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Final Feliz

telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Final Feliz
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 Nota: Para o álbum da banda Onda Choc de 1995, veja Final Feliz (álbum). Para o filme de 2002, veja Crazy Little Thing.

Final Feliz é uma telenovela brasileira, produzida e exibida pela TV Globo de 29 de novembro de 1982 a 3 de junho de 1983, em 161 capítulos. Substituiu Elas por Elas e foi substituída por Guerra dos Sexos, sendo a 30ª "novela das sete" exibida pela emissora.

Factos rápidos Informações gerais, Produção ...

Escrita por Ivani Ribeiro e dirigida por Paulo Ubiratan, Wolf Maya e Mário Márcio Bandarra, com direção de núcleo de Paulo Ubiratan.

Contou com Natália do Valle, José Wilker, Milton Moraes, Adriano Reys, Roberto Maya, Priscila Camargo, Lílian Lemmertz e Lídia Brondi nos papéis principais.

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Enredo

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Perspectiva

O inescrupuloso usineiro pernambucano César Brandão (Roberto Maya) resolve forjar sua própria morte e fugir do país, deixando sua mulher, Maria Luíza (Lilian Lemmertz), e as filhas Débora (Natália do Valle) e Suzy (Lídia Brondi), na miséria. Dona de um temperamento difícil, a impetuosa Débora é apaixonada por Leandro (Adriano Reys), noivo de sua prima Mirtô (Priscila Camargo), e vive às turras com o irmão desta, o barqueiro grosseirão Rodrigo (José Wilker). Inicialmente, os dois nutrem uma antipatia gratuita um pelo outro - antipatia essa que esconde um sentimento maior. Acabam apaixonados e vivem um tumultuado romance, devido ao temperamento difícil dos dois. Já a retraída Maria Luiza é cortejada pelo cardiologista Wagner (Walmor Chagas), grande amigo da família, ficando dividida entre ele e a paixão que ainda nutre por César, que ela acredita estar morto.

Já a doce Suzy envolve-se liricamente com o veterinário Paulo (Buza Ferraz), rapaz de origem humilde, que, por engano, descobre-se doente e com pouco tempo de vida, escondendo esse fato da família e da amada, o que acaba sufocando o amor dos dois e causando sofrimento para ambos. Paulo é filho da sofrida Marina (Miriam Pires), funcionária de César, que luta para educar o filho caçula Rafael (Irving São Paulo), um adolescente alegre e portador de autismo, que constrói uma bela amizade, baseada no carinho e na compreensão, com Mestre Antônio (Stênio Garcia), um simplório pescador cearense, amigo e sócio de Rodrigo.

Há também a história da trambiqueira Dona Sinhá (Elza Gomes), uma cômica e simpática velhinha, que fornece coelhos assados para o restaurante Casablanca, de Augusta (Aracy Cardoso), e passa a ter seus passos vigiados por Olegário (Oswaldo Louzada), pai de Maria Luíza, e Alaor (Milton Moraes), sócio de César, que, ao estranharem o comportamento da idosa, acabam descobrindo que Dona Sinhá cria gatos, e não coelhos!

Filho de Alaor, Ivan (Ney Sant'anna) é um jovem adepto do naturalismo, casado com a filha de Augusta, Lucinha (Cissa Guimarães), uma fumante inveterada, que passa por problemas na gravidez por conta de seu vício, e é atormentada pela sogra Jandira (Célia Biar), que possui um ciúme exagerado de Alaor, e mantém o marido sob rédea curta.

Ao longo da trama, César volta ao Brasil para atormentar Maria Luiza e as filhas, e acaba misteriosamente assassinado. Ao final descobre-se que o culpado é seu cúmplice, França (José Augusto Branco).

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Elenco

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Participações especiais

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Produção

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Perspectiva

Ambientada em Pernambuco e no Ceará, Final Feliz retratou características do Nordeste, principalmente através da usina de açúcar de Alaor (Milton Moraes) e César (Roberto Maya), em Recife, e da pesca da lagosta praticada por Mestre Antônio (Stênio Garcia), em Fortaleza.

A abertura de Final Feliz, idealizada pelo designer Hans Donner e sua equipe, teve produção cuidadosa. Imagens de beijos e bofetadas que ficaram famosas na história do cinema – como em …E o Vento Levou (Victor Fleming /1939) e Casablanca (Michael Curtiz/1942) – eram exibidas em sequência rápida, com atores conhecidos, como Rodolfo Valentino, Marilyn Monroe e Clark Gable. Ao final, numa montagem, as mesmas estrelas do cinema apareciam caracterizadas e assistindo às cenas, numa fictícia plateia de cinema. A direção da abertura foi de Roberto Cardim, e a música-tema era Flagra, de Rita Lee.

Através da personagem Lucinha (Cissa Guimarães), Ivani Ribeiro promoveu uma campanha antitabagismo em Final Feliz, contrariando o merchandising de fabricantes de cigarro, até então habitual nas telenovelas. Ivani Ribeiro é o pseudônimo de Cleide Freitas Alves Ferreira, que então estreava na Globo, após uma longa e bem-sucedida carreira em outras emissoras. Começou no rádio, na década de 1950, e, a partir de 1965 passou a escrever telenovelas. Entre alguns de seus sucessos até então estavam A Deusa Vencida (TV Excelsior, 1965), A Muralha (TV Excelsior, 1968) e Mulheres de Areia (TV Tupi, 1973). Final Feliz foi a única novela inédita de Ivani Ribeiro na Globo. Os demais trabalhos foram remakes ou adaptações de outros folhetins de sua autoria.

Por sua interpretação como o pescador Mestre Antônio, Stênio Garcia ganhou os prêmios Destaque do Ano e da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). A empatia do personagem e a boa repercussão da novela fizeram com que o ator fosse convidado pelo governo do Ceará para promover o turismo no estado durante um ano. O personagem chegou a dar nome a um prato cearense, o “escaldadinho”. O ator se inspirou em um pescador cearense, Mestre Agripino, e no filme japonês, Dersu Uzala (Akira Kurosawa / 1975) para construir seu personagem.

Final Feliz marca a estreia dos atores Cláudia Magno e Irving São Paulo na Globo. O comportamento de Rafael (Irving São Paulo), marcado por atitudes infantis e por uma linguagem simples, foi construído sob a consultoria do psiquiatra Stanislau Krinsky. Final Feliz foi o último trabalho da atriz Elza Gomes, que faleceu em 17 de maio de 1984.

Final Feliz foi o primeiro trabalho de ator que Wolf Maya fez com Ivani Ribeiro. Também foi a primeira novela em que exerceu duas funções: as de ator e diretor. Ele interpretou um delegado, e ensaiou seus primeiros textos para a novela com José Wilker (Rodrigo) e adicionou os óculos escuros Ray-Ban ao figurino do personagem. Final Feliz destacou as belezas naturais do litoral cearense, como as praias de Morro Branco e Canoa Quebrada. A novela foi vendida para diversos países, como Espanha, Itália, Paraguai, Peru, Portugal e Suíça. [1]

Dos 161 capítulos da versão original, apenas a versão internacional em 132 capítulos encontra-se preservada nos acervos da TV Globo.

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Exibição

Foi reexibida pelo Vale a Pena Ver de Novo de 3 de setembro de 1984 a 8 de fevereiro de 1985, substituindo Água Viva e sendo substituída por Elas por Elas (sua antecessora original), em 115 capítulos.

Exibição internacional

A novela foi vendida para diversos países, como Espanha, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, Suíça e Uruguai.[2]

Trilha sonora

Nacional

Internacional

  • "Try My Side" – The Chi-Lites
  • "Got To Be There" – Chaka Khan (tema de Suzy e Paulo)
  • "Everybody" – Madonna
  • "It Started With a Kiss" – Hot Chocolate (tema de Ivan e Lucinha)
  • "Never Gonna Let You Go" – Sérgio Mendes (tema de Débora e Leandro)
  • "Saddle Up" – David Christie
  • "Let's Get Started" – Voyage
  • "Maneater" – Daryl Hall & John Oates (tema de Débora)
  • "I'm Never Gonna Say Goodbye" – Billy Preston (tema de Débora e Rodrigo)
  • "Don't Go" – Yazoo
  • "Bluer Than Blue" – Ruby Wilson (tema de Mirtô e Leandro)
  • "The Lion Sleeps Tonight" – Soothsayer (tema de Dona Sinhá)
  • "On My Own" – Montezuma (tema de Maria Luiza e Wagner)
  • "Knock Me Out" – Gary's Gang
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Prêmios

Por sua interpretação como o pescador Mestre Antônio, inspirado em um pescador cearense, Mestre Agripino, e no filme japonês Dersu Uzala, de 1975, do diretor Akira Kurosawa, para construir seu personagem, Stênio Garcia ganhou os prêmios Destaque do Ano e da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). O ator também foi convidado pelo Governo do Estado do Ceará para promover o turismo no Ceará durante um ano. O personagem ainda foi o nome dado a um prato cearense, o “escaldadinho”.[2][3]

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Referências

Ligações externas

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