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Prisões secretas da CIA

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Prisões secretas da CIA
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As prisões secretas da CIA, conhecidas em inglês como black sites, são unidades carcerárias secretas mantidas em outros países pela Central Intelligence Agency (CIA) do governo dos Estados Unidos. O termo vem aumentando em uso desde o início da "Guerra contra o Terrorismo" promovida pela administração de George W. Bush, em que se especula que tais prisões são utilizadas para o encarceramento de inimigos acusados de terrorismo. A existência de tais locais foi negada pelo governo norte-americano, até 6 de setembro de 2006 quando o presidente George W. Bush reconheceu que há prisões secretas mantidas pela CIA.[1]

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Campo Delta em Guantánamo, Cuba
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Supostos black sites

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  Os Estados Unidos e supostos black sites da CIA
  Rendições extraordinárias supostamente ocorreram destes países
  Detidos foram supostamente transportados por estes países
  Detidos supostamente desembarcaram nestes países
Fontes: Anistia Internacional,[2] Human Rights Watch e este artigo
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Perspectiva

Da administração dos Estados Unidos

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O presidente Bush fala sobre as ações da Guerra contra o Terrorismo promovida por sua administração.

Respondendo as alegações, a secretária de Estado Condoleezza Rice declarou em 5 de dezembro que os Estados Unidos não tinham violado a soberania de nenhum país na extradição de suspeitos de terrorismo, e que os indivíduos nunca foram extraditados para países onde acredita-se que eles possam ser torturados. Alguns jornalistas apontaram que os comentários de Rice não excluem a possibilidade de prisões operadas com o conhecimento da nação onde estão localizadas,[25] ou a possibilidade das "promessas" feitas por tais nações não serem verdadeiras.[26] De fato, em 6 de setembro de 2006, o presidente Bush admitiu publicamente a existência de prisões secretas[1] e que muitos dos detidos que ocupam tais lugares estão sendo transferidos para Guantánamo em Cuba.[27]

Em um discurso em 29 de setembro de 2006, o presidente Bush declarou que "uma vez capturados, Abu Zubaydah, Ramzi Binalshibh e Khalid Sheikh Mohammed ficaram sob custódia da CIA. O interrogatório desses e de outros suspeitos de terrorismo forneceu informações que nos ajudaram a proteger o povo dos EUA. Eles nos ajudaram a acabar com uma célula terrorista asiática responsável por ataques dentro dos Estados Unidos. Eles nos ajudaram a encerrar uma operação da al-Qaeda que desenvolvia antraz para ataques terroristas. Eles nos ajudaram a deter um ataque planejado a uma concentração de fuzileiros navais dos EUA no Djibouti, e a prevenir ataques ao consulado dos EUA em Karachi, e a deter um plano para seqüestrar aviões comerciais no Aeroporto Heathrow e no Canary Wharf de Londres".[28]

Em 21 de abril de 2006, Mary O. McCarthy, uma analista de longo tempo da CIA, foi demitida por vazar informações secretas para uma jornalista do Washington Post, Dana Priest, que recebeu o Prêmio Pulitzer por suas revelações sobre black sites da CIA. Alguns especularam que a informação supostamente vazada poderia ter incluído informações sobre as prisões.[29] O advogado de McCarthy, no entanto, alegou que sua cliente "não teve acesso à informação pela qual é acusada de ter vazado".[30] O Washington Post colocou em dúvida a conexão entre os black sites e sua demissão.[31]

Das Nações Unidas

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Países afetados pelos eventos segundo a Open Society.[32][33]

Em 19 de maio de 2006, o Comitê contra a Tortura da Organização das Nações Unidas, responsável pela verificação do cumprimento da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura (o tratado mundial antitortura) recomendou que os Estados Unidos parem de manter detidos em prisões secretas e interrompam a prática de extraditar prisioneiros para países onde possam ser torturados. A decisão foi tomada em Genebra após dois dias de audiências nas quais uma delegação dos Estados Unidos com 26 membros defendeu a prática.

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Referências

  1. ""The Salt Pit" CIA Interrogation Facility outsitde Kabul", GlobalSecurity.org.
  2. Dombey, Daniel, "CIA faces new secret jails claim", Financial Times, 10 de janeiro de 2006.
  3. UPI. "Ukraine denies hosting secret CIA prisons", United Press International, 13 de março de 2006.
  4. Huizinga, Johan, "Is Europe being used to hold CIA detainees? Arquivado em 2012-06-29 na Archive.today", Radio Netherlands, 25 de novembro de 2005.
  5. Tim, "CIA Torture Jet sold in attempted cover up Arquivado em 17 de março de 2005, no Wayback Machine.", Melbourne Indymedia, 11 de dezembro de 2004.
  6. Grey, Stephen, "Details of US 'torture by proxy flights' emerge Arquivado em 14 de dezembro de 2004, no Wayback Machine.", Not in Our Name, 14 de novembro de 2004.
  7. Rupert Cornwell (6 de dezembro de 2005). «'Rendition' does not involve torture, says Rice». The Independent. Consultado em 15 de fevereiro de 2007. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2005
  8. Bronwen Maddox (6 de dezembro de 2005). «Tough words from Rice leave loopholes». The Times
  9. «Colleagues Say C.I.A. Analyst Played by Rules"». New York Times. 22 de abril de 2006
  10. Washington Post, "Fired Officer Believed CIA Lied to Congress", de R. Jeffrey Smith, 14 de maio de 2006]
  11. «TRANSCEND MEDIA SERVICE». TRANSCEND Media Service
  12. «CIA Secret Detention and Torture». opensocietyfoundations.org. Consultado em 22 de maio de 2016. Arquivado do original em 20 de fevereiro de 2013
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