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Bitter Victory

filme de 1957 dirigido por Nicholas Ray Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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Bitter Victory (bra: Amargo Triunfo[2]; prt: Cruel Vitória[3]) é um filme de drama e guerra franco-americano de 1957, filmado em CinemaScope com a direção de Nicholas Ray. Ambientado na Segunda Guerra Mundial sendo estrelado por Richard Burton e Curd Jürgens como dois oficiais do Exército Britânico enviados em uma incursão de comandos no Norte da África. Ruth Roman interpreta a ex-amante de um deles e esposa do outro. Amère victoire é baseado no romance homônimo de René Hardy.

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Enredo

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Durante a Campanha do Deserto Ocidental da Segunda Guerra Mundial, dois oficiais Aliados no Egito são selecionados para liderar uma perigosa missão de comando atrás das linhas alemãs em Bengazi. O major David Brand (Curd Jürgens), sul-africano, é um oficial do Exército regular, mas carece de experiência de comando e de combate. Ele não fala árabe e possui apenas conhecimento limitado sobre a Líbia. O capitão galês Jimmy Leith (Richard Burton) é um voluntário amador com amplo conhecimento da região e fluência em árabe. Decide-se que ambos participarão da operação, com o major Brand no comando. Os homens enxergam Brand como um disciplinador — “a única coisa com que ele dormiu foi o livro de regras”.

A esposa do major Brand, Jane (Ruth Roman), é oficial de voo da WAAF, tendo se alistado para ficar próxima do marido. Quando Brand convida Leith para beber com ela, percebe que ambos tiveram um caso antes de seu casamento com Jane. Leith havia desaparecido sem explicações. A unidade salta de paraquedas em Bengazi com a missão de atacar um quartel-general alemão e recuperar planos secretos de um cofre a ser aberto por Wilkins, um arrombador experiente. Disfarçados como civis locais, a mão de Brand treme de medo quando precisa esfaquear um sentinela alemão; Leith realiza o ato.

A missão é concluída com apenas um morto e um ferido entre os britânicos. A patrulha embosca um destacamento alemão, capturando o Oberst Lutze, que Brand sabe ser o responsável pelos documentos secretos. Possivelmente com a intenção de se livrar de Leith, Brand o deixa sozinho com dois homens gravemente feridos, um britânico e um alemão. Leith decide abreviar o sofrimento deles. Ele atira no alemão, que implora por sua vida. O britânico encoraja Leith a agir rapidamente. Leith encosta a pistola na cabeça do soldado, mas não há balas restantes. Em vez de recarregar, ele ergue o homem para carregá-lo até um local seguro. O soldado grita de dor, amaldiçoa Leith por não ter conseguido matá-lo e morre antes que Leith o coloque no chão novamente. Leith, acompanhado por um amigo árabe, alcança o restante da unidade. A patrulha deveria escapar em camelos, mas descobre que os homens encarregados deles foram assassinados e os animais roubados. Durante a longa marcha de volta pelo deserto, a animosidade de Brand em relação a Leith aumenta — não apenas pelo caso com Jane, mas também pelo temor de que Leith relate sua covardia ao comando e destrua sua carreira. Enquanto o grupo descansa, Brand vê um escorpião subir pela perna da calça de Leith, mas não o alerta a tempo. Quando Leith é picado, Brand se abstém de atirar nele, como suas ordens permitiriam, e o deixa morrer de dor durante uma tempestade de areia. Os homens acreditam que ele o matou.

Uma patrulha eventualmente resgata o grupo e os leva de volta ao quartel-general. Jane, esposa de Brand, fica arrasada ao saber da morte de Leith e, ao ver que Brand recebe imediatamente a Ordem de Serviços Distintos, afasta-se desolada em vez de felicitá-lo. Na cena final, Brand prende a medalha no torso de um manequim de treinamento.

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Elenco

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Produção e lançamento

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Embora creditado como uma coprodução franco-americana, Bitter Victory foi majoritariamente uma produção francesa, realizada pela Transcontinental Films, companhia fundada pelo produtor Paul Graetz, nascido na Alemanha (não confundir com o ator alemão de mesmo nome). A coprodução norte-americana consistiu na participação da Columbia Pictures, que forneceu parte do financiamento em troca dos direitos de distribuição mundial. O financiamento francês veio do editor Robert Laffont. A produção começou em 17 de fevereiro de 1957 e terminou dois meses depois. Grande parte das gravações foram feitas em locações na Líbia, com apoio do Departamento de Guerra britânico e do Exército Britânico, enquanto algumas cenas interiores foram filmadas nos Estúdios Victorine, em Nice, França.[1][4]

Christopher Lee relata em sua autobiografia que, ao chegar à Líbia, todos, exceto os atores principais, participaram de uma espécie de loteria para a distribuição de papéis. Ninguém ficou satisfeito com o papel que recebeu, particularmente Raymond Pellegrin, que acabou interpretando um guia árabe com apenas quatro falas. Lee afirma que todo o elenco se separou “com a certeza de ter participado de um fracasso”.[5] O filme estreou no 18º Festival Internacional de Cinema de Veneza em 29 de agosto de 1957, competindo pelo Leão de Ouro (concedido a O Invencível, de Satyajit Ray), como produção francesa, porém com diálogos em inglês e legendas em italiano.[4][6] A primeira exibição comercial ocorreu na França, em 20 de novembro de 1957.[7]

Os distribuidores britânicos lançaram uma segunda versão, com as cenas finais removidas, reduzindo o tempo de 101 para 90 minutos. Essa reedição, lançada em 25 de janeiro de 1958,[8] termina com a chegada de ajuda e com Lutze incendiando os documentos. A British Board of Film Censors (antecessora da British Board of Film Classification) exigiu apenas cortes menores, tornando menos explícita a execução do soldado alemão ferido. Em 2006, a televisão britânica exibiu pela primeira vez a versão integral.[9] O filme foi lançado nos Estados Unidos em 3 de março de 1958, com duração reduzida para 83 minutos.

No website agregador de críticas Rotten Tomatoes, o longa-metragem tem 78% de aprovação da crítica especializada com base em 18 análises.[10] O diretor Jean-Luc Godard para a revista Cahiers du Cinéma comenta: "Bitter Victory não é um reflexo da vida, é a própria vida transformada em filme, vista por trás do espelho onde o cinema a intercepta... Não é cinema, é mais do que cinema".[11]

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Referências

  1. «Amargo Triunfo (1957)». Cineplayers. 27 de novembro de 2018. Consultado em 16 de novembro de 2025
  2. «Cruel Vitória». CineCartaz. Consultado em 16 de Novembro de 2025
  3. «Detail view of Movies Page». www.afi.com. Consultado em 15 de novembro de 2025. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2018
  4. Lee, Christopher (2004). Lord of Misrule. [S.l.]: Orion. p. 170
  5. Artigo em The Times, 4 de Setembro de 1957, p. 3: ‘‘Venice Film Festival Gets Off To a Bad Start’’ – consultado nos arquivos digitais de The Times em 3 de Novembro de 2013
  6. Review in The Times, 27 de Janeiro de 1958, p. 12: ‘‘Talent Misused if Film of Desert Warfare’’ – disponível nos arquivos digitais de The Times em 3 de Novembro de 2013
  7. «BFI | Film & TV Database | AMÈRE VICTOIRE (1957)». ftvdb.bfi.org.uk (em inglês). Consultado em 15 de novembro de 2025. Arquivado do original em 3 de novembro de 2013
  8. «Bitter Victory». Rotten Tomatoes (em inglês). Consultado em 15 de novembro de 2025
  9. Godard, Jean-Luc. «Bitter Victory». Cahiers du Cinéma. Consultado em 15 de Novembro de 2025 [ligação inativa]
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