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Partido pega-tudo
Termo político Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Um partido "pega‑tudo" (catch‑all party) também conhecido como partido-ônibus (big tent party) é aquele que busca atrair um eleitorado amplo e heterogêneo, reduzindo a sua identidade ideológica e priorizando estratégias pragmáticas e centradas no voto. O conceito foi proposto por Otto Kirchheimer na década de 1960 para descrever a transformação de antigas mass parties em partidos voltados ao eleitor geral, com liderança centralizada e foco em temas de consenso.[1]
Esse modelo se caracteriza por:
- Ideologia diluída e menos clara;
- Centralização do comando partidário;
- Papel reduzido aos membros comuns;
- Apelo à maior quantidade possível de votantes, evitando questões polarizadoras.[2][3]
Estudos comparativos também mostram que esse tipo de partido emergiu em democracias da Europa Central e Oriental, nos Estados Unidos e em outras regiões, especialmente em sistemas presidenciais onde o eleitorado favorece partidos centristas e de formação ampla.[4][5]
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Exemplos de partidos pega-tudo
Alemanha: União Democrata-Cristã;[6]
Argentina: Partido Justicialista;[7] União Cívica Radical;[7]
Austrália: Partido Liberal da Austrália;[8]
Áustria: Partido Popular Austríaco;[6]
Brasil: Movimento Democrático Brasileiro (MDB)[9], Partido Social Democrático (PSD);
Canadá: Partido Liberal do Canadá;[8] Partido Progressista Conservador do Canadá;[10]
Catalunha: Juntos pelo Sim;[11]
El Salvador: Nuevas Ideas
Eritreia: Frente Popular pela Democracia e Justiça;[12]
Escócia: Partido Nacional Escocês;[13]
Estados Unidos: Partido Democrata,[14][15] Partido Libertário,[14] Socialistas Democráticos da América;[16]
França: Renascimento;[17] União Popular Republicana;[18]
Hungria: Jobbik;[19]
Índia: Congresso Nacional Indiano;[20]
Irão: Frente da Participação do Irão Islâmico;[21]
Irlanda: Fianna Fáil;[22]
Itália: Democracia Cristã (1943-1994);[23] Movimento 5 Estrelas;
Japão: Partido Liberal Democrata;[8]
México: Partido Revolucionário Institucional;[24]
Nova Zelândia: Partido Nacional;[8]
Portugal: Partido Social Democrata;[25]
Chéquia: ANO 2011;[26]
Rússia: Rússia Unida;[27]
Suécia: Partido Social-Democrata.[8]
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Referências
- «Political party». Wikipedia (em inglês). 24 de junho de 2025. Consultado em 10 de julho de 2025
- Wiliarty, Sarah Elise (16 de agosto de 2010). The CDU and the Politics of Gender in Germany: Bringing Women to the Party (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 9781139491167
- Weitz-Shapiro, Rebecca (6 de outubro de 2014). Curbing Clientelism in Argentina (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 9781107073623
- Carty, R. Kenneth (1 de setembro de 2015). Big Tent Politics: The Liberal Party’s Long Mastery of Canada’s Public Life (em inglês). [S.l.]: UBC Press. ISBN 9780774830027
- Gallas, Daniel (29 de março de 2016). «Brazil faces up to decisive month». BBC News (em inglês)
- Haute, Emilie van; Gauja, Anika (24 de abril de 2015). Party Members and Activists (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 9781317524328
- O'Kane, David; Hepner, Tricia Redeker (15 de janeiro de 2013). Biopolitics, Militarism, And Development: Eritrea in the Twenty-First Century (em inglês). [S.l.]: Berghahn Books. ISBN 9780857453990
- Carrell, Severin (25 de abril de 2011). «Alex Salmond's big tent bulges as Tommy Sheridan lends voteless support». the Guardian (em inglês). Consultado em 17 de fevereiro de 2018
- Durham, Elliot H. (18 de agosto de 2017). The Political Spectrum & Genopolitics: Primer & Reference Guide (em inglês). [S.l.]: Lulu.com. ISBN 9781387174782
- Foran, Clare. «Is There Any Room in the 'Big Tent' for Pro-Life Democrats?». The Atlantic (em inglês)
- CNN, Analysis by Gregory Krieg,. «Democratic Socialists are taking themselves seriously. Should Democrats?». CNN
- «Législatives : "Le parti d'Emmanuel Macron a un caractère attrape-tout"». Les Inrocks (em francês)
- Gaël Brustier (14 de março de 2017). «La candidature d'Asselineau et de l'UPR n'a rien de fantaisiste» (em francês). Slate
- «Cópia arquivada». Consultado em 31 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 31 de agosto de 2016
- Bengali, Shashank Bengali, By Shashank. «The future of India's National Congress dynastic party is in doubt». latimes.com. Consultado em 17 de fevereiro de 2018
- ARIABARZAN, MOHAMMADIGHALEHTAKI, (2012). «Organisational Change in Political Parties in Iran after the Islamic Revolution of 1979. With Special Reference to the Islamic Republic Party (IRP) and the Islamic Iran Participation Front Party (Mosharekat)». etheses.dur.ac.uk. Consultado em 17 de fevereiro de 2018
- Flora, Peter (1986). Growth to Limits: The Western European Welfare States Since World War II (em inglês). [S.l.]: Walter de Gruyter. ISBN 9783110111316
- Pike, John. «Christian Democrat Party (DC) Democrazia Cristiana» (em inglês)
- http://www.celag.org, Aránzazu Tirado Sánchez. [www.celag.org/wp-content/uploads/2015/11/MEXICO-II-2014.pdf «México: coyuntura electoral y perspectivas de cara a 2018»] Verifique valor
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(ajuda) (PDF). www.revuepolitika.cz (em espanhol). Consultado em 17 de fevereiro de 2018 - Gallagher, Tom; Williams, Allan M. (1989). Southern European Socialism: Parties, Elections, and the Challenge of Government (em inglês). [S.l.]: Manchester University Press. ISBN 9780719025006
- http://www.webaction.cz, Lev Doležal,. «Marketing jako kingmaker aneb Kam směřují české politické strany?». www.revuepolitika.cz (em checo). Consultado em 17 de fevereiro de 2018
- Makarychev, Andrey; Mommen, Andre (18 de julho de 2013). Russia’s Changing Economic and Political Regimes: The Putin Years and Afterwards (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 9781135006952
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