Hans Bethe
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Hans Albrecht Bethe (Estrasburgo, 2 de julho de 1906 — Ithaca, 6 de março de 2005) foi um físico estadunidense nascido na Alemanha.[1]
Estudou física em Frankfurt e fez seu doutorado na Universidade de Munique. Sua tese de doutoramento foi sobre a teoria do campo cristalino, publicada em 1929 na revista Annalen der Physik. Esta teoria, originalmente, se aplica ao ambiente eletrostático existente em sólidos iônicos. Corroborada pelo trabalho de John Hasbrouck Van Vleck, esta teoria foi magistralmente utilizada pelos químicos como uma primeira aproximação capaz de explicar a geometria e a interação energética em compostos de coordenação, conciliando, em seu desenvolvimento, aspectos da mecânica quântica e da Teoria dos Grupos.
Deixou a Alemanha em 1933, quando os Nazis chegaram ao poder, vivendo primeiro em Inglaterra e a partir de 1935 nos Estados Unidos, onde leccionou na Universidade de Cornell durante a Segunda Guerra Mundial.
No período de 1935 a 1938, estudou reacções nucleares. Em 1967 recebeu o Nobel de Física pelo estudo da produção da energia solar e estelar, a nucleossíntese estelar. Postulava, juntamente com George Gamov, que a fonte desta energia é a reacção termonuclear na qual o hidrogénio é convertido em hélio. Bethe é conhecido pelas suas teorias sobre as propriedades atómicas.
Nas décadas de 1980 e 1990 batalhou pelo uso pacífico da energia nuclear.