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Literatura marginal

produção literária que circula fora dos circuitos tradicionais das editoras comerciais Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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A literatura marginal, também conhecida como literatura periférica, é um movimento literário brasileiro que emergiu em duas fases distintas: primeiramente na década de 1970, associado à poesia marginal, e posteriormente nos anos 1990, quando foi retomado por autores das periferias urbanas. O termo marginal refere-se tanto à posição alternativa desses escritores em relação ao mercado editorial convencional quanto ao conteúdo que aborda realidades sociais marginalizadas.[1][2][3]

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Histórico

Década de 1970: Poesia Marginal

Na década de 1970, durante o regime militar, surgiu a poesia marginal, caracterizada por sua produção independente e distribuição fora dos canais tradicionais.[4] Autores como Chacal, Ana Cristina Cesar e Cacaso utilizavam mimeógrafos para reproduzir seus trabalhos, evitando a censura e o circuito editorial dominante. Essa produção era marcada por uma linguagem coloquial e temas cotidianos, em oposição ao formalismo literário da época.[5][6]

Década de 1990: Renascimento Periférico

Nos anos 1990, o termo literatura marginal ressurgiu associado a autores das periferias urbanas, especialmente de São Paulo. Diferentemente da geração dos anos 1970, esses escritores traziam uma perspectiva mais engajada, retratando a vida nas favelas, a violência urbana, o racismo e a cultura hip-hop. Autores como Ferréz, Sérgio Vaz e Alessandro Buzo ganharam destaque, muitas vezes publicando de forma independente ou por meio de coletivos culturais.[7][8]

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Características

A literatura marginal e periférica apresenta as seguintes características:

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Autores e obras representativas

Alguns dos principais autores e obras do movimento incluem:

Impacto cultural

A literatura marginal exerceu influência significativa na cultura brasileira, contribuindo para a valorização de narrativas periféricas no cenário literário nacional, o fortalecimento de coletivos culturais, como a Cooperifa. [11]Além da inclusão de autores marginalizados em políticas públicas de leitura, como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).[4]

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