Hans Bethe

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Hans Albrecht Bethe (Estrasburgo, 2 de julho de 1906Ithaca, 6 de março de 2005) foi um físico estadunidense nascido na Alemanha.[1]

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Hans Bethe Medalha Nobel
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Hans Bethe
Hans Bethe, em 1967
Nascimento 2 de julho de 1906
Estrasburgo, Império Alemão
Morte 6 de março de 2005 (98 anos)
Ithaca, Estados Unidos
Nacionalidade estadunidense
Cidadania Reich Alemão, Estados Unidos
Etnia judeus
Progenitores
  • Albrecht Bethe
Cônjuge Rose Ewald
Alma mater Universidade de Frankfurt, Universidade de Munique
Ocupação físico, professor universitário
Prêmios Medalha Henry Draper (1947), Medalha Max Planck (1955), Medalha Franklin (1959), Medalha Eddington (1961), Prêmio Enrico Fermi (1961), Prêmio Rumford (1963), Nobel de Física (1967), Medalha Nacional de Ciências (1975), Medalha de Ouro Internacional Niels Bohr (1976), Racah Lectures in Physics (1978), Prêmio Vannevar Bush (1985), Medalha de Ouro Lomonossov (1989), Medalha Oskar Klein (1990), Prêmio da Paz Albert Einstein (1992), Medalha Oersted (1993), Medalha Bruce (2001), Medalha Benjamin Franklin em Ciências (2005)
Empregador Universidade de Tubinga, Universidade Cornell, Projeto Manhattan
Orientador(es) Arnold Sommerfeld
Orientado(s) Peter Ambler Carruthers, Freeman Dyson, Ajoy Ghatak, Jeffrey Goldstone, Roman Jackiw, Robert Marshak, David Thouless
Instituições Universidade de Tübingen, Universidade Cornell, Universidade de Manchester
Campo(s) Física nuclear
Obras destacadas Bethe ansatz, reticulado de Bethe, Fórmula de Bethe, curva de Bethe-Slater, cordas de Bethe, Bethe–Feynman formula, "Bethe-Tait" accident, Mott–Bethe formula
Religião ateísmo
Assinatura
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Estudou física em Frankfurt e fez seu doutorado na Universidade de Munique. Sua tese de doutoramento foi sobre a teoria do campo cristalino, publicada em 1929 na revista Annalen der Physik. Esta teoria, originalmente, se aplica ao ambiente eletrostático existente em sólidos iônicos. Corroborada pelo trabalho de John Hasbrouck Van Vleck, esta teoria foi magistralmente utilizada pelos químicos como uma primeira aproximação capaz de explicar a geometria e a interação energética em compostos de coordenação, conciliando, em seu desenvolvimento, aspectos da mecânica quântica e da Teoria dos Grupos.

Deixou a Alemanha em 1933, quando os Nazis chegaram ao poder, vivendo primeiro em Inglaterra e a partir de 1935 nos Estados Unidos, onde leccionou na Universidade de Cornell durante a Segunda Guerra Mundial.

No período de 1935 a 1938, estudou reacções nucleares. Em 1967 recebeu o Nobel de Física pelo estudo da produção da energia solar e estelar, a nucleossíntese estelar. Postulava, juntamente com George Gamov, que a fonte desta energia é a reacção termonuclear na qual o hidrogénio é convertido em hélio. Bethe é conhecido pelas suas teorias sobre as propriedades atómicas.

Nas décadas de 1980 e 1990 batalhou pelo uso pacífico da energia nuclear.