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Poesia épica

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Poesia épica
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A poesia épica (em grego clássico: ἐπύλλιον, plural: ἐπύλλια, epyllia) é um subgênero de literatura voltado para a expressão poética de mitos e histórias coletivas.[1] Manifesta-se, principalmente, pela epopeia, um gênero textual que narra os feitos de um herói lendário, a exemplo da Odisseia de Homero e de Os Lusíadas de Luís de Camões.

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Epopeia

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Perspectiva

Epopeia é uma narrativa que apresenta, com maior qualidade os fatos originalmente contados em versos, a saber as características: personagens, tempo, ação, espaço. Também pode conter factos heroicos muitas vezes transcorridos durante guerras.

Epopeia é um poema épico ou lírico. Um poema heroico narrativo extenso, uma coleção de feitos, de fatos históricos, de um ou de vários indivíduos, reais, lendários ou mitológicos. A epopeia eterniza lendas seculares e tradições ancestrais, preservada ao longo dos tempos pela tradição oral ou escrita. A epopeia exalta um povo que é representado por um herói (exemplo: Os Portugueses em Lusíadas). Os primeiros grandes modelos ocidentais de epopeia são os poemas homéricos a Ilíada e a Odisseia, os quais têm a sua origem nas lendas sobre a guerra de Troia.Na literatura romana, o gênero épico atinge sua forma mais influente com a Eneida, de Virgílio (século I a.C.). Inspirando-se na Ilíada e na Odisseia, Santos (2001) explica que Virgílio estrutura a Eneida unindo os dois modelos da épica grega. Os seis primeiros livros seguem o padrão da Odisseia ao mostrar Eneias como um herói viajante que enfrenta provações até compreender seu destino, guiado pelo dever para com os deuses, enfrentando tempestades, oráculos e o amor trágico de Dido. Já os seis últimos livros retomam o modelo da Ilíada ao apresentar conflitos armados que levam à fundação da futura pátria romana. Essa combinação de viagem e guerra cria uma epopeia que integra tradição grega e ideal romano em uma narrativa única, elevando o gênero épico a uma nova dimensão ética e nacional. Portanto, Virgílio combina elementos de guerra e viagem para exaltar o destino de Roma e seus valores fundadores.


Segundo Aristóteles, a epopeia é a imitação de homens superiores, em versos com metro único e forma narrativa, diferenciando-se assim das tragédias. As epopeias não possuem limite de tempo ou espaço, tornando-se ilimitadas, diferindo das tragédias, que apresentam tempo determinado, como, por exemplo, o período de um dia inteiro.

Dentre os poemas épicos podem ser citados:

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Epopeias orais

Os prime ros épicos foram produtos de sociedades pr -letradas e tradições poéticas de história oral. A tradição oral foi usad junto com as escrituras escritas para comunicar e facilitar a difusão da cultu a. Nessas tradições, a poesia é transmitida ao público e de intérprete a int rprete por meios puramente o ais. O estudo do início do século XX sobre a vida de t adições épicas orais no Bálcãs demonstrou a paratática, modelo usado para co por esses poemas. O q e eles demonstraram foi que os épicos orais tendem a ser constrídos em episódios curtos, cada um de igual status, interesse e importância. Isso facilita a memorização, pois o poeta está relembrando cada episódio por vez e usando os episódios completos para recriar todo o épico à medida que o interpreta. A fonte mais provável para os textos escritos das epopeias de Homero foi o ditado de uma apresentação oral.[2] Os épicos homéricos, as primeiras obras da literatura ocidental, eram fundamentalmente uma forma poética oral. Essas obras constituem a base do gênero épico na literatura ocidental. Quase todos os épicos ocidentais (incluindo a Eneida de Virgílio e a Divina Comédia de Dante) se apresentam conscientemente como uma continuação da tradição iniciada por esses poemas.

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Algumas obras épicas

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Ver também

Referências

  1. Cunillera, António. Cultura Geral. Portugal: Ferreira e Bento. p. 243
  2. Goody, Jack (1987). A interface entre o escrito e o oral. Cambridge University Press. pp. 110–121. ISBN 978-0-521-33794-6.
  3. Sin-léqi-unnínni (2007). Ele que o abismo viu. Traduzido por Jacyntho Lins Brandão. [S.l.]: Autêntica. p. 13 e 23-24. ISBN 978-85-513-0283-5
  4. O Novo Argonauta, José Macedo, 1825.
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Bibliografia

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