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Flavio Colin

artista brasileiro de banda desenhada Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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Flavio Colin, de nome completo Flávio Barbosa Mavignier Colin,[1] (Rio de Janeiro, 22 de junho de 193013 de agosto de 2002)[2][3] foi um ilustrador e autor de histórias em quadrinhos brasileiro.

Factos rápidos
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Biografia

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Vida pessoal

Nascido no Rio de Janeiro, Colin foi ainda jovem com seu pai e irmão para o interior de Santa Catarina, onde teve contato mais próximo com a natureza e animais.[4] Essa viagem ocorreu pois seu pai conseguiu um emprego em uma madeireira. O pai de Flavio faleceu aos 70 anos.[5] Por conta desse episódio, eles ficaram quase uma década sem rever a mãe.[6]

Aos 14 anos, estudava em um colégio interno, em Porto Alegre (RS), onde já apresentava habilidade e interesse pelas histórias em quadrinho.[4]

Flavio teve dois filhos com sua esposa Norma.[7] Colin faleceu no dia 13 de agosto de 2002, devido a problemas pulmonares.[8]

Vida profissional

Durante seu período no colégio de Frades Franciscanos, por volta de 1945-46, Flavio já desenhava histórias em quadrinhos para seus amigos de classe e cobrava em média mil réis por história.[9]

Profissionalmente, Flávio Colin começou a desenhar histórias em quadrinhos aos 26 anos, na Rio Gráfica Editora (RGE), no Rio de Janeiro, entre o período de 1956 a 1959. Seus primeiros trabalhos foram para as histórias de terror para a revista X-9.[10] Nesse período, seu estilo era bastante influenciado pelo de Milton Caniff,[2] Colaborou com as revistas Enciclopédia em Quadrinhos e O Cruzeiro, na editora Garimar, ilustrou histórias de guerra na revista Coleção de Aventuras – Força Expedicionária Brasileira, novamente para a RGE, ilustrou As aventuras do Anjo, quadrinização de uma série de rádio que fazia muito sucesso na época, produzindo 43 edições da mesma[3][11] e Cavaleiro Negro, personagem da Atlas, atual Marvel Comics.[9]

No início dos anos 60, começou a colaborar com a editora paulista Outubro, produzindo histórias de terror e adaptação da pioneira série de televisão O Vigilante Rodoviário[3] e uma adaptação do filme de faroeste Os Brutos Também Amam (1953).[2] Ao lado de Júlio Shimamoto, Getulio Delphim, Renato Canini, João Mottini,[12] Bendatti, Flávio Teixeira e Luiz Saidenberg, torna-se desenhista da CETPA (Cooperativa Editora e de Trabalho de Porto Alegre), onde adapta a história de Sepé Tiaraju.[1]

A pedido de Maurício de Sousa criou a tira de jornal Vizunga, após o cancelamento da mesma, passou a trabalhar na TV Rio e logo depois, nas agências de publicidade McCann Erickson e Denison, onde produzia storyboards, na publicidade chegou até a fazer um anúncio em forma de quadrinhos com Robin Hood para o refrigerante Fanta, que chegou a circular em diversas revistas em quadrinhos.[2]

Após 12 anos na publicidade, voltou a trabalhar com quadrinhos, publicando nas editoras Grafipar e Vecchi.[1] Na grafipar, publicava uma outra adaptação de Sepé, com roteiros de Luiz Rettamozo[13][14] na Vecchi, publicava na antologia de terror Spektro[1] ainda no gênero terror, publica nas editoras Bloch e D-Arte, na primeira, publica em Capitão Mistério Apresenta o Lobisomem, a princípio, a revista publicava Werewolf By Night da Marvel Comics,[15] o personagem-título mudeou de nome, Jack Russel virou Tab Russel,[16] na D-Arte, colabora com as revistas Mestres do Terror e Calafrio.[1]

Para a Ipiranga Produtos de Petróleo, produziu uma quadrinização de A Guerra dos Farrapos em formatinho, mais tarde republicada em formato de luxo pela L&PM.[3] Flavio doou os direitos autorais de "A Guerra dos Farrapos" para a Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul, que distribuiu a revista nos colégios do Estado.[4]

Além das publicações tradicionais, colaborou com fanzines e publicações independentes.[17]

Chegou a publicar material em vários países como Itália, Bélgica, Uruguai (Histórias Gerais como Tierra de Historias) e Portugal pela Meribérica.

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Estilo

Os artistas que mais influenciaram Colin estão Milton Caniff (Terry e os piratas), Chester Gould (Dick Tracy), Alex Raymond (Flash Gordon), Burne Hogarth (Tarzan) e Harold Foster (Tarzan e Príncipe Valente).[9][11] Ao contrário do que muitos pensavam, Colin não se inspirava na xilogravura presente em folhetos de cordel.

Não conheço as técnicas da xilogravura e também não tenho o cordel como referência. Eu apenas uso muita estilização no meu traço, que é concebido como acadêmico e depois é modificado.
Flavio Colin

 [18]

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Obras

Revistas

  • O Grande Livro do Terror (anos 1970)
  • Neuros
  • Prótons
  • Sertão e Pampas
  • Calafrio
  • Mestres do Terror
  • Mundo do Terror
  • Inter Quadrinhos (Editora Ondas)

Revista Spektro

  • Os Bonecos Africanos (com roteiro de Hélio do Soveral)
  • O Matador de Lobisomens
  • Hotel Nicanor

Prêmios e Homenagens

Mais informação Ano, Obra ...

Outras Homenagens

Em 2009, ganhou uma biografia escrita pelo jornalista Gonçalo Junior, em 2012, Sergio Chaves, editor da revista Café Espacial, lançou uma fonte tipográfica inspirada no traço de Flavio Colin.[2]

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Bibliografia

Referências

  1. Gusman, Sidney (22 de junho de 2020). «A falta que faz Flavio Colin». Universo HQ. Consultado em 22 de junho de 2020. Arquivado do original em 21 de outubro de 2020
  2. Ucha, Francisco (22 de junho de 2020). «Por que precisamos celebrar os quadrinhos 100% brasileiros de Flavio Colin». Omelete. Consultado em 22 de junho de 2020
  3. Maron, Alexandre (26 de janeiro de 2000). «Flavio Colin é homenageado no Rio». Folha de S. Paulo. Consultado em 17 de agosto de 2021
  4. «"HQ no Brasil é um sacerdócio, uma missão"». Folha de S. Paulo. 26 de janeiro de 2000. Consultado em 17 de agosto de 2021
  5. Naranjo, Marcelo (11 de maio de 2019). «Gonçalo Junior comenta biografia e obra de Flavio Colin». Universo HQ. Consultado em 17 de agosto de 2021
  6. «Flavio Colin: "Deixou de lado o orgulho"». New FrontiersNerd. 22 de junho de 2016. Consultado em 17 de agosto de 2021
  7. «Morre o quadrinista Flavio Colin». Estadão. 13 de agosto de 2002. Consultado em 17 de agosto de 2021
  8. Santana, Leonardo (22 de maio de 2006). «Mestres do Quadrinho Nacional: Flávio Colin». Bigorna.net. Consultado em 17 de agosto de 2021
  9. Buhrer de Almeida, João Antonio (17 de janeiro de 2011). «Arquivos Incríveis: Assombrações nacionais na revista "X-9"». Bigorna.net
  10. Danton, Gian (2012). Grafipar: A Editora Que Saiu do Eixo. [S.l.]: Editorial Kalaco. pp. 49–57. ISBN 9788589601375
  11. Danton, Gian (setembro de 2007). «Sepé Tiaraju: uma análise semiótica dos quadrinhos de Flávio Colin». História, imagem e narrativas. 3 (5). ISSN 1808-9895
  12. Roberto Guedes. «Nos tempos do Clube do Bloquinho». www.bigorna.net
  13. «De Flavio Colin: A Saga do Lobisomem [HQ]». Catarse. Consultado em 23 de julho de 2025
  14. «O terrível Hotel Nicanor». NerdStart. 25 de maio de 2013
  15. Gusman, Sidney (10 de junho de 2003). «Equipe do Universo HQ conquista tricampeonato do HQ Mix em duas categorias». Universo HQ. Consultado em 17 de agosto de 2021
  16. MArtins, Jotapê (20 de fevereiro de 2002). «Troféu Angelo Agostini». Omelete. Consultado em 17 de agosto de 2021
  17. Naliato, Samir (14 de agosto de 2001). «Entrega do 14º HQ Mix festeja os quadrinhos nacionais». Universo HQ. Consultado em 17 de agosto de 2021
  18. «Principais Prêmios». Folhateen. 10 de abril de 1995. Consultado em 17 de agosto de 2021
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Ligações externas

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