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Embraer EMB-111
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O Embraer EMB-111 "Bandeirante Patrulha", também conhecido pelo apelido de "Bandeirulha", é uma aeronave bimotor turboélice, desenvolvida e fabricada pela Embraer, a partir do avião de transporte leve Bandeirante, para a função de patrulhamento marítimo.[1]
O projeto foi apresentado à Força Aérea Brasileira no ano de 1975, como um substituto para os obsoletos B-69 Neptune, produzidos pela Lockheed no início da década de 50. Em 1976 foi feita uma encomenda de doze unidades para a FAB, entregues entre os anos de 1977 e 1979, denominadas como P-95.
A versão possui calibragem de auxílios à navegação, com capacidade para até cinco passageiros – dois pilotos, um operador de radar e dois observadores. Equipado com dois motores turboélice Pratt & Whitney PT6A-34, de 750 SHP, pode atingir a velocidade de cruzeiro de 385 km/h. Seu tanque de combustível tem maior capacidade do que o Bandeirante convencional, e por isso, possui maior autonomia de voo.
O nariz do Bandeirante foi modificado, coberto pelo radome de fibra de vidro que protege a antena de seu radar AN/APS – 128, para vigilância costeira, busca, salvamento, navegação, e apoio na elaboração de carta meteorológica. O radar é capaz de detectar um alvo de 150 m² a cerca de 100 quilômetros de distância, mesmo em mares agitados. Estas características foram essenciais para uma das primeiras missões do Bandeirulha na FAB: descobrir barcos pesqueiros clandestinos nas linhas de cardume da costa norte do Brasil. Para as buscas noturnas, o Bandeirulha possui ainda um potente farol na asa direita.
Em 1977 a Armada do Chile recebeu a primeira unidade desta versão, de uma encomenda de seis aeronaves, entregues nos anos seguintes. Estas possuíam um sistema completo de anticongelamento no bordo de ataque das asas.[2]
Em 1981, um EMB-111 foi fornecido à Força Aérea do Gabão. Ao final da década de 1980, mais dez unidades foram encomendadas pela FAB, sendo denominadas P-95B.[3]
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Desenvolvimento
O Bandeirante Patrulha foi desenvolvido em cima da plataforma do já existente Bandeirante, seu alcance foi expandido com o uso de tanques na ponta das asas, cada um com capacidade de 318 litros de combustível, semelhantes ao do avião de treinamento Xavante.
A instalação dos cabides subalares e dos tanques de combustível exigiu que fosse feito um reforço significativo da estrutura na junção da asa com o trem de pouso.
Como resultado direto do aumento do alcance, o peso máximo de decolagem da aeronave aumentou para 7 000 kg.[4]
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Participação na Guerra das Malvinas
Em 1982, durante a guerra das Malvinas, e devido ao avançado estado de obsolescência de seus aviões Neptune, a Armada de la República Argentina (ARA) viu-se sem meios de patrulha marítima adequados para sua necessidade. A FAB então alugou para a Armada, dois "Bandeirulhas". Os dois aviões foram operados no auge da guerra, a partir de maio, e devolvidos à FAB ao término do conflito.[5]
Modernização
Em 2015 iniciou-se um processo de modernização do Bandeirante Patrulha. Novos painéis digitais substituíram os originais. Além disso, novos radares Seaspray 5000E aumentaram a capacidade de alcance e precisão na detecção de embarcações, podendo agora acompanhar até 200 alvos, simultaneamente.
Com o processo de atualização, a aeronave passou a ser denominada P-95M.[6][7][8]
Operadores
Unidades que operam o EMB-111 no País:[9]
Ver também
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