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Sistema FIRJAN

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A Firjan é uma organização privada e sem fins lucrativos, com mais de 7.500 empresas associadas. Sua missão é “promover competitividade empresarial, educação e qualidade de vida do trabalhador da indústria e de toda a sociedade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do estado do Rio”.[1] A Firjan é composta por cinco instituições que trabalham de forma integrada para o crescimento da indústria fluminense. Juntas, Firjan, Firjan CIRJ (Centro Industrial do Rio de Janeiro), Firjan SESI, Firjan SENAI e Firjan IEL promovem ações nos níveis econômico, político e social para garantir uma posição de destaque para o estado no cenário nacional. Todas as instituições se caracterizam hoje fortemente como prestadoras de serviços às empresas e à sociedade.

Factos rápidos Tipo, Fundação ...
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Atuação

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Perspectiva

A Firjan e suas instituições trabalham em diversas frentes em prol do empresariado fluminense e da sociedade. Isso pode ser visto, por exemplo, em seu esforço para:

De forma geral, a Firjan como um todo sempre age levando em consideração três grandes pilares: competitividade industrial, educação e qualidade de vida.

Competitividade empresarial

Voltada para o campo da economia e do desenvolvimento sustentável empresarial, refere-se a temas que vão de análises micro & macroeconômicas e investimentos (como o Decisão Rio, estudo sobre as intenções de investimento no Estado do Rio de Janeiro) a estudos segmentados em áreas como energia elétrica, banda larga, gás natural e nanotecnologia (a Série Quanto Custa, por exemplo, faz um levantamento de custos com os quais a indústria nacional precisa arcar, levando à perda da competitividade). E se o interesse é a gestão fiscal e o desenvolvimento dos municípios do Brasil, existem os estudos Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) e Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), respectivamente.[7]

Além disso, a Firjan premia boas práticas industriais[8] e oferece consultoria para empresas de todos os portes, nos mais diversos campos (tais como jurídico e ambiental[9]). Em todas as suas ações, seu objetivo é incentivar “a geração de negócios, novos mercados, acesso a informações estratégicas para a melhoria da competitividade, bem como, a disseminação de estudos especializados que fomentem o desenvolvimento econômico das empresas”.[10] Um desses estudos inclui a análise periódica de cenários para os próximos anos no setor industrial brasileiro, o que implica mapear “investimentos estrangeiros e nacionais e apontar oportunidades”.[11] Outro estudo, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, se inspirou na Indústria criativa no Brasil para analisar as perspectivas de crescimento[12] das profissões relacionadas a conhecimento e inovação no país.[13]

Educação

Esse campo de atuação conta com as ações da Firjan SESI e da Firjan SENAI. A Escola Firjan SESI atua da educação infantil ao ensino médio, tendo como um dos recursos educativos a apresentação de peças de teatro.[14] Além disso, o aprendizado dos números fica mais fácil com as iniciativas lúdicas do programa SESI Matemática, que se aplica tanto a escolas Firjan SESI quanto a unidades Firjan SENAI e escolas públicas.

Já a formação profissional é encabeçada pela Firjan SENAI, voltado para segmentos da indústria, como o automotivo, o de bebidas, o de eletrônica e o gráfico. Tanto a escola quanto os cursos são aprimorados por meio do Programa Conectividade, que emprega novas tecnologias educacionais para melhorar o ensino e a aprendizagem. A graduação tecnológica de nível superior fica por conta da Faculdade SENAI Rio, que forma tecnólogos para o mercado de trabalho. Para o desenvolvimento das empresas fluminenses – no que diz respeito a gestão, processos, produtos e serviços –, existem os Centros de Tecnologia SENAI Rio, voltados para as áreas de automação/simulação, solda, alimentos/bebidas e meio ambiente. Tanto para consultoria quanto para formação profissional.[15]

Uma atividade comum às duas entidades é o Seminário Conecta, que todos os anos reúne autoridades, alunos e professores para refletir sobre o papel do professor e encontrar a melhor forma de incorporar as tecnologias na educação. As parcerias com outras instituições também são firmadas a fim de fortalecer ainda mais os programas de educação e cidadania.[16]

Qualidade de vida

A Firjan promove a qualidade de vida por meio de serviços e programas. As unidades Firjan SESI espalhadas pelo estado oferecem infraestrutura propícia a lazer, esporte, saúde e cultura para a sociedade.

Além de ações nas unidades, a entidade realiza o programa Ação Global, um mutirão que presta serviços para populações que carecem de serviços básicos nas áreas de saúde (como exame de vista e identificação do tipo sanguíneo), cidadania (como emissão de CPF e orientação jurídica) e lazer, cultura e esporte (como artesanato, apresentação de corais e atividades desportivas). Nas comunidades pacificadas pelas UPPs, o programa Sesi Cidadania realiza um trabalho semelhante, ou seja, promove educação, esporte, lazer e cultura para os moradores, só que de forma permanente e in loco.

Quando o objetivo é promover o acesso à arte, entra em cena a Firjan SESI Cultura, programa que oferece música, teatro, dança e outras atividades a preços populares. Destacam-se o X-Tudo Cultural Sesi, evento anual que promove diversas manifestações artísticas com entrada franca, e o Sesi In Jazz Festival, encontro que une artistas consagrados e novos talentos do Jazz.

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Entidades

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Perspectiva

A Firjan, portanto, atua de forma integrada por meio das cinco entidades que o compõem:

Firjan

A Firjan desenvolve e coordena estudos, pesquisas e projetos para orientar as ações de promoção industrial e novos investimentos no estado. Seus conselhos empresariais temáticos e fóruns empresarias setoriais discutem tendências e lançam diretrizes para ações de apoio e assessoria às empresas. Hoje, mais de 100 sindicatos industriais são filiados à Firjan, representando mais de 10 mil empresas de todo o estado do Rio de Janeiro.

Firjan CIRJ

A Firjan CIRJ possibilita às empresas a ele associadas acesso, em condições diferenciadas, aos serviços oferecidos pelas cinco instituições integrantes da Firjan. Seu objetivo é promover a competitividade empresarial e defender os interesses dos filiados. O atendimento é personalizado.

Firjan SENAI

A Firjan SENAI promove aprendizagem industrial, qualificação e especialização de trabalhadores por meio de cursos diversos. Possui uma rede de 42 unidades operacionais fixas - entre elas, cinco Centros de Tecnologia de referência nacional e regional - e 30 unidades móveis.[17]

Firjan SESI

A Firjan SESI desenvolve ações para a promoção da saúde, educação, esporte, lazer e cultura direcionadas aos trabalhadores, às empresas e à sociedade em geral. A instituição atua também nas áreas de saúde ocupacional, segurança do trabalho e proteção ao meio ambiente. Conta com 30 unidades operacionais distribuídas por todo o estado.[18]

Firjan IEL

A Firjan IEL promove a capacitação empresarial e desenvolve projetos de incentivo ao empreendedorismo, contribuindo para a modernização e o crescimento da indústria. Além disso, procura unir universidades e instituições de pesquisa ao mundo empresarial.

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História

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Perspectiva

A fim de fomentar a indústria brasileira, em 1831 foi fundada a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (Sain).[nota 1][19] Essa sociedade privada atuou durante 50 anos como órgão consultivo do governo federal, especialmente nas questões econômicas do Império. Em 1850 – com a extinção da Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação –, a Sain também passou a ser órgão de concessão de fábricas e invenções, o que a própria considerava um obstáculo ao desenvolvimento industrial.

Descontentes, industriais associados à Sain pediram revisão de estatutos e políticas para que satisfizessem aos seus interesses. No Rio, quem defendia os interesses do setor têxtil era o Centro Industrial de Fiação e Tecelagem de Algodão, mas faltava um órgão que unificasse representantes de toda a indústria nacional. Isso aconteceu quando a Sain se uniu a esse Centro, em 1904, para constituir o Centro Industrial do Brasil (CIB), que defendeu fortemente a tarifa alfandegária.[20]

Primeira Guerra Mundial

Com o advento da Primeira Guerra Mundial, a indústria acabou se beneficiando no médio prazo. Como o Brasil era grande importador de produtos industrializados dos países em guerra e estes, por sua vez, reduziram drasticamente as exportações para focar em suas operações bélicas, o país foi obrigado a substituir as importações, ampliando assim o parque fabril nacional.

"Dos 3.400 estabelecimentos industriais, existentes em 1910, passou-se, 10 anos mais tarde, para 13.600, com o número de operários se elevando de 150 mil para 275 mil, enquanto o valor da produção industrial evoluiu de 769 mil para 3 milhões de contos."[19]

Getúlio Vargas

Na década de 1920, o país estava investindo em infraestrutura (hidrelétricas, portos, telefonia e estradas de ferro) e os empresários importavam tecnologia para suprir o desejo pelos produtos mais desejados na época. Mas a grande mudança veio alguns anos depois, quando Getúlio Vargas assumiu o poder, em 1930. Para atender tanto a trabalhadores quanto a empresários, ele criou o Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio, numa política industrial nacionalista.

  • Benefícios para trabalhadores: por meio de nova legislação, fixou a jornada de trabalho em oito horas e regulamentou o trabalho de mulheres e crianças. Ele também criou institutos de previdência social e transformou empregados em assalariados;
  • Benefícios para empresários: investiu em indústrias, novas tecnologias e na diversificação da economia, indo contra as oligarquias dominantes.

O nascimento das entidades

Em 1931, o Centro Industrial do Brasil (CIB) se transformou na Federação Industrial do Rio de Janeiro (Firj) para representar a classe do setor secundário fluminense. Menos de dois anos depois foi fundada a Confederação Industrial do Brasil (que herdou a sigla CIB) para, em 1938, se transformar na Confederação Nacional da Indústria.[nota 2][21] Em 1937 entrou em cena, ainda, a Federação dos Sindicatos Industriais do Distrito Federal (FSIDF), que em 1941 passou a se chamar FIRJ (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).[19]

Não foi a toa que o crescimento continuou vigoroso nesse período: “Os estabelecimentos industriais, que eram em número de 13 mil em 1920, passaram a 50 mil em 1940, com o valor da produção industrial evoluindo, no mesmo período, de 3,2 milhões para 17,5 milhões de contos de réis.”[19]

Gaspar Dutra, SESI e SENAI

No entanto, com a deposição de Vargas e a entrada de Eurico Gaspar Dutra, caíram os investimentos do governo no segundo setor, causando a estagnação da indústria nacional. Mas essa política econômica do laissez-faire acabou junto com o fim das reservas de dólares, em 1947. Logo depois da Segunda Guerra Mundial, Dutra atribuiu à CNI a criação do Serviço Social da Indústria (SESI) – que buscava melhorar as condições dos operários em áreas como habitação, higiene e transporte, visando à inclusão social e à cidadania – e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) - que buscava "imbuir os operários da ética do trabalho pela qual gostam de se guiar os industriais", ou seja, ordem, dedicação e empenho. Os departamentos regionais de ambos “seriam operacionalizados pelas federações estaduais da indústria.”[19]

Vargas, BNDES e Petrobras

Em 1951, Vargas retoma o poder e torna a investir na indústria de base, transportes e energia. Vale citar duas grandes ações nesse sentido:

Juscelino Kubitschek

Após a morte de Vargas, Juscelino Kubitschek assumiu em 1956 e “anunciou seu Plano de Metas, visando prioritariamente aos setores de energia (43,4% dos investimentos previstos), transporte (29,6%), indústria de base (20,4%) e alimentos (6,6%).”[20] Com o desenvolvimentismo em pauta, cresceram muito a indústria siderúrgica, a produção de petróleo e a energia hidrelétrica.

Até os dias de hoje

De lá para cá, a Firj evoluiu e fortaleceu sua atuação: em 1958 ela mudou o nome para Federação das Indústrias do Distrito Federal; em 1960 tornou-se Federação das Indústrias do Estado da Guanabara (Fiega) e, em 1975, passou a se chamar Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), denominação atual. Mas a Firjan só veio mesmo a ser implantado em 1994, quando uniu sob uma mesma rede: FIRJAN, CIRJ e as entidades vinculadas SESI Rio, SENAI Rio e IEL Rio – respectivamente criadas em 1975, 1941, 1943, 1946 e 1969.

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Sistema S

SESI e SENAI não estão sozinhos na missão de promover atividades que objetivam o aprimoramento profissional e a assistência à sociedade. Os dois se unem a outras entidades para formar o que se convencionou chamar de "Sistema S", pois seus nomes começam com essa letra. Além de SENAI e SESI, fazem parte desse sistema:

Esse grupo de organizações, que possuem características parecidas, também atua com consultoria, assistência técnica e pesquisa.[22]

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Representações regionais

[nota 3]

Ver também

Notas

  1. Ela marca "a origem da representação de classe do setor industrial no Brasil" e, na década de 1870, bancou a primeira Escola Industrial do Brasil (que cerca de um século mais tarde se tornaria o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI)
  2. A CNI coordena hoje 27 federações de indústria (dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal) e representa cerca de 1.300 sindicatos patronais. Com sede em Brasília e escritório em São Paulo, a Confederação “apresenta sugestões para a construção e o aperfeiçoamento de políticas e leis que fortaleçam o setor produtivo e modernizem o país”.
  3. Interessados em saber mais sobre as notícias de cada região acima podem acessar os respectivos links na seção "Ligações Externas".
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