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jornalista português (1953-2022) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Artur Manuel de Oliveira Rodrigues Albarran (Ilha de Moçambique,[1] 16 de Janeiro de 1953 — Lisboa, 15 de fevereiro de 2022) foi um jornalista e empresário português.
Artur Albarran | |
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Nome completo | Artur Manuel de Oliveira Rodrigues Albarran |
Nascimento | 16 de janeiro de 1953 Ilha de Moçambique, África Oriental Portuguesa |
Nacionalidade | português |
Morte | 15 de fevereiro de 2022 (69 anos) Lisboa, Portugal |
Ocupação | jornalista de rádio, apresentador de TV |
Atividade | 1971-2001 |
Trabalhos notáveis | Rádio e Televisão de Portugal TVI Sociedade Independente de Comunicação |
Criado em Moçambique, onde o pai era empresário de corte e transformação de madeiras exóticas, Artur Albarran instalou-se em Portugal aos 18 anos.[2] Começou pela mesma altura a sua carreira profissional no Rádio Clube Português, então repleto de futuras promessas da locução: Cândido Mota, José Nuno Martins, Joaquim Furtado, Jaime Fernandes ou Júlio Isidro.[2]
Após o 25 de Abril de 1974 torna-se ativista da extrema-esquerda, filiando-se no Partido Revolucionário do Proletariado, a organização fundada por Carlos Antunes e Isabel do Carmo, em 1973, por dissidência com o PCP.[2] Aos microfones do Radio Clube Português, apoia a ocupação da Embaixada de Espanha, na Praça de Espanha, a 26 de Setembro de 1975 - " “A embaixada está a arder… E bem!” Já depois do 25 de Novembro, o PRP já fundido com as BR, continua a prática de assaltos a bancos e a execução de vários atentados à bomba contra alvos civis, governamentais ou militares. Em 20 de Julho de 1978, uma operação policial de grande envergadura, prende a maioria dos dirigentes e operacionais. Artur Albarran, avisado por um amigo, foge para França. Não deixa no entanto de ser acusado num dos processos das Brigadas Revolucionárias por ter participado num assalto a um banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa, em Soure, juntamente com Maria do Carmo Silva Fráguas.[3] Fugiu então para França, sendo julgado à revelia, mas só ficando livre das acusações em 1982, já depois de um julgamento o ter condenado, o respectivo julgamento anulado e repetido posteriormente, já depois de uma amnistia e que resultou na absolvição da maioria dos acusados.[2]
De França foi para Inglaterra, onde trabalhou na BBC, iniciando também uma colaboração no programa de reportagens World in Action, da ITV. Viaja para os Estados Unidos e para o Brasil, regressando a Portugal, em 1980.
Admitido na RTP, integra a equipa fundadora de Grande Reportagem e destaca-se como enviado especial à Guerra do Golfo, no início de 1991. Ainda como repórter de guerra, acompanha o conflito na Somália, em 1992, quando as forças norte-americanas entraram naquele país, para tentar pôr fim à guerra civil. Assume também a chefia da redacção da RTP1 e da RTP2. Em 1988, lança-se para o jornal O Século Ilustrado, de que se torna diretor.
Com o aparecimento das televisões privadas, Albarran muda-se para a TVI, em 1993, como apresentador de informação.
Em 1996, abandona a informação ao aceitar um convite da SIC. Nesta estação apresenta programas de entretenimento como A Cadeira do Poder (1997), Imagens Reais e Acorrentados (em 2001). Com Imagens Reais, popularizou a frase "a tragédia, o drama, o horror", bordão que utilizava no programa.[4]
Em 1997 aceita o repto de um grupo de empresários e políticos norte-americanos para encabeçar os seus negócios em Portugal. À frente desses políticos e empresários está Frank Carlucci, ex-director da CIA e antigo embaixador em Portugal no pós-25 de Abril. Desta forma, afastou-se da televisão e tornou-se presidente do Conselho de Administração da EuroAmer, uma holding imobiliária, pertencente ao Grupo Carlyle.[5]
Em 2005, com a falência da EuroAmer, Albarran seria alvo de uma investigação do Ministério Público, suspeito de branqueamento de capitais e falsificação de documentos.[6] Foi detido pela Polícia Judiciária por suspeita de crimes económicos e branqueamento de capitais, mas nunca houve uma acusação. Depois da detenção Albarran saiu com termo de identidade e residência. Ao fim de sete anos, o caso foi arquivado.[7]
Vivia entre Angola e a África do Sul, trocou Portugal pelo continente africano algum tempo depois de ter despoletado a investigação à empresa Euroamer SGPS, da qual era presidente do conselho de administração.[8]
Foi casado com Lisa Hardy, uma alemã quem tem duas filhas. Após a separação, Albarran ficou com o poder paternal das filhas que foram levadas por Lisa para a Alemanha, aproveitando uma visita de fim-de-semana antes do Natal de 2008.[9]
Em 2011 foi-lhe diagnosticado uma leucemia. Foi sujeito a um autotransplante de medula óssea. E em julho de 2012, na reta final do tratamento no Instituto Português de Oncologia, reapareceu publicamente com a mulher Sandra Nobre aparentemente restabelecido.[7][10][11]
Em agosto de 2021, ele foi hospitalizado com COVID-19.[12][13]
Morreu a 15 de fevereiro de 2022, no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, onde se encontrava internado.[14]
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