João de Deus (criminoso)
suposto curandeiro brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
João Teixeira de Faria (Cachoeira de Goiás, 24 de junho de 1942), conhecido popularmente no Brasil como João de Deus, João Curador ou João de Abadiânia e em outros países como John of God, é um autoproclamado médium curandeiro, empresário, escritor e criminoso sexual condenado[2] pelo estupro em série de centenas de mulheres.[3][4][5][6][7][8] Atuava sobretudo na cidade goiana de Abadiânia,[9] no estado de Goiás, tendo ainda realizado excursões internacionais por países como Peru, Alemanha, Estados Unidos, Grécia, Suíça, Áustria, Austrália e Nova Zelândia, dentre outros.[10] Como John of God, foi apresentado em programas televisivos nesses países desde a década de 2000. Ganhou destaque internacional após Oprah Winfrey participar de cerimônias promovidas por ele em 2012 e apresentá-lo em seus programas.[11][4][12][13]
João de Deus | |
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João de Deus em 2006 | |
Nome completo | João Teixeira de Faria |
Nascimento | 24 de junho de 1942 (81 anos) Cachoeira de Goiás, GO, Brasil |
Residência | Abadiânia, GO |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Médium curador Empresário Escritor |
Principais trabalhos | Tratamento espiritual |
João de Deus (criminoso) | |
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Crime(s) | Estupro, Abuso sexual mediante fraude e porte ilegal de armas de fogo[1] |
Pena | 40 anos de prisão[1] |
Situação | prisão domiciliar em razão da Pandemia de COVID-19 no Brasil |
Dentre os consulentes famosos do médium estão os políticos Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff,[14] Bill Clinton e Hugo Chávez, o psicoterapeuta Wayne Dyer, o humorista Chico Anysio, a apresentadora Xuxa e os atores Marcos Frota e Shirley MacLaine.[5][15][16][17] O ilusionista e desenganador canadense James Randi e o investigador estadunidense de supostos fenômenos paranormais Joe Nickell expuseram suas supostas cirurgias espirituais como envolvendo nada mais do que truques de ilusionismo,[18][19] e afirmaram não haver evidências de que os benefícios relatados pelos pacientes sejam algo mais do que efeito placebo.[20]
No fim de 2018, João foi denunciado por abuso sexual de mais de trezentas mulheres que buscaram sua ajuda.[21][22][23][24] Em 14 dezembro de 2018, teve o pedido de prisão preventiva decretado pela justiça de Goiás por abuso sexual de centenas de mulheres.[25] Em 16 de dezembro, após ter sido considerado foragido desde 15 de dezembro,[26] entregou-se à polícia e foi preso.[27] De acordo com o Ministério Público, o número total de vítimas pode ultrapassar 330. Além dos crimes sexuais, João de Deus foi indiciado por falsidade ideológica, corrupção de testemunha e coação e posse ilegal de armas de fogo e munição.[28] Em 19 de dezembro de 2019, foi condenado a 19 anos de prisão.[2] Em 30 de março de 2020, a justiça concedeu prisão domiciliar, em razão da pandemia de COVID-19.[29]