (PDF). www.embraercommercialaviation.com. Consultado em 18 de julho de 2025. Cópia arquivada (PDF) em 24 de setembro de 2015
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- «Embraer lança os cargueiros E190F e E195F». Airway. 7 de março de 2022
- «E-JETS FAMILY – Embraer 170» (PDF) (em inglês). Embraer. Consultado em 5 de dezembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2012
- «E-JETS FAMILY – Embraer 175» (PDF) (em inglês). Embraer. Consultado em 5 de dezembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2012
- «E-JETS FAMILY – Embraer 190» (PDF) (em inglês). Embraer. Consultado em 5 de dezembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 28 de fevereiro de 2013
- «E-JETS FAMILY – Embraer 195» (PDF) (em inglês). Embraer. Consultado em 5 de dezembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 15 de fevereiro de 2010
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