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Lourenço Mutarelli
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Lourenço Mutarelli (São Paulo, 18 de abril de 1964) é escritor, ator, professor, dramaturgo e autor de histórias em quadrinhos brasileiro.[1]
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Biografia
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Mutarelli, forçado pelo seu pai,[2] cursou a Faculdade de Belas Artes. Durante três anos, trabalhou na Maurício de Sousa Produções, no começo como intervalador e depois como cenarista.
Entusiasmado pelo grande número de revistas que surgiram na década de 1980, tentou publicar suas histórias sem sucesso - foram consideradas muito "estranhas". Também fez humor criando o personagem "Cãozinho sem pernas". Iniciou sua produção em histórias em quadrinhos por meio dos fanzines, distribuídos pelo próprio autor. Seus dois títulos, Over-12 (1988) e Solúvel (1989) tiveram 500 exemplares impressos pela extinta Editora Pro-C, de Francisco Marcatti, importante nome nos quadrinhos underground na década de 80.
Publicou ainda tirinhas e histórias de uma página na revista Animal – publicação mensal sob a editoração de Rogério de Campos, Fabio Zimbres, Priscila Farias e Newton Foot que publicava, entre materiais nacionais, um leque de autores europeus – e em outros títulos da Editora Vidente – de Gilberto Firmino. Com Marcatti e Glauco Mattoso editou dois números da revista "Tralha", também publicada pela Vidente.[3]
Recebeu vários prêmios e é aclamado por sua participação no cinema e no teatro. Criador da arte do filme Nina, dirigido por Heitor Dhalia, autor do romance O Cheiro do Ralo, adaptado para o cinema, dirigido por Heitor Dhalia e estrelado por Selton Mello. O protagonista, que tem o nome velado no romance, no cinema recebe a alcunha do autor do livro.
Seu romance O Natimorto foi adaptado para o teatro pelo dramaturgo Mário Bortolotto e ganhou as telas em 2011 com Mutarelli no elenco.[4]
A maior parte de suas publicações aconteceram por intermédio da Devir Editora e pela Companhia das Letras. Compartilhou seu cotidiano no seu blog (durante 2007) e na revista Piauí n.º 35 em uma matéria desenhada. Foi um dos vencedores do Prêmio Portugal Telecom (atual Oceanos), em 2009, por A Arte de Produzir Efeito sem Causa.[5]
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Depressão e síndrome do pânico
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Em um aniversário de Mutarelli, duas de suas amigas organizaram um sequestro forjado que o levaria para a sua festa surpresa. Cada uma escolheu um amigo com "fisionomias de bandido" e, quando elas foram buscá-lo na casa de sua mãe, Sandra Mutarelli, para levá-lo para a festa surpresa, os dois homens abordaram os três. Segundo Mutarelli, no documentário de alunos da USP-ECA, Tarja Preta, os "sequestradores" andaram com ele dentro do carro por meia hora, ameaçando estuprá-lo e matá-lo. A "brincadeira" desencadeou uma crise de depressão com sérias crises de pânico, por aproximadamente dois anos. O episódio deu origem ao álbum Réquiem, de 1991.[2]
Em entrevista para Fabrício Carpinejar, no programa da Gazeta, A Máquina, Mutarelli relata que tinha, em média, quinze ataques de pânico por dia. Sua situação o impossibilitava de sair de casa, fazendo com que ele passasse três meses em posição fetal na sala da casa. O sufoco que o desenhista sentia em sua garganta fez com que sua possibilidade de alimentação fosse reduzida à gelatina e caqui — alimentos que descem facilmente pela garganta. Mutarelli encontrou no desenho uma forma de terapia e, em 1991, lançou o álbum Transubstanciação. O escritor Glauco Mattoso, seu companheiro, teve um papel fundamental nessa época de sua vida.
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Romances
Peças
- O Teatro de Sombras – Coletânea de 5 peças de teatro (Devir Editora, 2007).
Quadrinhos e livros ilustrados
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Web Séries
Filmografia
2006 | O Cheiro do Ralo | Segurança |
2007 | Antônio pode (curta-metragem) | Antônio |
2008 | Cidade do Tesouro (curta-metragem) | Ivan |
2009 | Natimorto | Agente |
2009 | É Proibido Fumar | Corretor |
2009 | Para Aceitá-la, Continue na Linha (telefilme) | Delegado |
2010 | Bartô (curta-metragem) | Antenor Saraiva |
2011 | Descompasso (curta-metragem) | Alberto |
2012 | Chamada a Cobrar | Delegado |
2014 | Quando Eu Era Vivo | Donato |
2014 | O Diabo Era Mais Embaixo | Diabo |
2015 | Que Horas Ela Volta? | Carlos |
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Prêmios
- Troféu HQ Mix de melhor desenhista nacional em 1994, 2000, 2001 e 2002.
- Troféu HQ Mix de melhor roteirista nacional em 1999, 2003, 2005 e 2007.
- Prêmio Angelo Agostini de melhor desenhista em 1992.
- Prêmio Angelo Agostini de melhor lançamento em 2000 por O Dobro de Cinco.
- Prêmio Portugal Telecom (atual Oceanos) em 2009 por A Arte de Produzir Efeito sem Causa.
- Prêmio Angelo Agostini de mestre do quadrinho nacional em 2012 e 2014.
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Referências
- Assis, Diego (Março de 2007). «Lourenço Mutarelli:o homem que aprendeu avoar». Rolling Stone Brasil. Spring. Consultado em 22 de Janeiro de 2016
- Documentário Tarja Preta - Lourenço Mutarelli de Ceres Prado, Denise Galvani, Gabriel Bueno, Maria Alice Stock, Nelson Lin e Rafael Sampaio. Orientador: prof Renato Levi.
- Assis, Diego (março de 2007). «Lourenço Mutarelli, o homem que aprendeu a voar». Rolling Stone. IG. Consultado em 17 de dezembro de 2016
- Tomazzoni, Marco (28 de abril de 2011). «Lourenço Mutarelli se afirma como ator em "Natimorto"». Ultimo Segundo. IG. Consultado em 22 de Janeiro de 2016
- Folha de S.Paulo (11 de novembro de 2009). «Nuno Ramos vence prêmio Portugal Telecom»
Ligações externas
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