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New York Cosmos

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New York Cosmos
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 Nota: Para o time atualmente conhecido como New York Cosmos, veja New York Cosmos (2010).

O New York Cosmos (ou simplesmente Cosmos entre 1977–1978), foi um clube de futebol de Nova Iorque, Estados Unidos, que competia na North American Soccer League (NASL). A equipe jogou partidas em casa em três estádios ao redor de Nova Iorque, incluindo o Yankee Stadium, no Bronx, antes de se mudar em 1977 para o Giants Stadium nas proximidades de East Rutherford, Nova Jérsei, onde o clube permaneceu pelo resto de sua história.

Factos rápidos

Fundado em dezembro de 1970, competiu na NASL até 1983, quando devido aos problemas financeiros tanto do time quanto da liga, o time transferiu-se para a Major Indoor Soccer League, uma liga de showbol formado por times da NASL, até o time falir em 1985. O clube ficou conhecido internacionalmente por assinar com jogadores famosos, como o falecido atacante brasileiro Pelé, o atacante italiano Giorgio Chinaglia, o falecido defensor alemão Franz Beckenbauer e o famoso lateral-direito brasileiro Carlos Alberto Torres.

O time foi recriado em 2010 como um clube fênix para participar da segunda versão da NASL, que seria uma liga de segundo nível do futebol americano e anunciou que tentaria aplicar para entrar na Major League Soccer (MLS).[1] Devido a problemas da NASL com a Federação de Futebol dos Estados Unidos, a nova NASL foi suspensa em 2018,[2] enquanto a tentativa de entrada na MLS foi fracassada.[3] Sem uma liga, o Cosmos foi jogar na copa da National Premier Soccer League (NPSL), uma liga de quarto nível, enquanto a situação do time é debatida.[4]

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História

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Perspectiva
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Pelé, Brian Joy (centro) e Eusébio (à direita), se cumprimentam antes da partida entre o Cosmos e o Las Vegas Quicksilver, em abril de 1977

Fundação

A ideia da criação do New York Cosmos partiu dos irmãos Nesuhi Ertegün e Ahmet Ertegün, ambos nascidos em Istambul, Turquia. Os irmãos Ertegün foram os fundadores da Atlantic Records e depois que a gravadora foi comprada pela Warner Communications, atual Time Warner, sugeriram a Steve Ross, presidente da companhia, a criação de um clube de futebol por acreditarem na viabilidade econômica da North American Soccer League (NASL). O Cosmos se uniu à NASL em 10 de dezembro de 1970. A primeira partida dele foi em 17 de abril de 1971, contra o Saint Louis Stars com vitória do Cosmos por 2 a 1.

O nome

O nome do clube foi idealizado pelo inglês Clive Toye, o primeiro diretor do clube. A inspiração veio do New York Mets, time de beisebol. Da mesma forma que “Mets” era a forma curta de “Metropolitans”, Toye optou por “Cosmos”, como forma curta de “Cosmopolitans” e o clube foi batizado como New York Cosmos.

Uniforme

Foi também por sugestão de Toye, que as cores iniciais do Cosmos foram o verde e amarelo, em homenagem à seleção brasileira de 1970, campeã da Copa do Mundo no México. O verde e o amarelo permaneceram até 1974, quando foram alterados para o branco e o verde, que foi utilizado até 1979. A partir de 1980, as cores passaram a ser o branco e o azul, permanecendo até 1984, quando o clube foi fechado.

Trajetória

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Franz Beckenbauer (centro) no Cosmos, em um amistoso na Argentina, em 1980

Inicialmente o Cosmos era uma aventura e recebia pouco investimento. Contudo, aos poucos, Steve Ross se empolgou com o projeto e com o dinheiro da Warner, o clube passou a contratar vários jogadores famosos, tais como Pelé, Franz Beckenbauer, Giorgio Chinaglia, Carlos Alberto Torres, Marinho Chagas e Johan Cruyff, chegando ao ponto de ter um elenco formado por 16 nacionalidades. O poder econômico do Cosmos se refletiu em conquistas esportivas e o clube se tornou a franquia mais famosa e vitoriosa da NASL, conquistando 5 títulos nacionais (1972, 1977, 1978, 1980, 1982) e um vice-campeonato (1981) nos 17 anos de funcionamento da liga. Ainda venceu três Trans-Atlantic Cup (1980, 1983, 1984).

Durante seus anos de existência, o Cosmos teve sempre uma das melhores médias de público da NASL e entre 1977 e 1982 teve a maior média entre todas as franquias da NASL. Dos 20 jogos de maior público da história da NASL, 18 deles são em jogos do Cosmos, sendo que a partida de maior público foi em 14 de agosto de 1977, na partida do playoff contra Fort Lauderdale Strikers com um público de 77.691.

Major Indoor Soccer League e o Fim

Com o fim da NASL, o time transferiu suas atividades para a Major Indoor Soccer League (MISL), uma liga de "Futebol Indoor" (Conhecido como Showbol no Brasil), jogando durante a temporada de 1984 jogando 33 jogos, entretanto, o público e interesse foi muito baixo para manter o time. A MISL fecharia depois em 1992.

O clube encerrou suas atividades em 15 de setembro de 1984, quando realizou sua última partida. Em seus quatorze anos de existência, o Cosmos disputou 359 partidas na NASL, vencendo 221, empatando 18 e perdendo 120 partidas, marcando 844 gols e sofrendo 569. O baixo número de empates se devia à regra implantada na NASL a partir de 1975, onde os empates foram abolidos, existindo uma prorrogação de 15 minutos e uma disputa de tiro livres em caso de empate na prorrogação.

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Títulos

Mais informação NACIONAIS, Competição ...

* Título conquistado pelo novo New York Cosmos.

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Jogadores Históricos

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Pelé chorando na partida entre Santos e Cosmos, que marcou sua despedida oficial. Ele atuou um tempo por cada equipe. Ao seu lado, Carlos Alberto Torres.


Outros jogadores de destaque

Estatísticas

Partidas

  • 1971 - 9 vitórias, 4 empates, 7 derrotas
  • 1972 - 7 vitórias, 4 empates, 3 derrotas (campeão NASL)
  • 1973 - 7 vitórias, 6 empates, 5 derrotas
  • 1974 - 6 vitórias, 14 derrotas
  • 1975 - 10 vitórias, 12 derrotas
  • 1976 - 16 vitórias, 8 derrotas
  • 1977 - 15 vitórias, 11 derrotas (campeão NASL)
  • 1978 - 24 vitórias, 6 derrotas (campeão NASL)
  • 1979 - 24 vitórias, 6 derrotas
  • 1980 - 24 vitórias, 8 derrotas (campeão NASL)
  • 1981 - 23 vitórias, 9 derrotas
  • 1982 - 23 vitórias, 9 derrotas (campeão NASL)
  • 1983 - 22 vitórias, 8 derrotas
  • 1984 - 13 vitórias, 11 derrotas

Médias de público

  • 1971: 4.517
  • 1972: 4.282
  • 1973: 5.782
  • 1974: 3.578
  • 1975: 10.450
  • 1976: 18.227
  • 1977: 34.142
  • 1978: 47.856
  • 1979: 46.690
  • 1980: 42.754
  • 1981: 34.835
  • 1982: 28.479
  • 1983: 27.242
  • 1984: 12.817
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Estádios

Durante seu primeiro período, o Cosmos nunca construiu um estádio próprio e mandou seus jogos em quatro estádios diferentes. A partir de sua volta às competições, em 2013, iria disputar suas partidas no Hofstra Stadium. Atualmente se apresenta no James M. Shuart Stadium:

Em 11 de janeiro de 2013, o Cosmos anunciou seu projeto de construção de um estádio próprio com capacidade para 25.000 pessoas na região do Belmont Park.[5]

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Recordes

  • Maior artilheiro: o italiano Giorgio Chinaglia jogou, entre 1976-1983, em 213 jogos e marcou 196 gols, sendo o maior artilheiro da NASL em todos os tempos e o maior artilheiro da NASL nos anos de 1976, 1978, 1980, 1981 e 1982. Por seu país, jogou a copa de 1974.
  • Maiores goleadas: o Cosmos aplicou 12 a 1 em um amistoso contra o Malmö (Suécia), em 1975. A maior goleada sofrida foi em 1978, para o Seattle Sounders, por 9 x 2.
  • Mais assistências: o jogador que fez mais assistências foi o sérvio Vladislav Bogicevic, que atuou no clube entre 1978-1984 fazendo 147 assistências, em 203 partidas. Também jogou a Copa do Mundo de 1974 pela então Iugoslávia.
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Cosmos e o Brasil

  • Quando Pelé encerrou a carreira em fins de 1974, não tinha a intenção de continuar, entretanto a proposta do Cosmos de três milhões de dólares (uma fortuna bem maior à época) por três temporadas seduziu o Rei. E assim o futebol decolou de vez nos Estados Unidos, alcançando recordes de público. Um dos maiores entusiastas da contratação de Pelé foi o então secretário de estado Henry Kissinger, fã do futebol brasileiro, de Pelé e do Santos FC até hoje. O padroeiro do time é São Cosme e Damião, a pedido de Pelé.
  • O Cosmos enfrentou o brasileiro Santos em duas oportunidades, vencendo ambas por 2 a 1. A primeira foi em 1977, na despedida do Rei Pelé, que atuou um tempo em cada equipe e marcou um dos gols do time americano. A outra foi em 1979, na Vila Belmiro.
  • Em 1977, o Cosmos jogou o amistoso contra o Flamengo no maracanã e perdeu por 4-1.
  • Em 1980, o Cosmos realizou três amistosos no Brasil. Em Uberlândia-MG, quando empatou contra o Uberlândia por 1 x 1; em Santos-SP, quando venceu o Santos por 2 x 1 e em Manaus, em 09 de março, quando empatou com o Fast Clube por 0 x 0.
  • Em 1981, o Cosmos jogou pela primeira vez contra o São Paulo FC no Estádio Morumbi, sendo derrotado pelo clube paulista por 3 x 1.
  • Nos Estados Unidos, no Giants Stadium, enfrentou outros dois times brasileiros, sendo derrotado duas vezes. Uma por 3 x 1 para o Grêmio, num amistoso em 30 de agosto de 1981, e a segunda de 3 x 2 para o São Paulo FC, pela Transatlantic Cup de 1983, com gols de Bojicevic e Romerito para o Cosmos e três gols de Careca para os visitantes.
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Notas

  • Apesar de ser considerado em sua época um dos melhores e mais badalados times de futebol do mundo, o New York Cosmos jamais venceu a U.S. Open Cup, a mais tradicional competição de futebol dos EUA.[6]
  • O maior jogador que os Países Baixos já teve, Johan Cruijff, fez uma única partida pelo Cosmos, em 1978. O adversário era uma seleção formada por jogadores que participaram da Copa do Mundo de 1978 (com exceção dos jogadores da Seleção da Argentina, campeã da competição). O resultado foi 2 a 2 e, além de um golaço marcado pelo italiano Chinaglia, a partida é lembrada pela exibição magnífica de Cruijff, eleito o melhor jogador da partida.
  • O Cosmos era realmente um equipe que não tinha medo de enfrentar ninguém. Em 1979, a Seleção da Argentina, então campeã do mundo e munida de todos os seus titulares - inclusive o seu maior jogador em todos os tempos, Diego Maradona -, realizou um jogo amistoso contra a equipe estadunidense em Nova Iorque. Os argentinos venceram por 1 a 0, com um gol marcado por Daniel Passarella aos 46 minutos do segundo tempo, mas tiveram que suar muito, pois o Cosmos teve uma exibição de gala, principalmente o seu zagueiro (o brasileiro Carlos Alberto Torres), eleito o melhor jogador da partida.
  • Em 7 de julho de 2006, a produtora estadunidense de filmes para o cinema, Miramax Films, passou a exibir nos cinemas dos EUA, um documentário chamado Once in a Lifetime - The Extraordinary Story of The New York Cosmos (Uma Vez na Vida - A Extraordinária História do New York Cosmos, em inglês). Muito elogiado e narrado pelo ator Matt Dillon, este filme - como diz o título - conta a história da lendária equipe de futebol estadunidense.
  • O subtítulo do filme é bem sugestivo: The Untold story of the team that had America at its feet (aproximadamente A história oculta do time que teve a América aos seus pés).
  • O Cosmos inspirou o nome de um time de futebol da África do Sul, o Jomo Cosmos.
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Referências

  1. «Heritage». New York Cosmos. Consultado em 27 de março de 2019
  2. Keehner, Steven. «The Curious Case of the New York Cosmos: The Second Act». The Impact. Consultado em 28 de março de 2019
  3. Chiara, Michael (28 de fevereiro de 2018). «NASL Season Canceled, Cosmos to NPSL». Twice a Cosmo. Consultado em 27 de março de 2019

Ligações externas

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