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Monsanto (Idanha-a-Nova)

antiga freguesia do Município de Idanha-a-Nova, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Monsanto (Idanha-a-Nova)
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 Nota: Se procura outra freguesia com o mesmo nome, veja Monsanto (Alcanena).

Monsanto (ou Monsanto da Beira) é uma vila portuguesa que foi sede da Freguesia de Monsanto do Município de Idanha-a-Nova, que pertenceu à antiga província da Beira Baixa e integra atualmente a sub-região da Beira Interior Sul da Região do Centro, freguesia que tinha 131,95 km² de área e 829 habitantes (2011) e, portanto, uma densidade populacional de 6,3 hab/km².

Factos rápidos Freguesia portuguesa extinta, Localização ...

A Freguesia de Monsanto foi extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com a Freguesia de Idanha-a-Velha, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Monsanto e Idanha-a-Velha da qual é a sede.[3]

A povoação de Monsanto havia sido elevada à categoria de vila em 1927.[4]

Foi sede de concelho entre 1174 e 1853.[5] Este era constituído pelas freguesias da sede: Aldeia de João Pires, Aldeia do Salvador e Toulões. Tinha, em 1801, 2139 habitantes.

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População

Mais informação População da freguesia de Monsanto ...

Localidades anexas

Além da vila, a Freguesia de Monsanto englobava ainda as seguintes povoações:

  • Adingeiro
  • Carroqueiro
  • Lagar Maria Martins
  • Lagar de Água
  • Lagar de Junho
  • Torre
  • Relva
  • Devesa
  • Carriçal
  • Afonsoeanes
  • Carro Quebrado
  • Cidral
  • Monsantela
  • Valado
  • Barreiro
  • Eugénia
  • Fonte do Carvalho
  • Amial
  • Pomar

História

Resumir
Perspectiva
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Vista da aldeia histórica com suas casas graníticas.
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Monsanto e a vista sobre os arredores da aldeia histórica.

Monsanto avista-se na encosta de uma grande derrapagem escarpada, designada de o Pelourinho de Monsanto (Mons Sanctus). Situa-se a nordeste de Guarda e irrompe repentinamente do campo. No ponto mais alto, o seu pico atinge os 100 metros. A presença humana neste local data desde a era de Dom Afonso Henriques. A arqueologia diz-nos que o local foi habitado pelos bárbaros, no sopé do monte. Também existem vestígios da passagem visigótica e árabe. Os mouros seriam derrotados por Dom Afonso Henriques.[7] Em 1165, o lugar de Monsanto foi doado ao rei de Portugal que, sob orientações de Gualdim Pais, mandou construir o Castelo de Monsanto. O foral foi concedido pela primeira vez em 1174 pelo Rei de Portugal e rectificado, sucessivamente, por Dom Sancho I (em 1190) e Dom Afonso II (em 1217). “O castelo de robusta construção, foi mandado construir por D. Gualdim Paes de Marecos, Grão Mestre dos Templários em 1239” [8]

Foi Dom Sancho I quem repovoou e reedificou a fortaleza que, entretanto, fora destruída nas lutas contra o Reino de Leão. Seriam novamente reparadas, um século mais tarde, pelos Cavaleiros Templários.

Em 1308, o rei Dom Dinis deu Carta de Feira. Em 1510, seria o rei Dom Manuel I a entregar de novo foral e concedendo à aldeia a categoria de vila.

Em meados do século XVII, Luis de Haro y Guzmán (ministro de Filipe IV de Espanha), tenta cercar Monsanto, mas sem sucesso. No século XVIII, o Duque de Berwick também cerca Monsanto, mas o exército português, comandado pelo Marquês das Minas, derrota o invasor nas difíceis escarpas que se erguem até ao castelo. Monsanto foi sede de concelho no período 1758-1853. Em 1815 um grave acidente, provocado por um raio, destruiu o seu castelo medieval, pela explosão do paiol de munições.[9]

Em 1927 a localidade foi de novo elevada à categoria de vila.[10]

Em 1938, ganhou o título de "Aldeia mais portuguesa de Portugal", exibindo o Galo de Prata, troféu da autoria de Abel Pereira da Silva, cuja réplica permanece até hoje no cimo da Torre do Relógio ou de Lucano.[7] Um pouco por toda a parte, foram depois colocadas réplicas do Galo de Prata, quer em igrejas, torres ou outros monumentos de todo o país.


Foi recentemente escolhida como um dos cenários de filmagem de "House of the Dragon", a prequela da famosa série "A Guerra dos Tronos".[11]

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Património

Arquitectura religiosa

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Capela de Santo António
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Capela do Espírito Santo
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Capela de Santa Maria do Castelo
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Capela de São Miguel do Castelo
  • Capela de São João Baptista (Ruínas)
  • Capela de São Pedro de Vir à Corça (ou Capela de São Pedro de Vira-Corça)
  • Capela da Senhora da Azenha
  • Capela da Senhora do Pé da Cruz
  • Capela de Santa Maria do Castelo
  • Capela de Santo António
  • Capela de São José
  • Capela de São Miguel do Castelo
  • Capela de São Sebastião
  • Capela do Espírito Santo
  • Igreja da Misericórdia

Arquitectura militar

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A Torre de Lucano (ou Torre do Relógio de Monsanto).

Arquitectura civil pública

  • Fonte Ferreiro
  • Chafariz do Meio e Chafariz da Fonte Nova
  • Pelourinho de Monsanto[13]
  • Forno
  • Cisternas
  • Antiga adega
  • Banco da paciência

Arquitectura civil privada

  • Pousada de Monsanto
  • Solar dos Pinheiros e Chafariz Mono
  • Solar da Família do Marquês da Graciosa (Posto de Turismo do Monsanto)
  • Solar da Família Melo ou Solar dos Condes de Monsanto
  • Solar da Família Pinheiro ou Solar da Fonte do Mono
  • Solar dos Priores de Monsanto
  • Casa de Fernando Namora
  • Antigo consultório de Fernando Namora
  • Casa seiscentista (1628)
  • Casa dos Governadores

Outros

  • Estação arqueológica romana de São Lourenço
  • Aldeia Velha de Monsanto[7]
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Colectividades

  • Adufeiras de Monsanto
  • Rádio Clube de Monsanto
  • Casa do Povo de Monsanto
  • Associação de Amigos do Carroqueiro
  • ACRAM – Associação Cultural Recreativa dos Amigos de Monsanto
  • Associação Geo-Cultural e Mons Sanctus
  • Associação de Caça e Pesca de Monsanto
  • Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Monsanto
  • Rancho Folclórico de Monsanto
  • Associação de Caçadores de Monsanto

Personalidades

Gastronomia

  • Cabrito assado no forno
  • Beringelas guisadas
  • Arroz de lebre

Ver também

Referências

  1. Instituto Geográfico Português. «Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2012.1». descarrega ficheiro zip/Excel
  2. «Lei n.º 11-A/2013 (Reorganização administrativa do território das freguesias)» (PDF). Diário da República 1.ª Série, n.º 19, de 28 de janeiro. Consultado em 2 de fevereiro de 2013
  3. «Decreto n.º 13140, de 16 de fevereiro». diariodarepublica.pt. Consultado em 15 de novembro de 2023
  4. «Paróquia de Monsanto». Arquivo Distrital da Castelo Branco. Consultado em 2 de Abril de 2014
  5. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  6. «Aldeia Velha de Monsanto». IGESPAR. Consultado em 2 de Abril de 2014
  7. Pinho Leal, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de (1875). Portugal Antigo e Moderno - Diccionario. [S.l.]: Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia. p. 413
  8. «Castelo e Muralhas de Monsanto». SIPA. Consultado em 2 de Abril de 2014
  9. «Castelo e muralhas de Monsanto». IGESPAR. Consultado em 2 de Abril de 2014
  10. «Pelourinho de Monsanto». IGESPAR. Consultado em 2 de Abril de 2014

Ligações externas

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