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Bairro nobre é a área de uma determinada cidade caracterizada pela presença de uma maioria de moradias de alto custo. Sua definição é subjetiva e, provavelmente, seus requisitos são reconhecidos de formas diferentes por um país ou região. Geralmente apresentam habitações de preços relativamente elevados.
Não há uma atribuição clara ou um único momento na história em que o termo "bairro nobre" foi criado ou introduzido oficialmente. A expressão evoluiu naturalmente com o desenvolvimento das cidades e a segregação espacial das classes sociais ao longo do tempo. Originalmente, o conceito está ligado à ideia de áreas residenciais preferidas pela nobreza ou pela elite econômica, que se distinguiam das áreas habitadas pelas classes trabalhadoras ou menos favorecidas.[2][3]
Na história urbana, a segregação social e espacial tem sido uma constante, com os ricos e poderosos escolhendo localizações privilegiadas para viver – seja por motivos de segurança, saúde (como evitar áreas propensas a doenças), ou simplesmente para se isolar das classes baixas. Com o passar do tempo, essas áreas se tornaram conhecidas por sua qualidade de vida superior, serviços exclusivos e arquitetura distinta, consolidando-se como "nobres". Exemplo disso é o bairro de Higienópolis, em São Paulo, que recebeu esse nome inspirado nas ideias de higiene urbana que ganharam força no final do século XIX e início do século XX. Naquela época, acreditava-se que a arquitetura e o urbanismo poderiam contribuir para a saúde pública, especialmente por meio da criação de espaços abertos, arborizados e bem ventilados, longe das áreas consideradas insalubres do centro da cidade.[4]
Higienópolis foi planejado como um bairro destinado à elite paulistana, que buscava escapar das epidemias que assolavam áreas mais densas e menos salubres de São Paulo, como a febre amarela e a varíola. O nome "Higienópolis" reflete esse desejo por um ambiente mais limpo e saudável, seguindo os preceitos de higiene que estavam em voga na época. Assim, o bairro foi projetado para ser um espaço de moradia privilegiado, com ruas largas, praças, jardins e casarões, representando um ideal urbano de bem-estar e saúde.[5]
Assim, o termo "bairro nobre" é mais um resultado evolutivo de processos sociais e urbanísticos do que uma criação atribuída a uma única pessoa ou momento específico. Ele reflete as dinâmicas de poder, economia e cultura que moldam as cidades e a forma como as pessoas interagem com o espaço urbano.[6]
A expressão "bairro nobre" refere-se a áreas residenciais de alta classe, normalmente caracterizadas por residências luxuosas, infraestrutura de qualidade superior e uma localização privilegiada. Essa designação tem origens históricas, ligando-se à segregação espacial das classes sociais, onde a nobreza ou a elite econômica escolhia áreas específicas para residir, distantes das classes menos favorecidas. [7]
Discussão Raquel Rolnik, a autora aborda diversos aspectos da urbanização e da vida nas cidades, incluindo a formação e as características dos bairros nobres. Ela discute como esses bairros se configuram a partir de processos históricos e sociais que envolvem a segregação espacial, a valorização imobiliária e a construção de uma identidade específica para essas áreas. Rolnik aponta para a maneira como os bairros nobres são desenhados para atender às necessidades e aos desejos de uma parcela mais abastada da população, muitas vezes em detrimento do acesso e da qualidade de vida nas regiões mais pobres da cidade. A autora critica a lógica de mercado que prevalece na organização do espaço urbano, resultando em cidades cada vez mais divididas e desiguais. |
"Rolnik, Raquel. O que é cidade / Raquel Rolnik. – São Paulo;. Brasiliense, 2004. (Coleção primeiros passos; 203). ÍNDICE. 6' reimpressão da 3ª ed. de 1994. |
Historicamente, a segregação urbana e a formação de bairros elitizados podem ser observadas em diversas cidades ao longo dos séculos, onde a localização e o tipo de habitação refletiam o status social de seus habitantes. Com o desenvolvimento urbano e o crescimento das cidades, essas áreas foram se consolidando como "nobres", muitas vezes devido à manutenção de altos padrões de construção, exclusividade, segurança, e a presença de serviços e comércios de alto padrão.[8]
Historicamente as regiões centrais das cidades eram as mais valorizadas e com o passar dos anos tornaram-se artérias comerciais e centros financeiros, como nos casos de São Paulo e Rio de Janeiro. Com isso houve a migração das classes mais altas a locais próximos àquela região, muitas vezes planejados por empresas privadas.[9]
Mediante a falta de terrenos nessas regiões secundárias, espalham-se pela cidade, em meio a bairros tradicionais de classe média.[10][11] ou pela gentrificação. O exemplo da formação de um bairro nobre e que reúne todos os critérios desta lógica é o paulistano Jardim Anália Franco; sua formação deve-se à intervenção da iniciativa filantrópica, realizando o loteamento de alto padrão em um antigo aterro sanitário. O seu desenvolvimento, além do prolongamento da gentrificação, foram resultados da instalação de um shopping center.[12][13][14] Geralmente essas áreas recentemente enobrecidas são chamadas de bairros dos novos-ricos ("nouveau riche").[15][16][17]
No Recife, a aristocracia pernambucana possuía casarões ajardinados já na primeira metade do século XIX, em bairros como Graças, Casa Forte, Aflitos, Madalena e Apipucos, atual Zona Norte do município. Algumas mansões históricas recifenses possuem características únicas no país, como a Casa de Ferro Família Brennand.[18]
Na cidade do Rio de Janeiro, a chegada a Família Real, em 1808, trouxe desenvolvimento, a alguns bairros como Laranjeiras, Santa Teresa, Catete e São Cristóvão, perderam suas características iniciais, sendo residência de comerciantes ingleses e titulares do Império. Com a queda da monarquia a população de alta renda mudou-se para outras áreas, principalmente as localizadas na Zona Sul, como Botafogo, Flamengo e futuramente em Copacabana, Leblon e Ipanema.
Em São Paulo, os bairros nobres surgiram no século XIX e eram destinados à elite da época: representantes da aristocracia cafeeira, latifundiários e integrantes da alta burguesia de comerciantes, industriais e profissionais liberais.[19][19] Eram baseados na arquitetura europeia e construídos com material importado, tanto que o primeiro loteamento de alto padrão da cidade chamou-se Campos Elíseos fazendo referência à Avenida Champs-Élysées em Paris.[19]
Em 1913 os urbanistas ingleses Barry Parker e Raymond Unwin foram contratados pela Cia. City para projetar o primeiro bairro-jardim brasileiro, conhecido como Jardim América, destinado à classes com maior poder de renda. Diferenciava-se dos outros bairros nobres da cidade pois apresentava intensa arborização e vias com traçado curvilíneo.[20]
Bairros nobres situam-se em diversas áreas das cidades, como no centro e arredores ou em áreas longínquas (subúrbios) e até em ilhas artificiais (como Palm Islands em Dubai); tendo função residencial ou comercial (centros financeiros). São formados por condomínios horizontais, representados por casas de alto-padrão e mansões, ou verticais representados pelos edifícios de luxo e suas coberturas. Podem ser abertos ao público ou privativos, os quais a entrada é restrita, podendo ser feita mediante identificação e autorização de algum morador.
Em geral apresentam moradias espaçosas (conforme os padrões do país), alto índice de Desenvolvimento Humano, arborização (bairro-jardim), planejamento urbano, baixa taxa de vacância e possuem o metro quadrado mais caro de suas respectivas cidades devido à alta demanda imobiliária.
Outro fator que proporciona um maior de valor de mercado nessas áreas é a presença de centros comerciais, cassinos, hotéis, restaurantes, lojas de luxo, vistas panorâmicas de parques, florestas, praias e panorama urbano. São residência primária ou secundária dos grupos sociais superiores: elite (classe alta), classe média alta, celebridades e nobres.
Bairros podem ser "enobrecidos", passar por processos de gentrificação, investimentos em obras de infraestrutura com ou sem intervenção governamental, como Puerto Madero em Buenos Aires; ou serem degradados, tal como o bairro de Campos Elíseos, o primeiro bairro de luxo paulistano.[22] Este exemplo segue os valores da Sociologia quando se trata de mobilidade social. [23]
O jogo de tabuleiro Monopoly, conhecido no Brasil como Banco Imobiliário e em Portugal, Monopólio. É o jogo deste tipo maior sucesso no Brasil em todos os tempos.[24] Desde a sua criação, tem servido como uma representação de aspectos econômicos e sociais das cidades em que é ambientado. Cada edição do Monopoly reflete uma realidade particular, destacando bairros e locais de alto padrão que simbolizam riqueza e status em diferentes nações ao redor do mundo.[25][26] Foi licenciado em 114 países e impresso em 47 idiomas.[27]
Além de todos os países citados previamente existem ainda versões do jogo nessas nações também: Áustria, Croácia, República Tcheca, Dinamarca, Estônia , Finlândia, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Ilha de Man, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Noruega, Polônia, Romênia, Sérvia, Eslováquia, Suécia, Turquia, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte, Iugoslávia (SFRY), Egito, Indonésia, Malásia, Paquistão, Filipinas, Cingapura, Taiwan, Tailândia, Irã, Iraque, Israel, Líbano, Arábia Saudita, Costa Rica, Guatemala, Panamá, Nova Zelândia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
Conclusão: O jogo adapta-se às características únicas de cada cidade, destacando bairros e locais que simbolizam riqueza e status. Essas áreas não só representam a opulência e a exclusividade, mas também oferecem uma visão cultural e histórica das cidades em que estão situadas.
Os bairros residenciais mais caros do Brasil - 2023[30] | ||
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Pos. | Bairros | Cidade |
1º |
Leblon | Rio de Janeiro |
2º |
Ipanema | Rio de Janeiro |
3º |
Itaim Bibi | São Paulo |
4º |
Lagoa | Rio de Janeiro |
5º |
Pinheiros | São Paulo |
6º |
Jardins | São Paulo |
7º |
Moema | São Paulo |
8º |
Savassi | Belo Horizonte |
9º |
Enseada do Suá | Vitória |
10º |
Santo Agostinho | Belo Horizonte |
São habitados majoritariamente pelas classes A e B, ou seja, classes alta e média-alta respectivamente. Podem apresentar também pequenos núcleos de classe média ou até favelas. Há uma expansão de condomínios fechados no país,[31][32] surgem devido à escassez de terrenos nos grandes centros urbanos ou da necessidade de um grau de segurança maior. Estão localizados geralmente em áreas mais afastadas aos centros das cidades,[33] ou até em cidades vizinhas. São similares aos subúrbios dos Estados Unidos da América e Canadá.
Devido ao mercado imobiliário e sua especulação há uma "expansão geográfica" dos bairros abastados. Lançamentos imobiliários localizados em regiões vizinhas, menos nobres e conhecidas, apropriam-se de seus nomes como uma grife ou marca fantasia.[34] Construtoras argumentam que essa modificação espacial facilita a localização desses novos empreendimentos, além de valorizar a área.[34] "É praxe no mercado que a incorporadora batize um empreendimento com um nome que valorize a localização", diz Rosalvo Barreto, especialista em marketing imobiliário.[35]
Na maioria dos casos possuem IDHs muito elevados, muitas vezes superiores aos dos países desenvolvidos. Esse é o exemplo de Vila Nova Conceição, bairro localizado no distrito paulistano de Moema, possui um índice igual ao da França e maior do que os da Suíça e Estados Unidos.
Copacabana, apelidado de Princesinha do Mar, é um dos mais emblemáticos do país, tendo sido tema de livros, pinturas e, músicas brasileiras e estrangeiras. Leblon[36] e Jardins[37] são constantemente retratados em produções cinematográficas brasileiras, em especial nas novelas da Rede Globo, sendo as localidades onde vivem os personagens dos núcleos de classe alta e média-alta das tramas. A Barra da Tijuca, bairro que sofreu um boom imobiliário na década de 70, vem atraindo moradores da zona sul, que buscam por mais segurança. A Barra recentemente tornou-se a queridinha dos artistas, sobretudo os da Rede Globo, que mudam-se visando ficar mais próximos aos Estúdios Globo. É rotineiro estar andando na praia do bairro e avistar um paparazzo, buscando flagrantes. O Lago Sul detém o recorde mundial de desperdício de água por habitante,[38] além possuir o maior número de piscinas do país, presentes em 90% das residências.[39] Outros são citados em notáveis obras literárias, como Higienópolis em "Macunaíma" do escritor Mário de Andrade, um dos grandes romancistas modernistas.[40]
Em Paris os bairros, arrondissements, são numerados formando círculos concêntricos. Muitos deles possuem mansões históricas, construídas nos séculos XVII e XVIII, algumas pertencentes ao governo francês.[41]
Os bairros nobres parisienses estão espalhados por diversas áreas, com destaque aos arrondissements: V, VI, VII, VIII, XVI e Neuilly-sur-Seine, comuna francesa localizada no subúrbio da cidade. Outro bairro famoso francês é Cimiez, situado na cidade de Nice, destino turístico por apresentar muitos museus.[42]
O fenômeno dos bairros nobres se tornou mais comum após a desintegração do estado comunista e da União Soviética. O mais conhecido destes bairros é Rubliovka. A denominação Rubliovka, que é frequentemente usada na mídia e cultura russofôna, é derivada da rodovia Rubliovo-Uspenskoie ao oeste de Moscou, em torno da qual o bairro é concentrada. Efetivamente, Rubliovka não é um distrito oficial ou nem mesmo oficialmente delimitado, ele é teoricamente constituído de condomínios fechados, como: Jukovka, Barvikha, Gorky-2, Gorky-10 e Serebriany Bor (Pinho Prata). No final do século XVIII moraram nele 16 clãs principescos e 5 clãs condais. Mas o bairro se enobreceu nos anos 1910, graças à datcha de Josef Stalin. Logo depois disso, uns estadistas soviéticos e uns membros da intelligentsia construíram seus datchas na vizinhança.[43] Nos anos 2000, em diante, o bairro é um dos redutos dos membros do elite política (entre outros: Dmitri Medvedev,[44] Vladimir Putin[45] e Mikhail Gorbatchev[46]), oligarcas e celebridades moscovitas. O solo de Rubliovka é hoje o mais caro do Oblast de Moscou[47] e de todos os países pós-soviéticos. Conforme o jornal Forbes, uma das mansões localizadas aqui está incluida na lista das 5 propriedades mais caras do mundo.[48]
O bairro análogo a Rubliovka na Ucrânia é Kontcha-Zaspa, ao sul de Kiev. Como Rubliovka, Kontcha-Zaspa enobrece gradualmente e efetivamente, não há umas delimitações exatas. O bairro, composto de condomínios fechados, rodeia a Chaussée Stolitchnaia (Rodovia da capital). Sendo o lado esquerdo da rodovia é considerado como o de maior valor. Kontcha-Zaspa é afamado na Ucrânia por seu solo caro e seus habitantes aburguesados, oligarcas, personalidades eminentes, estadistas e os ex-presidentes Leonid Kutchma e Viktor Yushchenko.[49]
Este fenômeno existe em São Petersburgo também. A costa meridional da Baía da Neva foi uma região nobre desde a era czarista, onde se situam numerosos palácios. Os condomínios fechados contemporâneos são concentrados ao redor do burgo Olgino, perto de Peterhof.[50]
Devido ao acréscimo das cidades, os bairros supracitados não são mais considerados como zona rural, e sim subúrbios. Bairros nobres tradicionais nas cidades intra-muros são concentrados ao redor do dique do rio Moika em São Petersburgo, dos bairros kievanos Lipki e Gontchary-Kogemiaki (recém desenvolvido), em Moscou – ao redor das ruas Ostogenka (a mais cara[51]) e Arbat, e na Perspectiva Kutuzovski, nas Lagoas Patriarcais e nas Lagoas Limpas.
Nos países de língua inglesa, principalmente Estados Unidos da América, Grã-Bretanha e Canadá, essas áreas são conhecidas como Upper class district, ou seja, bairro de classe alta. Na maioria dos casos, os bairros mais luxuosos desses países estão concentrados em subúrbios, distantes das grandes aglomerações urbanas.[53] Neles é viável a construção de mansões e residências mais espaçosas portadoras de aparatos como piscinas, sendo arborizados e mais seguros.[53] Nas metrópoles existem também exemplos de "bairros nobres", esses são verticais e apresentam metro quadrado mais caro do que os subúrbios. Abrigam apartamentos espaçosos, alguns com mais de um século, lojas de designers de luxo, sedes de grandes corporações multinacionais e hotéis de luxo; a exemplo dos bairros de Manhattan, em Nova Iorque.[54]
São cenário de muitas produções cinematográficas anglófonas, como: nos Estados Unidos da América: Bel Air, Hollywood e Holmby Hills, em Los Angeles; bairros da cidade de Aspen no Colorado (cidade mais cara do país[55]); Upper East Side, Upper West Side, SoHo, TriBeCa e Hamptons, em Nova York; além de determinadas áreas das cidades de Palm Beach, Beverly Hills e Malibu. Na Grã-Bretanha, especificamente em Londres: Belgravia, Mayfair, Fitzrovia, Pimlico, Notting Hill, Knightsbridge, Kensington e Chelsea.
Nos países hispânicos não há essa espécie de nomenclatura (nobre)[56] e nos outros lusófonos é pouco utilizada.[56] Esses núcleos populacionais mais abastados estão também situados em diversas regiões dos municípios, assim como os lisboetas: Lapa, Estrela, Parque das Nações, Príncipe Real e Chiado, e os portenhos: Recoleta, Palermo Chico e Puerto Madero (residencial e centro financeiro).
Na Argentina, alguns exemplos de bairros nobres são: Recoleta, em Buenos Aires, Puerto Madero, também em Buenos Aires (considerado como o bairro mais caro e exclusivo da América Latina, passando a frente até mesmo de zonas nobres nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro)[57], e Retiro, que também se encontra em Buenos Aires.
Na Cidade do México destacam-se: San Ángel, Lomas de Chapultepec e Jardines del Pedregal. Santiago do Chile não é subdivida em bairros, mas em comunas, algumas das mais abastadas são: Las Condes, Providencia, Lo Barnechea e Vitacura. Essas áreas chilenas quase não foram afetadas pelo grande terremoto de 2010, pois seus edifícios são preparados para suportar terremotos.[58]
Dubai, nos Emirados Árabes Unidos recebe repercussão internacional por seus novos projetos imobiliários. Alguns deles são bairros nobres e até ilhas artificiais.[59][60] Downtown Dubai é um dos mais emblemáticos do país, uma vez que abriga o maior edifício do mundo, o Burj Khalifa.
No Japão, pela falta e careza dos terrenos, esses bairros (高級住宅街) são sinônimo de residências largas, de alta qualidade arquitetônica. Segundo o levantamento fundiário de normas de avaliação imobiliária do Comitê Técnico japonês, essas habitações de luxo (高級住宅地) estão em vias limpas e arrumadas e apresentam paisagismo. As áreas centrais de cidades japonesas são mais valorizadas, como o centro de Tóquio reconhecido desde o período Meiji.[61] Em outros países asiáticos ainda existem bairros como a região de Victoria Peak em Hong Kong, Gangnam-gu em Seoul e a área central de Singapura.
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