Imigração italiana no Brasil
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A imigração italiana no Brasil teve como ápice o período entre 1880 e 1930. Os ítalo-brasileiros estão espalhados principalmente pelos estados do Sul e do Sudeste do Brasil. Os ítalo-brasileiros são descendentes da enorme massa de imigrantes italianos que chegaram ao Brasil entre 1870 e 1960. Não existem dados concretos sobre o número de descendentes de italianos no Brasil, visto que o censo nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não questiona a ancestralidade do povo brasileiro há várias décadas. No último censo a questionar a ancestralidade, o de 1940, 1 260 931 brasileiros disseram ser filhos de pai italiano, enquanto que 1 069 862 disseram ser filhos de mãe italiana. Os italianos natos eram 285 mil e os naturalizados brasileiros, 40 mil. Portanto, italianos e filhos eram pouco mais de 3,8% da população do Brasil em 1940[13][nota 1] Em 1925, o governo da Itália havia estimado que italianos e descendentes eram 6% da população brasileira e 15% da população branca.[nota 2]
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Ítalo-brasileiros | ||||||||||||||||
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População total | ||||||||||||||||
Não existem números concretos, mas discrepância nos dados. 10,5% da população brasileira (segundo Schwartzman);[8] 22.753.000 descendentes (fonte italiana);[9] entre 18 e 23 milhões de descendentes (segundo García);[10] 30 milhões de descendentes, 15% da população (segundo Pertile e a Embaixada)[11] | ||||||||||||||||
Regiões com população significativa | ||||||||||||||||
Sul do Brasil, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Distribuídos também por todo o território nacional através de migrações internas, como para Rio de Janeiro. | ||||||||||||||||
Línguas | ||||||||||||||||
Predominantemente português. Além também do italiano, uma minoria fala talian. | ||||||||||||||||
Religiões | ||||||||||||||||
Cristianismo, a maioria sendo fiel da Igreja Católica Apostólica Romana | ||||||||||||||||
Grupos étnicos relacionados | ||||||||||||||||
Outros italianos, ítalo-argentinos, ítalo-americanos |
Uma pesquisa de 1999, do sociólogo, ex-presidente do IBGE, Simon Schwartzman, indicou que cerca de 10% dos brasileiros entrevistados afirmaram ter ancestralidade italiana, percentual que, numa população de cerca de 200 milhões de brasileiros, representaria em torno de 20 milhões de descendentes.[8] Uma fonte italiana, de 1996, cita o número de 22 753 000 descendentes.[9] Segundo pesquisa de 2016 publicada pelo IPEA, em um universo de 46 801 772 nomes de brasileiros analisados, 3 594 043 ou 7,7% deles tinham o último ou o único sobrenome de origem italiana.[15] A embaixada italiana no Brasil, em 2013, divulgou o número de 30 milhões de descendentes de imigrantes italianos (cerca de 15% da população brasileira), metade no estado de São Paulo.[12] Segundo pesquisa do demógrafo Giorgio Mortara, complementada na década de 1980 por Judicael Clevelário, apenas entre 16 e 18% da população brasileira descendia de imigrantes entrados no Brasil após 1840, incluindo italianos e todas as outras nacionalidades. A maioria dos estudos sobre o impacto da imigração tem seguido as conclusões de Giorgio Mortara das décadas de 1940 e 1950. Mortara concluiu que apenas cerca de 15% do crescimento demográfico do Brasil, de 1840 e 1940, deveu-se à imigração, e que a população de origem imigrante (imigrantes e descendentes) era de 16% da população total do Brasil.[16]
Os ítalo-brasileiros são considerados a maior população de oriundi (descendentes de italianos)[17] fora da Itália.[18] Eles mantêm os costumes tradicionais italianos, assim como parte da população brasileira, que acabou por absorvê-los por causa do impacto da imigração italiana no Brasil. A contribuição dos italianos é notável em todos os setores da sociedade brasileira, principalmente na mudança socioeconômica que os italianos produziram no campo e nas cidades. Podemos citar desde o modo de vida que mudou profundamente influenciado pelo catolicismo, bem como nas artes, música, arquitetura, alimentação e no empreender italiano na abertura de empresas, e também como trabalhadores especializados. No campo, podemos citar a introdução de novas técnicas agrícolas, e principalmente na mudança do latifúndio para pequenas propriedades agrícolas e na introdução da policultura de produtos.
A grande maioria dos ítalo-brasileiros está no sul e no sudeste do Brasil, mas há ítalo-brasileiros também em outras regiões do Brasil. Muitos ítalo-brasileiros já residentes no Brasil, em especial no sul, migrariam para estados do Centro-Oeste – em especial para o Mato Grosso do Sul. No Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, alguns ítalo-brasileiros ainda falam italiano e outros dialetos regionais da Itália, mas ítalo-brasileiros mais jovens costumam falar apenas português.