Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto

Pedro Ludovico Teixeira

jornalista, médico e político brasileiro. 49º e 56º governador de Goiás, criador da capital estadual, Goiânia Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Pedro Ludovico Teixeira
Remove ads

Pedro Ludovico Teixeira (Goiás, 23 de outubro de 1891Goiânia, 16 de agosto de 1979) foi um político, médico e jornalista brasileiro. Ele serviu por quatro vezes como governador e interventor federal de Goiás.[1][2] Sob sua administração foi iniciada e concluída a construção na nova capital Goiânia.

Factos rápidos Senador por Goiás, Período ...
Remove ads

Biografia

Thumb
Busto de Pedro Ludovico Teixeira, à entrada do Palácio das Esmeraldas, sede do Governo do Estado de Goiás, em Goiânia.

Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1915). Um dos líderes da Revolução de 1930, em Goiás, interventor federal no estado (1930-1933) e governador de 1935 a 1937,[3] foi responsável direto pela mudança da capital de Goiás para Goiânia.

Pedro Ludovico Teixeira fazia parte do núcleo de oposição em Goiás que se esboçava em Rio Verde, Inhumas e Anápolis, contra o poderio político dos Caiado. Pedro Ludovico reuniu um grupo de 120 voluntários de Goiás e do Triângulo Mineiro com a intenção de invadir o sudoeste goiano. Perto de Rio Verde, Pedro Ludovico foi preso pelas tropas caiadistas (4 de outubro de 1930), sendo solto logo que chegou a notícia em Goiás da vitória da revolução.

Remove ads

Primeiros anos

Pedro Ludovico Teixeira nasceu na cidade de Goiás, então capital do estado de Goiás, em 23 de outubro de 1891, filho do médico João Teixeira Álvares e de Josefina Ludovico de Almeida. Mudou-se para o Rio de Janeiro e bacharelou-se em Medicina.[4]

Carreira política

Resumir
Perspectiva

Revolução de 1930 e interventoria federal

Thumb

Retornou a Goiás em março de 1916, fixando residência em Bela Vista, onde começou a clinicar. Em 1917 mudou-se para Rio Verde (GO) e no ano seguinte se casou com Gercina Borges Teixeira. Participou da Revolução de 1930. Em 24 de outubro do mesmo ano foi determinada a sua remoção para a cidade de Goiás, mas durante o percurso veio a notícia da vitória da revolução. Assim, Pedro Ludovico chegou ao destino não mais como prisioneiro, mas para assumir a liderança de um movimento vitorioso e o governo provisório do estado. Em 21 de novembro, foi nomeado interventor em seu estado.

Governador constitucional

Em 1933 foi decidida a reconstitucionalização do país, e Ludovico tomou parte ativa na criação do Partido Social Republicano (PSR), que viria a preencher todas as cadeiras da representação goiana na Constituinte de 1934. Em 1935, seguindo as normas da Constituição federal votada no ano anterior, reuniu-se a Assembleia Constituinte do estado de Goiás, que o elegeu governador.

Interventoria federal e Estado Novo

Thumb
Pedro Ludovico Teixeira, então governador estadual de Goiás, assina decreto que confirma a mudança da capital estadual de Goiás para Goiânia, sob a numeração 1.816.

Em novembro de 1937, com a implantação do Estado Novo, permaneceu à frente do governo estadual, mais uma vez como interventor. No início de 1945, momento de crise do Estado Novo e surgimento de novos partidos políticos, participou intensamente da criação do Partido Social Democrático (PSD), do qual foi presidente em seu estado. Cinco dias após a queda de Getúlio Vargas, foi substituído na interventoria, depois de 15 anos consecutivos à frente do Executivo estadual.

Pós-Era Vargas

Em dezembro de 1945, foi eleito senador na legenda do Partido Social Democrático para um mandato de oito anos e, dessa forma, tomou parte nos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte de 1946. Membro do diretório nacional desta agremiação política, em 1950 interrompeu seu mandato no Senado para candidatar-se novamente ao governo de Goiás. Foi eleito no pleito de 3 de outubro do mesmo ano, pela coligação entre o PSD e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Empossado em janeiro de 1951, governou por apenas três anos e meio, ao fim dos quais renunciou para se desincompatibilizar e novamente candidatar-se ao Senado.

Nas eleições de outubro de 1954 elegeu-se mais uma vez senador na legenda do PSD, com mandato de oito anos. Reeleito em outubro de 1962, novamente com o apoio do PSD e do PTB. Em novembro de 1964, mobilizou homens armados para a defesa do mandato de seu filho Mauro Borges no governo estadual de Goiás, que este ocupava desde 31 de janeiro de 1961. Entretanto, não teve sucesso, pois uma intervenção federal afastou Mauro Borges do governo do cargo no dia 26 de novembro. Permaneceu no Senado até outubro de 1969.

Remove ads

Cassação e morte

Em outubro de 1965, o Ato Institucional nº 2 (AI-2), promulgado pelo presidente Humberto Castelo Branco, extinguiu os partidos políticos até então existentes. Com o advento do bipartidarismo, Pedro Ludovico filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro, representando-o na vice-presidência do Senado até 1º de outubro de 1969,[5] quando a junta militar presidida por Augusto Rademaker, que governou o país de 31 de agosto a 30 de outubro do mesmo ano, cassou seu mandato parlamentar com base no Ato Institucional nº 5 (AI-5).[6]

Foi redator do jornal goiano A Voz do Povo e membro honorário da Academia de Letras de São Paulo. Faleceu em Goiânia no dia 16 de agosto de 1979, quando preparava mais um volume de seu livro Memórias.[7]

Remove ads

Legado

Resumir
Perspectiva
Thumb
Estátua equestre de Pedro Ludovico Teixeira em Goiânia, Goiás.

O objetivo político do governo de Pedro Ludovico era impulsionar a ocupação do estado de Goiás, direcionando os excedentes populacionais para os espaços demográficos vazios na tentativa de aumentar a produção econômica. A implantação de tal projeto só seria possível com a garantia de uma infraestrutura básica ligando o Centro-Oeste ao Sul do país. As medidas adotadas por Pedro Ludovico:

A pedra fundamental da cidade de Goiânia foi lançada em 3 de outubro de 1933, como homenagem aos três anos do início da Revolução de 1930.

No ano de 1973 lançou, em Goiânia, pela Editora Cultura Goiana, a primeira edição da sua autobiografia, que contava com 313 páginas, sob o título de "Memórias". A capa do livro foi elaborada por Marcos Veiga, retratando Pedro Ludovico.

Precedido por
Carlos Pinheiro Chagas
Junta governativa goiana de 1930
1930
Sucedido por
Pedro Ludovico Teixeira
Precedido por
Junta governativa goiana de 1930
Governador de Goiás
19301932
Sucedido por
Mário de Alencastro Caiado
Precedido por
Mário de Alencastro Caiado
Governador de Goiás
19321933
Sucedido por
José Carvalho dos Santos Azevedo
Precedido por
José Carvalho dos Santos Azevedo
Governador de Goiás
19331934
Sucedido por
Inácio Bento de Loyola
Precedido por
Vasco dos Reis Gonçalves
Governador de Goiás
1934
Sucedido por
Heitor Morais Fleury
Precedido por
Heitor Morais Fleury
Governador de Goiás
19341945
Sucedido por
Eládio de Amorim
Precedido por
Hosanah de Campos Guimarães
Governador de Goiás
19511955
Sucedido por
José Ludovico de Almeida
Remove ads

Notas

    1. Mandato cassado em 31 de janeiro de 1969 pelo Ato Institucional n.º 5.

    Referências

    1. «Senador Pedro Ludovico - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 15 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2023
    2. 5574 (15 de junho de 2011). «Relação dos Governantes do Estado de Goiás - República». DARTCreations. Consultado em 15 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2023
    3. «Dossie Goiás, Relação de Governadores». Goiasnet. Consultado em 24 dezembro de 2013. Arquivado do original em 25 de dezembro de 2013
    4. «Pedro Ludovico Teixeira | Portal da Alego». Pedro Ludovico Teixeira | Portal da Alego. Consultado em 16 de abril de 2024
    5. «Lista de cassações, aposentadorias e demissões do AI-5» 🔗. doi.org. 21 de março de 1969. p. 288. Consultado em 1 de fevereiro de 2025
    Remove ads
    Loading related searches...

    Wikiwand - on

    Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

    Remove ads