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Ana Lúcia Torre

actriz brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Ana Lúcia Torre
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Ana Lúcia Torre Rodrigues (São Paulo,[1] 21 de abril de 1945) é uma atriz brasileira. Conhecida por sua versatilidade em atuação, ganhou destaque, em especial, por seus trabalhos na televisão.[2] Ela já ganhou vários prêmios, incluindo um Prêmio APCA, um Prêmio Guarani e um Prêmio Mambembe, além de ter recebido indicações para Grande Otelo, dois Prêmios Qualidade Brasil e um Prêmio Shell.

Factos rápidos Nome completo, Nascimento ...

Torre começou a estudar teatro na década de 1960, formando-se profissionalmente em Lisboa, Portugal. Começou sua carreira nos palcos em 1966 em Morte e Vida Severina, na montagem da peça. Morou durante anos em países europeus, como na Noruega e na Inglaterra, voltando para o Brasil na década de 1970, quando fez sua estreia profissional como atriz na peça Equus, em 1976.[3] No mesmo ano fez sua estreia na televisão em uma pequena participação na novela Escrava Isaura. No entanto, seu primeiro grande papel na televisão foi em 1977 na novela Dona Xepa, como a esnobe Glorita.[4] Desde então, intensificou seus trabalhos na televisão, sobretudo em telenovelas, tornando-se muito popular no meio artístico.

Ela protagonizou diversas peças de teatro, como O Castelo das Sete Torres, que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Mambembe de melhor atriz, a maior premiação do teatro brasileiro à época, em 1979. Em 1995 se destacou no espetáculo Rastro Atrás, como Mariana, recebendo o Prêmio Mambembe de melhor atriz coadjuvante.[5] Na televisão, ela ainda obteve destaque nas novelas Tieta (1989) e A Indomada (1997), saindo-se vencedora do Prêmio APCA de melhor atriz coadjuvante em televisão pela última.[6] Em 2001, ela esteve em um montagem da peça de sucesso Eles Não Usam Black-tie, como Romana, e por esse trabalho foi indicada ao Prêmio Governador do Estado de melhor atriz.[7] Em 2005 ela interpretou um de seus papéis mais marcantes na televisão: a vilã perversa Débora Saboya na novela Alma Gêmea.[8] A personagem se popularizou, especialmente pela cena da sua morte na trama, que viralizou na internet com diversos memes.[9] Por esse trabalho, ela foi indicada ao Prêmio Qualidade Brasil de melhor atriz coadjuvante.

No cinema, Ana Lúcia também recebeu aclamação por sua atuação. Em 2008 protagonizou o curta-metragem Na Madrugada, sendo muito elogiada e vencendo o Troféu Candango de melhor atriz pelo Festival de Brasília.[10] Em 2010 protagonizou a tragicomédia Reflexões de um Liquidificador, como a dona de casa Elvira.[11] Torre foi reverenciada por sua interpretação, recebendo vários prêmios, incluindo o Prêmio Guarani de Melhor Atriz, maior premiação da critica cinematográfica do país. Ainda em 2010 foi protagonista da peça Seria Cômico Se Não Fosse Sério, novamente sendo elogiada pela crítica e indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz.[12] Em 2011 esteve na novela Insensato Coração, como a vilã cômica Tia Neném, trabalho de muita repercussão e pelo qual foi indicada ao Prêmio Qualidade Brasil, Prêmio Extra e Prêmio Contigo!, todos na categoria de melhor atriz coadjuvante.[13] Em 2018 foi indicada ao Grande Otelo e ao Prêmio Guarani de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel no filme Bingo: O Rei das Manhãs. Ela ainda teve grandes papéis nas novelas Verdades Secretas (2015), Espelho da Vida (2018), Quanto Mais Vida, Melhor! (2021) e Travessia (2022).[14]

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Biografia

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Ingressou no curso de Ciências Sociais na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1965. Durante o curso universitário interessou-se por grupos de teatro. O diretório da instituição queria apenas um grupo de teatro, e sorteou fez testes com os inscritos, e Ana Lúcia passou os testes que envolviam decoração de textos e criação de cenas e interpretação. O grupo montou e reproduziu o espetáculo Morte e Vida Severina em 1966. Entre seus colegas de teatro universitário, se destacam Chico Buarque de Hollanda, um dos maiores músicos, dramaturgos e escritores do Brasil, e Cláudio Tozzi, um dos mais renomados pintores e artistas plásticos da atualidade.

Apaixonada pelo mundo artístico, Ana Lúcia trancou o curso em 1966 e decidiu fazer curso profissionalizante de teatro em Lisboa, para onde muitos jovens da época foram estudar artes cênicas. Lá, ela morava em uma república de estudantes e recebia dinheiro dos pais para se manter. Após um ano e meio estudando, criando peças e se apresentando, Ana Lúcia conheceu um brasileiro, que se tornou seu primeiro namorado, e seria seu futuro primeiro marido, em 1967. Logo começaram a namorar e após um ano e meio de namoro, em 1968, seu namorado revelou que queria estudar direito marítimo na Noruega, e a pediu em casamento. Ana Lúcia aceitou, e foram para São Paulo, onde casaram-se oficialmente em uma pequena cerimônia no civil, e de lá, foram morar em Oslo, capital norueguesa. No país distante e gelado, Ana Lúcia teve que aprender o idioma local, além do inglês, e para ajudar o marido com as despesas, trabalhou como camareira de hotel, vendedora de loja e depois como secretária da Embaixada do Brasil. Após quatro anos na Noruega, e com seu marido já formado, o casal se mudou em 1972 para Londres, onde seu marido faria uma especialização em sua área de estudo, onde o casal morou por um ano. Na época em que morou na Inglaterra, Ana Lúcia trabalhou como executiva administrativa na Comissão Aeronáutica Brasileira. Ao chegar de volta ao Brasil, em 1973, foram morar em São Paulo. Ana Lúcia e seu marido reencontraram um grande casal de amigos: Celso Nunes e Regina Braga, pais do ator Gabriel Braga Nunes. Após alguns anos, devido a brigas constantes, o casal se divorciou. Depois dele, Ana Lúcia casou-se mais duas vezes.[15]

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Carreira

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Torre recebe o “Grande Prêmio da Crítica” durante o Prêmio APCA por sua “inestimável contribuição ao teatro” (2023)

Ana começou no teatro.[16] Celso Nunes, diretor teatral, a convidou para atuar na peça teatral Equus, e aos 30 anos estreou profissionalmente. Atuou em diversas peças de teatro pelo Brasil e no exterior. Na televisão iniciou sua carreira no ano de 1977, em Dona Xepa, onde viveu a grã-fina fútil e falida Glorita. Depois de viver sete anos na Europa, de volta ao Brasil, Ana Lúcia protagoniza várias peças[17] como Seria Cômico se não fosse sério, espetáculo que lhe rendeu a indicação de melhor atriz ao prêmio Shell de 2010.[18]

Um de seus maiores papéis na televisão foi a diabólica vilã Débora, na novela Alma Gêmea, em 2005. Também participou de várias produções como a primeira versão de Ciranda de Pedra, Tieta, Renascer, A Indomada, O Cravo e a Rosa,O Profeta, Sete Pecados, Caras & Bocas, Insensato Coração, onde obteve bastante destaque.[19] Atuou em Amor Eterno Amor como a milionária Verbena Borges, que procura reencontrar o filho desaparecido há 30 anos. Em 2013 atuou em Joia Rara, interpretando a coantagonista Frau Gertrudes.[20] Em 2015 interpreta a humilde professora aposentada Hilda, na novela das onze Verdades Secretas.[21] Na montagem para o teatro de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, ganhou o primeiro lugar no Festival Internacional de Teatro Universitário em Nancy, na França. Em 2016, aceita o convite de Walcyr Carrasco e retoma a parceria com o autor, e integra o elenco da novela das 18 horas Êta Mundo Bom! onde obteve destaque, interpretando a doce e amigável Camélia, dona de uma pensão onde vivem diversos personagens da trama, e ainda tem que lidar a doença da neta Jerusa, a quem criou como filha.[22] Em 2017, volta a integrar o elenco de uma novela das 21 horas, desta vez participando do sucesso O Outro Lado do Paraíso, também de Walcyr Carrasco, nesta interpretando a reclamona de língua afiada Adineia, uma verdadeira "mãe-coruja". O personagem, logo fez sucesso, devido a sua veia cômica.[23][24]

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Vida pessoal

Foi casada por três vezes. Seu terceiro marido fora José Luiz Moreno Maffei Rosa. O matrimônio durou 22 anos, até 2010, quando devido a divergências conjugais, optaram pelo divórcio, mas continuam amigos, mesmo separados. A atriz revelou em entrevistas que por decisão própria, por causa da carreira, adiou a maternidade, e que por muitos anos, não queria ter filhos, mas quando começou a querer ser mãe, a idade já avançada para uma primeira gestação colocou em risco esse desejo, mas a atriz não fez nenhum tipo de tratamento, e deixou tudo nas mãos de Deus, e quando não esperava mais conseguir ter filhos, já tendo desistido de tentar por meios naturais, engravidou naturalmente aos 40 anos. Seu único filho, nascido em 1985, fruto de seu segundo casamento, é o baixista Pedro Lobo, que é casado, e lhe deu netos gêmeos, os meninos Marcos e André. Em julho de 2020, perdeu sua mãe dona Antonieta de 95 anos, que morava com ela.[25][26][27]

Filmografia

Televisão

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Cinema

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Teatro

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Prêmios e indicações

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Referências

  1. Antunes, Vítor (1 de maio de 2023). «Ana Lúcia Torre comenta os bastidores turbulentos de "Travessia", as imprecisões na internet e ter virado meme». Heloisa Tolipan. Consultado em 1 de maio de 2023. Eu não sei porque carga d’água há muitos anos alguém fez um perfil meu no site, algo que agradeço muito. Só que a primeira informação do Wikipedia é que eu sou de Manaus e não sou. Eu sou de São Paulo capital.
  2. «Ana Lúcia Torre». Jornal Acritica de Manaus. Consultado em 20 de junho de 2017
  3. «3 perguntas para… Ana Lúcia Torre». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 15 de setembro de 2022
  4. «Ana Lucia Torre». memoriaglobo. Consultado em 15 de setembro de 2022
  5. Londrina, Folha de (30 de março de 1998). «Melhores de 97 recebem prêmio APCA | Folha de Londrina». www.folhadelondrina.com.br. Consultado em 15 de setembro de 2022
  6. «Eles não usam black-tie». ISTOÉ Independente. 19 de abril de 2000. Consultado em 15 de setembro de 2022
  7. Nader, Vinícius (31 de janeiro de 2022). «Alma gêmea estreia no canal Viva». Próximo Capítulo. Consultado em 15 de setembro de 2022
  8. AdoroCinema. «Que hino! Relembre os memes mais icônicos da novela Alma Gêmea». AdoroCinema. Consultado em 15 de setembro de 2022
  9. Hessel, Marcelo (26 de novembro de 2008). «Festival de Brasília anuncia os seus vencedores». Omelete. Consultado em 15 de setembro de 2022
  10. «Relembre as novelas de Ana Lucia Torre, atriz veterana da TV». 24 de novembro de 2021. Consultado em 15 de setembro de 2022
  11. «Ana Lucia Torre». ooppah. Consultado em 9 de agosto de 2018
  12. «Ana Lúcia Torre - Todo Teatro Carioca - Teatro, Espetáculos, Atores». Todo Teatro Carioca. Consultado em 9 de agosto de 2018
  13. Caras - UOL. «CARAS - Perfil:Ana Lúcia Torre». CARAS. Consultado em 23 de janeiro de 2013
  14. Jamal, Kelly (9 de agosto de 2010). «Ana Lúcia Torre conta como foi filmar Reflexões de um Liquidificador». R7. Consultado em 3 de janeiro de 2011
  15. João Gabriel Batista. «Joia Rara repete parte do elenco de Cordel Encantado». Consultado em 23 de junho de 2013
  16. Flávio Ricco (15 de maio de 2015). «Drica Moraes grava nesta sexta primeiras cenas de "Verdades Secretas"». UOL Televisão. Consultado em 15 de maio de 2015
  17. Gshow (27 de novembro de 2015). «Veja o elenco da nova novela das 6, 'Êta Mundo Bom!'». TV - Gshow. Consultado em 14 de dezembro de 2015
  18. «Ana Lúcia Torre viverá mãe coruja e homofóbica em O Outro Lado do Paraíso». Observatório da Televisão. Consultado em 4 de outubro de 2017
  19. Brasília, Redação Jornal de (3 de dezembro de 2020). «Eduardo Moscovis e Ana Lucia Torre voltam a encenar 'Norma'». Jornal de Brasília. Consultado em 16 de janeiro de 2023
  20. «Caso Especial: Adeus, Marido Meu». memoriaglobo.globo.com. Consultado em 20 de dezembro de 2024
  21. Philippe Azevedo (3 de março de 2018). «No ar em O Outro Lado do Paraíso, Ana Lúcia Torre é escalada para novela das seis». Observatório da Televisão. Consultado em 15 de abril de 2018
  22. Redação (11 de maio de 2018). «ANA LUCIA TORRE JÁ ESTÁ ESCALADA PARA OUTRA NOVELA». Ofuxico. Consultado em 11 de maio de 2018
  23. Fabrício Falcheti (9 de outubro de 2018). «Trabalhando com Irene Ravache pela primeira vez, Ana Lúcia Torre se derrete: "sonho realizado"». Na Telinha. Consultado em 9 de outubro de 2018
  24. Patrícia Kogut (31 de agosto de 2019). «Ana Lúcia Torre vai entrar em 'A dona do pedaço'». O Globo. Consultado em 31 de agosto de 2019
  25. TVnaticos. «Fuzuê: Lampião e Mercedes se reencontram». Portal TVnaticos. Consultado em 15 de janeiro de 2024
  26. «O Mundo de Uilim e Oilut». Porta Curtas. Consultado em 19 de dezembro de 2016
  27. «O Mundo de Ulim e Oilut -Elenco». Tangerina Entretenimento. Consultado em 19 de dezembro de 2016
  28. «Meus Dois Amores». Globo Filmes. Consultado em 19 de dezembro de 2016
  29. «Através das Sombras». Globo Filmes. Consultado em 19 de dezembro de 2016
  30. «Grupo Tapa volta à origem com "O Noviço"». folha.uol.com.br. Consultado em 18 de março de 2024
  31. «Atrizes de 'Fuzuê' estrelam 'Paixão de Cristo', no Piauí». revistaquem.globo.com. Consultado em 18 de março de 2024
  32. «Sympla Bileto». Sympla Bileto. Consultado em 11 de agosto de 2024
  33. «FilmeFobia é o vencedor do Festival de Brasília». Virgula. Consultado em 9 de agosto de 2018
  34. "Categoria Televisão – 2011 – Prêmio Arte Qualidade Brasil". Prêmio Arte Qualidade Brasil. 2011. Consultado em 14 de Janeiro de 2017.
  35. «Indicados ao 14ª Prêmio Contigo de TV». Contigo.com.br. Consultado em 26 de Janeiro de 2017[ligação inativa]
  36. «Festival do SESC premia melhores filmes de 2010». Oba Oba. Consultado em 9 de agosto de 2018
  37. «Veja a lista dos vencedores do 6º Prêmio Contigo! de Cinema Nacional». G1. 12 de setembro de 2011. Consultado em 21 de fevereiro de 2017
  38. «Prêmio Selo Referência Nacional». Aplauso Brasil. Consultado em 9 de agosto de 2018
  39. «23º Prêmio Guarani :: Premiados de 2017». Consultado em 14 de outubro de 2021
  40. «Os Indicados Cenym: 21º Anual Prêmio Cenym de Teatro Nacional». Cenyms. 20 de setembro de 2022. Consultado em 20 de setembro de 2022
  41. «Prêmio APCA escolhe melhores do teatro no 2º semestre de 2022: veja a lista dos indicados». Blog do Arcanjo. 1 de fevereiro 2023. Consultado em 2 de fevereiro de 2023
  42. «Os melhores nas artes em 2022: Confira a lista de vendedores do Prêmio APCA». Jornal de Brasília. 8 de fevereiro 2023. Consultado em 2 de fevereiro de 2023
  43. «Prêmio Shell de Teatro anuncia indicados de edição pós-pandemia; veja lista». Acessa. 2 de fevereiro 2023. Consultado em 2 de fevereiro de 2023
  44. «DIVERSIDADE MARCA A PREMIAÇÃO DO 33º PRÊMIO SHELL DE TEATRO». shell.com.br. Consultado em 7 de abril de 2023
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