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Nélida Piñon

escritora brasileira (1938-2022) Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Nélida Piñon
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Nélida Cuíñas Piñón (Rio de Janeiro, 3 de maio de 1934Lisboa, 17 de dezembro de 2022)[1] foi uma escritora brasileira, integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), a qual já presidiu.[2] Foi uma das escritoras brasileiras mais conhecidas e traduzidas internacionalmente.

Factos rápidos Nascimento, Morte ...

Segundo Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras, Nélida foi "provavelmente, a maior escritora viva do país".[3][4]

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Biografia

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Nélida Piñon, 1971. Arquivo Nacional.

Filha de Lino Piñón Muíños e Olivia Carmen Cuíñas Morgado, de origem galega, do concelho de Cotobade. Seu nome é um anagrama do prenome de seu avô materno Daniel Cuiñas Cuiñas.[5]

Formou-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), tendo sido editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Também ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais em sua cidade natal.

Estreou na literatura com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, publicado em 1961, que tem como temas o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus.

No romance A República dos Sonhos, baseado em uma família de imigrantes galegos no Brasil, ela faz reflexões sobre a Galícia, a Espanha e o Brasil.

Nélida Piñon foi também ligada a outras instituições culturais. Era académica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e, em outubro de 2014, entrou na Real Academia Galega. Foi a primeira ocupante da cadeira de número 51 da Academia Brasileira de Filosofia.[6][7]

Nélida morreu em Lisboa em 17 de dezembro de 2022, aos 88 anos. Estava internada em um hospital na capital portuguesa para tratamento na vesícula. Havia sido submetida a uma cirurgia, da qual se recuperava, mas sofreu complicações e não resistiu.[8]

Academia Brasileira de Letras

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Retrato sob a guarda do Arquivo Nacional (Brasil).

Eleita em 27 de julho de 1989 para a cadeira que tem por patrono Pardal Mallet, da qual é a quinta ocupante. Tomou posse em 3 de maio de 1990, recebida por Lêdo Ivo.

Foi a primeira mulher a se tornar presidente da Academia Brasileira de Letras, entre 1996 e 1997.[2]

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Obras

Romance

  • Guia-mapa de Gabriel Arcanjo (1961)
  • Madeira feita de cruz (1963)
  • Fundador (1969)
  • A casa da paixão (1972)
  • Tebas do meu coração (1974)
  • A força do destino (1977)
  • A República dos Sonhos (1984)
  • A doce canção de Caetana (1987)
  • Vozes do deserto(2004)
  • Um dia chegarei a Sagres (2020)

Memórias

  • Coração Andarilho (2009)
  • O Livro das Horas (2012)
  • Uma Furtiva Lágrima (2019)
  • Os Rostos que Tenho (2023, lançamento póstumo)[9]

Contos

  • Tempo das frutas (1966)
  • Sala de armas (1973)
  • O calor das coisas (1980)
  • O pão de cada dia: fragmentos (1994)
  • Cortejo do Divino e outros contos escolhidos (2001)
  • A Camisa do Marido (2014)

Crônicas

  • Até amanhã, outra vez (1999)

Infanto-juvenil

  • A roda do vento (1996)

Ensaios

  • O presumível coração da América (2002)
  • Aprendiz de Homero (2008)
  • O ritual da arte (inédito)
  • Filhos da América (2016)
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Prêmios

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A atriz Fernanda Montenegro entrega a comenda da Ordem Padre José de Anchieta para Nélida Piñon, em 2017.

Sua obra já foi traduzida em inúmeros países, tendo recebido vários prêmios ao longo de mais de 35 anos de atividade literária. O mais recente foi o Prêmio Príncipe de Asturias das Letras de 2005, conferido na cidade espanhola de Oviedo. Concorreram a este prêmio escritores de fama mundial, como os norte-americanos Paul Auster e Philip Roth, e o israelense Amos Oz; ao todo, mais de dezesseis países estavam representados no concurso.

Mais informação Ano, Prêmio ...
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Referências

  1. Brasil', 'Agência (22 de dezembro de 2022). «Corpo de Nélida Piñon deve chegar ao Brasil semana que vem, diz ABL». Brasil. Consultado em 28 de dezembro de 2022
  2. «Morre Nélida Piñon, escritora integrante da Academia Brasileira de Letras». O Globo. 17 de dezembro de 2022. Consultado em 17 de dezembro de 2022
  3. «Nélida Piñon deixou livro de memórias pronto com a Record antes de morrer». folha.uol.com.br. Consultado em 11 de novembro de 2023
  4. Jornal do Brasil (20 de novembro de 1996). «Registro - Criado:». Consultado em 27 de junho de 2019
  5. Folha de S.Paulo (28 de junho de 2001). «Nélida Piñon recebe Prêmio Iberoamericano de Narrativa». Consultado em 26 de junho de 2019
  6. «O Pen Clube galego premia a Sábato, Nélida Piñón, Ricard Salvat e Juaristi». La Voz de Galicia (em galego). 22 de fevereiro de 2002. Consultado em 12 de dezembro de 2020
  7. World Literature Today. «2004 Puterbaugh Fellow Nélida Piñon». Consultado em 26 de junho de 2019
  8. IstoÉ (22 de junho de 2005). «Nélida Piñon ganha o prêmio Príncipe das Astúrias». Consultado em 27 de junho de 2019
  9. Abrelivros (21 de setembro de 2005). «Nélida Piñon leva Jabuti de Livro do Ano de Ficção». Consultado em 27 de junho de 2019
  10. O Globo (29 de janeiro de 2010). «Nelida Piñon ganha prêmio Casa de las America». Consultado em 27 de junho de 2019
  11. Academia Brasileira de Letras (15 de abril de 2010). «Acadêmica Nélida Piñon recebe o Prêmio internacional Terenci Moix de Literatura por seu livro "Coração andarilho"». Consultado em 27 de junho de 2019
  12. Terra (5 de dezembro de 2013). «Nélida Piñon recebe prêmio do BID por contribuição à cultura». Consultado em 26 de junho de 2019
  13. O Estado de S.Paulo (9 de dezembro de 2014). «Nélida Piñon vence prêmio da Rádio Nacional da Espanha». Consultado em 26 de junho de 2019
  14. O Estado de S.Paulo (20 de dezembro de 2018). «Nélida Piñon é reconhecida com o prêmio português Vergílio Ferreira». Consultado em 27 de junho de 2019
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Ligações externas

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