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Leonardo Attuch

jornalista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Leonardo Attuch
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Leonardo de Rezende Attuch (Brasília, 12 de maio de 1971) é um jornalista brasileiro, que fundou e dirige a Editora 247, responsável pelo site Brasil 247 e pela TV 247.[1]

Factos rápidos
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Carreira

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Iniciou sua carreira em Brasília, tendo atuado em diversos veículos de comunicação, como Correio Braziliense, Veja, Exame, Estado de Minas e IstoÉ Dinheiro.

Em 1993, graduou-se em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e logo depois foi selecionado para participar do programa de jovens talentos do jornal O Estado de S. Paulo. Em seguida, recebeu um convite para trabalhar no Correio Braziliense, principal jornal de Brasília. Seis meses depois, graças ao trabalho no Correio Braziliense, foi convidado para trabalhar na sucursal brasiliense da revista Veja, da Editora Abril. Em 1994, transferiu-se para a cidade de São Paulo, ainda na Editora Abril, para atuar como repórter da revista Exame.[2]

No início de 1997, aos 25 anos, foi convidado para a editar a seção de economia do jornal Estado de Minas, em Belo Horizonte.

Em 2005, publicou uma das principais reportagens investigativas da crise do governo Lula, ao entrevistar a secretária Fernanda Karina Somaggio.[3]

Em 2011, Attuch criou o Brasil 247, um site de viés progressista.[1]

Em 2017, criou a TV 247, que publica os vídeos no Youtube.

Em 2024, passou a colaborar como colunista internacional do portal chinês Guancha (chinês: 观察者网), onde publica análises sobre política latino‑americana e as relações Brasil–China.[4][5]

Em 2025, expandiu sua atuação como colunista internacional, passando a escrever para o portal argentino PIA Global sobre geopolítica[6] e também para o jornal estatal chinês Global Times.[7] No mesmo ano, o Brasil 247, veículo fundado e dirigido por Attuch, foi destaque em um estudo de caso da Iniciativa Google Notícias por seu projeto de redação 100% remota que, segundo a publicação, resultou em um crescimento de 20% na audiência do portal e da TV 247.[8] Em agosto de 2025, Attuch publicou o artigo "US' tariff gamble brings Global South closer" na Left Review Online, onde analisa como as tarifas de 50% impostas pelo governo Trump sobre produtos brasileiros sinalizam uma erosão da hegemonia americana e aceleram a consolidação de um mundo multipolar.[9]

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Prêmios

Por sua atuação profissional, recebeu os prêmios Citibank de Excelência em Jornalismo e Abril de Jornalismo. Foi finalista, juntamente com Ricardo Grinbaum, para o Prêmio Esso de Jornalismo de 2004, na categoria Informação Econômica, pela cobertura do fusão da AmBev,[10][11] publicada na revista Istoé Dinheiro,[12] e do Prêmio Embratel de Jornalismo.[13] Em 2025 foi eleito entre os vencedores do prêmio 100 +Admirados Jornalistas do Brasil.[14]


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Anulação dos processos

O jornalista Leonardo Attuch foi acusado de envolvimento na Operação Custo Brasil, decorrente Lava Jato, mas o processo foi trancado em julho de 2025, pelo juiz Nilson Martins Lopes Júnior, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em razão de graves vícios processuais, conforme reportagem do Portal Consultor Jurídico.[15]

Controvérsias

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Operação Satiagraha

Em 19 de abril de 2012, Attuch foi acusado pelo jornalista Mino Pedrosa de usar seu cargo e função na revista IstoÉ Dinheiro, quando trabalhava para ela, para defender o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas, durante o caso conhecido como Operação Satiagraha. Segundo Pedrosa, Attuch usava a revista para publicar matérias encomendadas por Dantas, dono do Grupo Opportunity, investigado por corrupção. Por suas reportagens, ele receberia pagamento através de um caixa 2 da empresa.[16][17] Segundo matéria veiculada pelo Jornal do Brasil, Attuch teve gravadas conversas onde instruía Naji Nahas a tomar alguma atitude contra os jornalistas Mino Carta e Paulo Henrique Amorim, por matérias veiculadas contra o investidor, com relação a uma suposta compra de deputados, em que ele teria distribuído dinheiro entre integrantes da Comissão de Ciência da Câmara, para convencê-los a aprovar uma medida que beneficiaria a Telecom Italia, da qual Nahas era consultor.[18] Em 21 de abril, Attuch rebateu o ataque de Pedrosa, em artigo publicado no site Brasil 247.[19]

Operação Lava Jato

Durante a 17.ª fase da Operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro considerou haver a suspeita de que o jornalista Leonardo Attuch tivesse sido pago por serviços não prestados. Em delação premiada, Milton Pascovitch havia declarado que a Editora 247, representada por Attuch, recebera R$ 120 mil do Partido dos Trabalhadores, em quatro prestações, a título de apoio financeiro ao portal, por solicitação do ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto.[20][21] Ainda conforme o delator, esse dinheiro, alegadamente desviado da Petrobras e de outras empresas, teria sido pago pela Jamp Engenheiros, empresa de Pascovitch, à Consist Software, no âmbito de um contrato de prestação de serviços; em seguida, a Consist fazia os repasses à Editora Brasil 247.

Como resposta às declarações do delator, o Brasil 247 divulgou a seguinte nota:

"Em decorrência do noticiário desta segunda-feira 3 sobre a Operação Lava Jato, a Editora 247 esclarece que foi contratada pela Jamp, por meio do senhor José Adolfo Pascowitch, para a produção de conteúdo sobre o setor de engenharia. Os serviços foram efetivamente prestados, as notas fiscais foram emitidas, e os impostos recolhidos como em qualquer transação comercial legal e legítima.

A Editora também esclarece que a linha editorial do Brasil 247, veículo de referência na internet brasileira, com alguns dos principais nomes do jornalismo nacional, será mantida, pautando-se sempre pela independência, pela pluralidade e pela defesa das empresas brasileiras e dos interesses nacionais. Até porque a Constituição brasileira assegura o direito à liberdade de expressão como uma de suas cláusulas pétreas."[22]

Durante a Operação Custo Brasil, Attuch teria sido alvo de condução coercitiva.[23][24][25][26] Entretanto o Brasil 247 informou que o jornalista teria ido voluntariamente prestar seu depoimento.[27]

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Livros publicados

Leonardo Attuch publicou cinco livros:

  • Quebra de contrato: o pesadelo dos brasileiros (com Murillo Mendes). Folium, 2009. O livro registra a história da construtora Mendes Júnior e de suas disputas judiciais com o governo federal.
  • A CPI que abalou o Brasil: os bastidores da imprensa e os segredos do PT.[28] Futura, 2006. sobre a crise política ocorrida durante o governo Lula.
  • Saddam, o amigo do Brasil: a história secreta da conexão Bagdá, sobre as ligações geopolíticas entre Brasil e Iraque. Ed Qualitymark, 2003.[29][30][31]
  • Eike, o homem que vendia terrenos na lua.[32]
  • De jornalista a youtuber, como cruzei a ponte. Ed Kotter Editorial.[33]
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Referências

  1. «Sobre o Brasil 247». Brasil 247. Consultado em 1 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 2 de dezembro de 2020
  2. «Página do colunista Leonardo Attuch». Guancha.cn (em chinês). Consultado em 17 de abril de 2025
  3. 里奥纳多·阿图奇 (17 de abril de 2025). «中国外交部援引的这部作品,唤起了拉美人民的集体记忆». Guancha.cn (em chinês). Consultado em 17 de abril de 2025
  4. Leonardo Attuch (17 de abril de 2025). «China coloca a Eduardo Galeano y su obra clásica en el centro de la guerra comercial con Estados Unidos». PIA Global (em espanhol). Consultado em 23 de maio de 2024
  5. Leonardo Attuch (7 de agosto de 2025). «US' tariff gamble brings Global South closer». Global Times (em inglês). Consultado em 23 de maio de 2024
  6. «Brasil 247 innovates with the Digital Newsroom». Iniciativa Google Notícias. Julho de 2025. Consultado em 23 de maio de 2024
  7. English, Left Review (12 de agosto de 2025). «US' tariff gamble brings Global South closer - Leonardo Attuch». Left Review Online (em inglês). Consultado em 18 de agosto de 2025
  8. «Prêmio Esso indica finalistas». Portal da Comunicação. Arquivado do original em 3 de março de 2016
  9. «Edição 2001-2002 Finalistas». Embratel. Consultado em 24 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 20 de setembro de 2011
  10. «Vencedores do prêmio 100 +Admirados Jornalistas do Brasil 2025». Jornalistas&Cia. 16 de agosto de 2025. Consultado em 18 de agosto de 2025
  11. autor, Sem (17 de julho de 2025). «Justiça Federal anula mais atos processuais da 'lava jato'». Consultor Jurídico. Consultado em 28 de julho de 2025
  12. Pedrosa, Mino. «A PENA COMPRADA DE LEONARDO ATTUCH». QuidNovi. Consultado em 31 de Maio de 2021. Arquivado do original em 23 de agosto de 2020
  13. Redação do G1 (23 de junho de 2016). «Saiba quais são os alvos da Operação Custo Brasil». G1. Consultado em 23 de junho de 2016. Cópia arquivada em 24 de junho de 2016
  14. Redação do Brasil 247 (23 de junho de 2016). «Esclarecimentos sobre a Operação Custo Brasil». Brasil 247. Consultado em 23 de junho de 2016. Cópia arquivada em 24 de junho de 2016
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Ligações externas

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