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Patchwork
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A tradução literal de patchwork é "trabalho com retalho". É uma técnica que une tecidos com uma infinidade de formatos variados. O patchwork é a parte superior ou topo do trabalho, já o trabalho completo é o acolchoado, formado pelo topo mais a manta acrílica e o tecido fundo, tudo preso por uma técnica conhecida como quilting ou acolchoamento.
Este artigo não cita fontes confiáveis. (agosto de 2019) |

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Histórico
Resumir
Perspectiva
Existem registros históricos de que o homem faz acolchoados desde que aprendeu a tecer. No século IX a.C., os faraós já usavam roupas com técnicas similares. Existe uma versão de que esta técnica foi levada por comerciantes para o antigo Oriente, depois viajou para a atual Alemanha, até que chegou à Inglaterra no século XI, sendo utilizada para fazer tapetes e túnicas clericais. Mas os primeiros tapetes e acolchoados surgiram somente no século XVI, época de Henrique VIII, e costumavam ser presentes de casamento muito admirados. Os cavaleiros da Idade Média também usavam acolchoados como proteção, embaixo da armadura de metal.[1]
Em meados do século XVII, a arte de quiltar chegou às Américas, mais especificamente aos Estados Unidos e Canadá. Trazida pelos colonizadores, era comum ver colchas feitas de linho ou lã, em panos inteiros ou a partir de medalhões centrais e bordas, que permitiam o aproveitamento total de retalhos, já que tecidos eram considerados preciosidade, assim como linhas e agulhas (que eram passadas de mãe para filha). As técnicas eram transmitidas pelas mães e avós para suas descendentes, assim surgiram muitas tradições relacionadas a tecidos, cores e desenhos. Uma tradição de meados de 1800 pedia que a moça fizesse doze colchas antes de poder casar, sendo que a última deveria utilizar os blocos Double Wedding Ring (dois anéis de casamento entrelaçados).
Durante a Guerra da Independência dos EUA, apareceram muitas colchas com motivos patrióticos e símbolos relacionados à revolução. A partir de 1795, apareceram os blocos de patchwork e as bordas "despedaçadas", mas ainda em torno de um medalhão central. Em 1800, no início da época dos pioneiros, surgiram os blocos Nine Patch (nove retalhos) e Grandmother's Basket (cesta da vovó). Em 1806, começaram a trabalhar as colchas totalmente em blocos, no que passou a ser conhecido como padrão de cadeia irlandesa.
Em 1851, a invenção da máquina de costura caseira foi patenteada, o que trouxe muitas novidades. Com isso, apareceram mais blocos, como o Dresden plate (prato de Dresden ou margarida), Texas Star (estrela do Texas), Grandmother's Flowers Garden (jardim das flores da vovó), Bear's Paw (pata de urso), Schoolhouse (escola) e muitos mais. A agilidade na execução aumentou e começaram a surgir revistas especializadas em moldes e padrões.
O estouro da Bolsa de Valores dos Estados Unidos causou a Grande Depressão, que durou de 1929 a 1939, fazendo com que as quilteiras precisassem aproveitar todo e qualquer tecido disponível, usando formatos como o Apple Core (miolo de maçã) e os triângulos, que permitiam aproveitamento total dos tecidos. Nessa época surgiram os equipamentos para aplicação e a bonequinha Sunbonnet Sue (Sue com chapéu de sol).

A revolução trazida pela Segunda Guerra Mundial e pela liberação feminina, na década de 1960, desvalorizaram um pouco a tradição do patchwork. Porém, em 1979, a empresa Olfa lançou um sistema inventado pelo Sr. Y. Okada, que utilizava um cortador rotatório, uma placa de base (para não deixar a lâmina perder o fio) e réguas com marcações, permitindo corte mais rápido e com precisão. Era para facilitar o corte da seda, mas adaptava-se tanto ao patchwork, que revolucionou e agilizou o mundo do patchwork.[2]
Desde então, houve o crescimento no interesse por essa arte. Nos Estados Unidos, é um mercado que movimentou mais de 4,5 bilhões de dólares estadunidenses em 2024.[3] Encontram-se quilteiras no mundo inteiro, incluindo no Brasil, Japão, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Espanha, Dinamarca e em muitos outros países.
Grandes indústrias têxteis desenvolvem anualmente tecidos especiais para o patchwork,[4] assim como existem revistas, materiais e ferramentas que visam facilitar o trabalho. Os festivais promovem cada vez mais esta arte, que também pode ser considerada uma excelente diversão.
A cor é o elemento que mais chama a atenção numa peça de patchwork. O conhecimento da cor é uma boa base para obter ótimos resultados. Saber combinar as cores e os tons e conseguir uma harmonia entre eles, é um grande passo para quem deseja fazer um bom trabalho em patchwork.[5]
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Ligações externas
- Encontro Gaúcho de Patchwork e Bonecos
- Festival de Quilt e Patchwork em Gramado
- Trabalhos em patchwork[ligação inativa]
- Sobre a Sunbonnet Sue
- Para visualização dos principais blocos utilizados na confecção de patchwork
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Referências
- «The Complete History of Quilting: 5000-Year Journey». Deb's Quilt Studio Blog (em inglês). 1 de julho de 2025. Consultado em 26 de outubro de 2025
- Coté, Abby (11 de março de 2024). «The First Rotary Cutter: OLFA® Makes Quilting History». Quilting Daily (em inglês). Consultado em 26 de outubro de 2025
- Glassenberg, Abby (13 de maio de 2025). «The Size of the Quilting Market: Quilting Trends Survey Results 2025». Craft Industry Alliance (em inglês). Consultado em 26 de outubro de 2025
- Noveleto, Textil (11 de outubro de 2024). «Artesão Como a Indústria Têxtil Ajuda Você no Artesanato». Têxtil Noveleto. Consultado em 26 de outubro de 2025
- Karin Dolores Studio | Patchwork & Quilting (30 de abril de 2021), TEM DIFICULDADE DE COMBINAR TECIDOS E CORES NO PATCHWORK?! ESSAS DICAS IRÃO DE AJUDAR..., consultado em 26 de outubro de 2025
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