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Laudo Natel
político brasileiro, 46.° e 48.° Governador de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Laudo Natel (São Manuel, 14 de setembro de 1920 – São Paulo, 18 de maio de 2020)[1] foi um político, empresário, dirigente esportivo brasileiro e 46.° e 48.° Governador de São Paulo de 1966 a 1967 e novamente de 1971 até 1975.
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Biografia
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Perspectiva
Filho de Bento Alves Natel e Albertina Barone, de ascendência italiana,[2] Laudo estudou nas cidades de Mirassol e Araraquara.[3] Depois de formado, iniciou carreira no setor bancário, exercendo os mais diversos cargos.[3] Foi funcionário do Banco Noroeste, onde era colega de Amador Aguiar, que mais tarde o levaria para o Banco Brasileiro de Descontos, atual Bradesco. Natel acompanhou o amigo, sendo por muito tempo o seu braço-direito, chegando a diretor do banco.[4] Também foi diretor da Associação Comercial de São Paulo, diretor do Sindicato dos Bancos de São Paulo e presidente da comissão bancária do Conselho Monetário Nacional.
Eleito tesoureiro do São Paulo Futebol Clube em 1952,[3] cresceu politicamente no clube, alcançando os cargos de diretor financeiro e, mais tarde, presidente. É patrono do clube, graças a sua atuação na prospecção de recursos para viabilizar a construção do Estádio do Morumbi.
Carreira política
Em 1962, com a campanha eleitoral organizada por Osvaldo Moles, elegeu-se vice-governador,[3] concorrendo em faixa própria — no sistema eleitoral de então, o voto no "vice" era desvinculado. Elegeu-se, portanto, em chapa diferente da composta pelo governador eleito, Ademar de Barros. Em 1965, Laudo concorreu à prefeitura do município de São Paulo, mas perdeu as eleições para o Brigadeiro Faria Lima.[3]

Laudo Natel foi por duas vezes governador de São Paulo. A primeira, entre 6 de junho de 1966 e 31 de janeiro de 1967, deu-se quando, como vice-governador, substituiu o então governador Ademar de Barros, cassado pelo governo militar brasileiro.[4] Para assumir, licenciou-se do cargo de presidente do São Paulo, para o qual tinha sido eleito dois meses antes.[3] Nesse primeiro mandato no governo, continuando um projeto de Ademar, Natel unificou as onze usinas hidrelétricas de São Paulo, que deram origem à Companhia Energética de São Paulo (CESP) e modernizou o sistema fazendário estadual, por meio de seu secretário Antônio Delfim Netto.
A segunda, entre 15 de março de 1971 e 15 de março de 1975, deu-se quando foi eleito, de maneira indireta, pelo colégio eleitoral. Nesse período de governo, deu ênfase ao desenvolvimento do interior, com o Plano Rodoviário de Interiorização do Desenvolvimento (PROINDE), unificou toda a malha ferroviária paulista em torno da FEPASA (Ferrovia Paulista S/A), prosseguiu a construção da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes, criou a Sabesp e a Cetesb, inaugurou as primeiras estações do Metrô e elaborou plano para desenvolvimento do Vale do Ribeira.
Durante o mandato, demitiu por carta o prefeito de São Paulo, José Carlos de Figueiredo Ferraz, devido a inúmeras discordâncias administrativas. Para justificar tal ato, alegou "falta de sintonia" de Figueiredo Ferraz com o Estado e a União. A versão mais aceita é a de que Figueiredo Ferraz foi demitido por ter dito que São Paulo tinha que parar de crescer.[carece de fontes]
Escolhido pelo Palácio do Planalto, candidatou-se para um terceiro mandato em 1978, mas foi derrotado na convenção do seu partido (a ARENA) por Paulo Maluf, que fora o secretário de Transportes de sua segunda gestão. Aspirou novamente ao governo do Estado em 1982, mas também perdeu na escolha interna do partido (desta vez o PDS, sigla sucessora da ARENA), agora para Reynaldo de Barros, então prefeito de São Paulo e ligado ao malufismo.
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Homenagens
Em 2005, recebeu homenagem do São Paulo Futebol Clube, tendo o novo centro de treinamento do clube sido batizado com seu nome.[5] Por ser do interior, Laudo Natel se definia como sendo o "governador caipira".
O Hospital Veterinário, Unidade Auxiliar da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária (FCAV) - UNESP - Câmpus de Jaboticabal, inaugurado em 1974, também leva seu nome.[6]
Morte
Laudo Natel morreu de causas não reveladas em 18 de maio de 2020, em São Paulo, quatro meses antes de completar 100 anos.[7]
Notas
- Licenciado da presidência do São Paulo Futebol Clube entre 06/06/1966 e 31/01/1967 para assumir o Governo do Estado de São Paulo. Licenciou-se novamente do cargo entre 05/12/1970 e 11/01/1971.
Referências
- «Nota de pesar: Patrono Laudo Natel - SPFC». www.saopaulofc.net. Consultado em 18 de maio de 2020
- «A história de vida de Laudo Natel: De um lado a profissão, do outro a devoção». Museu da Pessoa. Consultado em 23 de junho de 2025
- «Laudo Natel tem 45 anos». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo (27 955). 7 páginas. 7 de junho de 1966. ISSN 1516-2931. Consultado em 10 de junho de 2016
- Puls, Mauricio (18 de maio de 2020). «Ex-governador de São Paulo, Laudo Natel morre aos 99 anos». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de maio de 2020
- «CFA Cotia». Site oficial SPFC. Consultado em 14 de Julho de 2016
- «Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias». FCAV Unesp. Consultado em 14 de Julho de 2016
- «Morre Laudo Natel, ex-governador de SP e ex-presidente do São Paulo, aos 99». Uol. Consultado em 18 de maio de 2020
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Bibliografia
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